sexta-feira, 8 de agosto de 2014

esquece que caixão não tem gaveta

essa semana, durante a janta, eu acabei assistindo um pedaço da novela das 21h com a minha mãe (aliás, que trilha sonora mais amor!) e fiquei meio assustada com uma das personagens principais. não sei o nome da moça na novela, mas ela é a esposa do cara mais rico de todos e tal. a mulher tem infinitos milhões na conta, tem mais joias e bens materiais do que qualquer pessoa normal sonharia em ter e mesmo assim vive dando piti só de pensar em perder tipo 1 centavo dessa fortuna toda.

aí parei pra dar uma refletidinha rápida sobre a vida e me assustei mais ainda quando me toquei de que realmente existe gente assim no mundo. não necessariamente apenas nessas mesmas proporções, porque não é em qualquer canto que se encontra uma galera milionária (ou mais?) igual essa família aí da novela - inclusive é absurdamente mais fácil encontrar o extremo oposto, né - mas enfim. 
a quantidade de pessoas que dão a maior importância pro dinheiro (e pro carro chique, pra casa na praia, pro celular mais caro da loja etc) não tá escrito! e eu fico meio indignada com uma coisa dessas. longe de mim bancar a hipócrita e vir aqui pregar que dinheiro não traz felicidade, porque se eu fosse rica eu bem estaria com um sorrisão enorme na cara. mas aí é que tá: o sorriso gigante tá aqui independente do dinheiro. eu tenho aproximadamente 92481 motivos pra ficar feliz e pra transbordar gratidão. primeiramente, eu tô viva. tenho saúde, tenho família, tenho onde morar, tenho o que comer, tenho o que vestir, eu estudo, não me falta nada. só por isso eu já me encontro em uma posição extremamente privilegiada, diga-se de passagem. é feio demais perceber que existem pessoas gananciosas a ponto de nunca se contentarem com o que elas têm e de sempre quererem mais. isso me dá uma vergonha! e uma certa dó também, porque a vida dessa gente deve ser vazia demais pro dinheiro ser a coisa mais preciosa pra elas. 

pena que esse esforço todo não é exatamente recompensado, afinal de contas uma hora a gente morre (e vai pro céu, pro inferno, pra lugar nenhum.. como você preferir) e tudo o que a gente conquistou continua aqui, na Terra, bem longe do nosso alcance. toda essa ganância não leva a lugar nenhum. ela só atrasa a vida e te faz perder os momentos mais bonitos, aqueles em que a gente vive com o coração aberto, sem se importar com mesquinharia.  

"dessa passagem, a aprendizagem é a única bagagem levada"
(Forfun)

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