segunda-feira, 3 de novembro de 2014

um daqueles dias em que o amor cresce ainda mais

daí que começou a chover e ela já tava pronta pra sair de casa. esperou mais uns minutinhos pra ver se a chuva parava e aproveitou pra pedir carona, porque a princípio ela ia sair de ônibus. e, no fim das contas, ela foi de ônibus mesmo. operação conseguir carona: fracassada com sucesso. ela se irrita fácil, então ficou frustrada quando percebeu que realmente teria que tomar chuva se quisesse chegar na casa dele logo. respirou fundo, contou até 10, pegou o guarda-chuva e foi. pra muitos isso talvez não signifique nada, mas foi uma atitude e tanto vindo da parte dela. e o melhor de tudo é que ele sabe disso. então, enquanto ela já estava a caminho, começou a chover mais forte ainda. ele decidiu que ia andar até o ponto de ônibus pra encontrá-la. munido de um guarda-chuva maior que o dela, ele foi. andou, se molhou e ainda assim ficou feliz ao vê-la. talvez ele não tenha reparado, mas todo o sentimento ruim que se encontrava dentro dela se dissolveu assim que ela colocou os olhos nele. com os braços dele em volta da cintura dela, os dois andaram bem juntinhos embaixo daquela água toda. quando ele percebeu que o tênis vermelho que ela usava estava todo molhado, ele teve uma das suas ideias malucas e fez com que ela usasse o chinelo dele. consequentemente, ele seguiu descalço pelo resto do percurso. tudo isso só pra que o tênis que ela tanto gosta não estragasse. fizeram piada com a situação, deram risada e isso fez com que eles chegassem em casa tão rápido que ela nem achou tão ruim. o tempo que eles passaram juntos foi sensacional. aliás, sempre é. amor, carinho, sintonia. tudo junto, ao mesmo tempo, em grande intensidade. aí ficou tarde e, como sempre acontece, eles acabaram dormindo. mas ela tinha que ir embora, não podia passar a noite lá. com muito esforço, no meio da madrugada, ela conseguiu acordá-lo. só pra que você se situe: ele não dorme, ele hiberna. e quando acorda, tá sempre de mau humor (mesmo que ele não admita). ela gosta tanto de ver ele dormir que se sentiu culpada por ter feito aquilo. mas ela dependia da carona dele. mesmo que ele não estivesse tão feliz, ele fez o que ela queria. levantou, pegou a chave do carro e levou-a pra casa. ao chegarem lá, ela se desculpou pela milésima vez e agradeceu até perder a conta. despediram-se com vários beijos, como de costume. em casa, sozinha em seu quarto, ela agradeceu ainda mais. aos céus, ao destino, ao universo. por permitir que eles fiquem juntos e que sejam incrivelmente felizes dessa forma. ela foi dormir com um sorriso enorme no rosto e com o coração duas vezes maior do que o seu tamanho normal. 

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