terça-feira, 6 de janeiro de 2015

preciso ouvir mais os conselhos que eu dou pros outros

vocês conhecem aquela famosa frase "se conselho fosse bom, não era de graça", né? então, maior verdade. eu particularmente odeio quando alguém se acha no direito de vir me dizer como eu devo conduzir minha vida sem que eu tenha pedido ajuda/opinião. também não sou a maior fã de ficar aconselhando os outros, porque ou eu não sei direito o que dizer ou eu tenho medo de a pessoa se dar mal depois e cismar que a culpa é minha (e, sinceramente, longe de mim desejar que alguém se ferre nessa vida. de bad karma eu quero é distância!).

apesar disso, por algum motivo obscuro, as pessoas costumam me pedir um help muitas vezes. seja pra coisas mais bobas (tipo "eu uso a saia azul ou o shorts rosa hoje?") ou até pra coisas importantes, que realmente mexem comigo e me fazem pensar mil vezes antes de aconselhar. eu acredito que ninguém melhor do que a própria pessoa, que tá sentindo na pele a situação, pra saber qual o caminho ideal a seguir. mas também entendo que, às vezes, quem vê de fora tem uma visão mais ampla da situação e consegue pensar com mais clareza, facilitando as coisas. os meus conselhos costumam girar em torno de "faça o que te faz feliz, siga seu coração, acredite mais em você mesmo". independente do que estiver acontecendo, eu sempre vou prezar pela auto confiança, pela felicidade e pela intuição. acredito que esses três itens sejam essenciais e imprescindíveis em qualquer situação.

mas aí quando o assunto sou eu, as coisas mudam de figura. acho que fica um pouco claro o quanto eu sou contraditória, então já era de se esperar que eu não fosse capaz de seguir os meus próprios conselhos. é normal que eu coloque a felicidade do outro na frente da minha (mas sem altruísmo aqui, é por questão de comodidade. prefiro ver o outro sorrindo do que aguentar ele reclamando, por exemplo). é mais normal ainda que eu não confie em mim, nas minhas habilidades e na minha competência. a única coisa que eu sempre acredito que eu seja capaz é de estudar e tirar notas boas, não importa a dificuldade das provas. se eu tiver um bom material de estudo e tempo suficiente pra me aprofundar no assunto, eu sei que vou conseguir. mas quando a coisa é mais complexa (normalmente algo que tenha a ver com habilidades físicas), eu sempre terei um pé atrás comigo mesma. independente do que os outros me digam, independente de qualquer outra coisa. mas quanto a questão de ouvir o próprio coração, isso eu sempre fiz e continuarei fazendo. quem dita as regras na minha vida é ele, porque minha intuição dificilmente falha e eu agradeço eternamente por isso.

bom, pra resumir a ópera: hoje eu coloquei na cabeça que era capaz de vencer um obstáculo. pedi ajuda pra minha mãe, que me acompanhou (porque sozinha eu ainda não tenho coragem, mas uma hora eu chego lá!) e fui. isso fez minha auto confiança crescer um pouquinho, porque eu vi que consegui fazer o que eu morro de dificuldade. eu vi que eu posso, eu vi que eu consigo. e lá vou eu, nos meus baby steps, rumo à vitória de verdade. acho que ela ainda vai demorar um pouco pra chegar, mas o que importa mesmo é que eu sei que ela vai chegar. e o mérito disso é meu, que acreditei mais em mim e dei a minha cara a tapa.

aconselho vocês a fazerem o mesmo. a sensação de conseguir é muito boa e, como eu estou começando a entender, a gente só consegue se tentar. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário