quinta-feira, 30 de abril de 2015

e a frustração cresce mais a cada dia

todo mundo sabe que as coisas andam mal, né? é só você olhar ao seu redor que fica bem fácil de perceber como tá tudo fora do lugar. machismo, racismo, segregação por classe social, homofobia, e mais uma porrada de coisas discriminatórias e opressivas, só pra citar o mínimo...

e o que me deixa mais mordida é saber que a principal causa disso tudo é a falta de respeito, de tolerância, de solidariedade e de amor ao próximo. gente, em que momento as coisas deram tão errado assim? ou será que, na verdade, nada nunca deu certo e tá tudo sempre ruim e piorando desde que o mundo é mundo? PELO AMOR DE <insira a divindade escolhida aqui>, CARAS! :( 

todo santo dia a gente fica sabendo de moça que foi violentada, de homossexual que apanhou, de negro que morreu na mão de policial. e, por mais que uma parcela (talvez pequena demais pro meu gosto) da população lute contra isso e tente a todo custo mudar essa realidade, parece que a galera encara esse tipo de situação como normal, cotidiana, corriqueira, SEM IMPORTÂNCIA. me diz como que alguém pode viver com o coração tranquilo numa sociedade dessas? eu tô chateada pra cacete com as coisas que vêm acontecendo, não é possível que as pessoas não se sensibilizem...

sem deixar de lado ou minimizar as desgraças do oriente médio por motivações religiosas, ou o racismo imenso que ocorre nos eua, principalmente contra os jovens de bairros pobres, ou qualquer outro absurdo desse naipe ocorrendo ainda em pleno ano de 2015, deixo aqui minha absoluta frustração por causa da barbárie cometida contra os professores em greve no paraná. gente, são professores. a função dos caras na sociedade é ENSINAR, EDUCAR, PREPARAR... o resto todo da população. é a profissão mais bonita do mundo, pqp! todos dependem do professor. as outras profissões dependem do professor. tudo começa com o professor. e aí os caras saem em busca dos seus direitos e o que eles recebem, por ordem do governo, é BALA DE BORRACHA NO MEIO DA CARA, spray de pimenta, mordida de cachorro treinado. não é possível que isso seja uma atitude aceita, não é possível que os responsáveis por isso saiam impunes, não é possível que as pessoas não estejam sentindo a mesma vontade de chorar que eu estou...

e só pra mostrar o quanto a falta de respeito e a intolerância podem causar estragos, mesmo que em menor escala, deixo aqui registrado o ocorrido do dia de hoje: rolou paralisação dos estudantes na minha faculdade. em uma assembleia (esvaziada, sem quórum, mal divulgada, enfim..) foi votado que, junto da paralisação, ocorreria piquete com cadeiraço obstruindo toda e qualquer entrada do prédio, impedindo então que as aulas ocorressem. o motivo é o mais nobre possível: promover o debate e a mobilização a favor das cotas raciais na universidade. sou absolutamente a favor das cotas, inclusive não consigo conceber como alguém pode ser contra. mas quanto ao cadeiraço, não concordo com ele. não acho que essa é a forma mais inteligente de promover o debate. mas como não participei da assembleia e não estava lá pra votar contra, acatei a posição da maioria dos votos e me limitei a participar - só como ouvinte, no caso - da roda de discussão que tava rolando lá hoje de manhã. tava tudo organizado, tudo tranquilo, até que uma senhora chegou, exaltadíssima, gritando várias ofensas e jogando as cadeiras empilhadas no chão, com o intuito de desmanchar o bloqueio. a justificativa dela para tal era "não participei da assembleia portanto não aceito a decisão de vocês", uma coisa assim muito adulta muito democrática muito inteligente........ como se não bastasse o escândalo causado só pelo ato de ir lá desmontar o negócio, ela ainda ofendeu legal um dos manifestantes (negro, btw) que tentou argumentar contra ela. o cara ficou frustrado pra caramba (mais que eu, imagino) com aquela situação.

ok você não concordar, ok você pensar diferente, ok você não apoiar. mas coloque-se no lugar do outro. respeite o próximo. exercite a paciência. aja como um ser humano pensante, não como um animal irracional que só sabe fazer as coisas por instinto. solidarize-se com as causas dos outros, mesmo que aquilo aparentemente não afete a sua vida. aprenda, por favor, com urgência, a viver em paz em sociedade. :(   

segunda-feira, 27 de abril de 2015

perspectiva de melhora com 2 livrinhos

daí que esses dias eu peguei dois livros emprestados e tô relativamente bem empolgada pra começar a ler. isso porque eu tava (tô, na verdade) passando por uma fase chata - e longa! - em que não consigo ler livro nenhum :( gente, que tristeza! eu faço letras, sabe? ler é uma das coisas que eu mais costumo fazer na vida, tô achando tão estranho.

peguei a travessia - william p. young (mesmo autor de a cabana!) e the unexpected guest - agatha christie (em inglês mesmo). não sei ainda qual vou ler primeiro - talvez eu feche os olhos e escolha aleatoriamente, pra deixar a decisão nas mãos do destino. talvez eu use algum critério maluco baseado em qualquer razão mais maluca ainda pra decidir por conta própria. sei lá. mas sei que tô feliz com as minhas duas futuras próximas leituras!

nesse meu período obscuro de não conseguir me concentrar em livro nenhum e, assim, acabar lendo bem mais ou menos só as coisas que eu precisava pra faculdade, eu li pedaços de 3 livros, que seriam: o jogo da amarelinha - julio cortázar, o primo basílio - eça de queirós e macunaíma - mário de andrade. o primeiro e o último me cansaram por serem confusos d+, o segundo me cansou por ser cansativo mesmo. acho que as leituras não foram pra frente porque os livros escolhidos não foram lá dos mais adequados, né? se eu tivesse lendo, sei lá, john green, talvez a coisa tivesse fluído melhor...

bom, espero do fundo da alma que eu aproveite esses empréstimos, que eu fique feliz ao ler e que isso me motive a voltar pra minha rotina de ler mils livros por ano!  

quinta-feira, 23 de abril de 2015

pelo fim das junk food gourmet

esses dias fui jantar com o boy num shopping de gente milionária (migos, sério. as lojas nem tem preço na vitrine, sabe? pois então) e, depois de demorarmos 93 minutos tentando decidir onde comer na praça de alimentação, a gente resolveu que era uma boa ideia ir num fast food de cachorro-quente. você montava seu lanche: escolhia uma das 5 opções de salsicha (!) e depois escolhia um dos vários "sabores" do lanche. tipo, quando a gente pede uma pizza portuguesa vem tais ingredientes pré-definidos, né? imaginem então que era a mesma coisa, cê pedia tipo o ~recheio mexicano~ no hot dog e tal. muito gourmet. e se você quisesse o combo, você escolhia um dos acompanhamentos (batata frita ou anéis de cebola) e pra beber você podia optar entre coca-cola ou água. quase chorei quando vi que não tinha suco, que raio de lugar é esse que tem duas fucking opções de bebida??? --'

enfim. a comida tava muito bonita! tinha aquela cara de coisa bagaceira, com cheddar e barbecue escorrendo, mas dava pra ver de longe que o negócio era chique d+ pra quem não tá acostumado com esse paladar mais esquisitinho (convenhamos, é esquisito sim). sabe quando o preço absurdo que os cara tão cobrando não é só pela comida em si, mas é pela marca toda? bom, depois da primeira mordida, a gente decidiu que não comeríamos aquele cachorro-quente outra vez tipo never again. valeu a experiência? sim. o ketchup meio artesanal tava uma delícia? sim. o lanche era mil vezes mais bonito do que os que vendem nos carrinhos de rua? sim. mas o gosto não chegava nem perto! primeiro porque não parecia hot dog, né? cadê purê de batata, gente? não tinha. cadê mostarda amarela que suja nossa bochecha quando a gente morde o pão? não tinha também. ai, tão descaracterizado... :(

caras, eu amo comida. nem tô falando só da ação de comer, ingerir alimentos gostosos e tal. tô falando de comida mesmo. acho maravilhoso cozinhar, sentir os cheiros, aprender as técnicas, descobrir quais ingredientes se combinam, essas coisa tudo. por muito tempo na vida cogitei muito fortemente fazer faculdade de gastronomia, mas mudei de ideia por motivos que não cabem nesse post. independente disso, o fato é que, como eu já disse, eu amo comida.

sendo assim, deixo aqui a minha tristeza ao presenciar essa porra dessa <<gourmetização>> das tranqueiras que a gente come no dia a dia. pqp, que frustração. assim... essa história de deixar o arroz e o feijão mais chiques, usar uns ingredientes importados com cara de gente rica pra fazer comida normal e tal nem me incomoda, apesar de eu achar desnecessário. mas coxinha/pastel/pipoca/bolo de cenoura/etc gourmet, é muito pro meu frágil coraçãozinho </3

terça-feira, 21 de abril de 2015

músicas antigas que eu amo/sou

vocês também tem isso de ouvir uma música velha e sempre, independente do local ou da situação, sentir vontade de sair dançando e cantando a plenos pulmões? acho que as músicas mais recentes nem trazem essa sensação da mesma forma. sei lá, acho que a graça é justamente pela "idade" que elas têm. <3

deixo aqui, fora de ordem de preferência, a lista das músicas antigas que eu mais gosto e mais fico feliz quando escuto por aí :)

1) Angel - Shaggy (2001)
"closer than my peeps you are to me, baby"


2) Bring me to life - Evanescence (2003)
"call my name and save me from the dark"


3) MMMBop - Hanson (1997)
"in the end they'll be the only ones there"


4) Wannabe - Spice Girls (1996)
"make it last forever, friendship never ends"


5) It wasn't me - Shaggy (2000)
"how could I forget that I had given her an extra key?"


6) Chitãozinho & Xororó - Evidências (1990)
"diz que é verdade, que tem saudade, que ainda você pensa muito em mim"


7) Y soy rebelde - RBD (2004)
"cierro los ojos y ya estoy pensando en ti"


8) Quando você passa - Sandy & Júnior (2001)
"sinto falta dessa paz que encontrei no seu sorriso"


9) Bohemian Rhapsody - Queen (1975)
"so you think you can love me and leave me to die?"


10) The sweet escape - Gwen Stefani (2006)
"I know I've been a real bad girl"


11) Numb - Linkin Park (2003)
"I've become so numb I can't feel you there"


provavelmente existem bem mais. provavelmente não, com certeza existem. mas essas foram as primeiras que me vieram à cabeça, então imagino que sejam as mais importantes haha

domingo, 19 de abril de 2015

how to get away with murder

aaah, essa série... juro que não sei nem por onde começar a escrever. que difícil que vai ser pra organizar esse post de um jeito compreensível! :O

bom... eu conheci HTGAWM (ninguém merece ficar digitando esse nome completo, né?) pela internet. vi uma galera falando de uma série nova, que na época só tinha uns 3 episódios lançados, e fiquei curiosa. o nome da série foi o que me convenceu a assistir, pra ser bem sincera ^^ hahah


a história da primeira temporada é a seguinte: annalise keating (a deusa soberana da imagem aí em cima) é advogada e professora na universidade. ela é renomada, famosíssima e sempre dá um jeito de salvar a pele dos clientes etc, basicamente a musa do direito haha enfim. logo no comecinho ela escolheu um grupo de 5 alunos, que seriam seus pupilos, pra acompanhá-la nos seus casos. o fato é que esses alunos acabam se envolvendo demais na vida dela - o profissional e o pessoal são praticamente inseparáveis, já que a mulher respira a profissão 24h por dia - e as coisas acabam fugindo um pouco do controle.



 

não vou contar as coisas pra não dar spoiler, porque não sei dar detalhes sem estragar tudo. mas os próprios episódios já funcionam como uma espécie de spoiler gigante pros episódios seguintes?? hahaha a série é montada na base de milhões de flashbacks e flashforwards, com várias histórias secundárias entrelaçadas, então a gente tá sempre vendo e revendo cenas por ângulos diferentes, sob novas perspectivas. e isso faz com que a gente sempre adquira novas informações, digamos assim.

na série existe um caso principal, que vai rolando durante toda a temporada, o da rebecca sutter. a menina tá sendo acusada de matar a melhor amiga, mas se diz inocente. a annalise é sua advogada de defesa e seus 5 alunos escolhidos auxiliam no caso. a rebecca é vizinha de um deles, o wesley gibbins, e os dois acabam se envolvendo emocionalmente e virando um casal. tá mais do que óbvio que isso não vai ser uma boa ideia, né? advogado de defesa e cliente tendo um romance... já é de se esperar que, em algum momento, algo desande. quando tudo dá errado, todo mundo tá no meio da confusão. eles ficam a temporada toda revivendo o problema e tentando se livrar dele.


minha única reclamação a respeito da série - ou, pelo menos, a maior de todas - é por causa dos atores. não são todos, claramente que tem alguns muito bons ali (oi, viola davis!), mas tem umas cenas em que a atuação dos caras é tão fraquinha que é preciso muita força de vontade pra continuar envolvida da mesma forma. e sobre o casal rebecca x wesley: também tá faltando uma química ali, hein? talvez seja pelo fato de que a atuação da rebecca ser a que mais me incomoda, não sei. mas acho que o casal é forçado, as cenas dos dois juntos nem sempre são necessárias... enfim, basicamente o casal é bem ruinzinho mesmo.




mas desconsiderando o que não é tão bom, a série é muito legal! eu gosto do tema, ficava ansiosa assistindo, me surpreendia com as novas descobertas. e eu tinha que me concentrar um pouco também, porque acontece coisa d+ em cada episódio, então se você piscar cê já perde umas infos importantes! haha mas, acima de tudo, vale a pena assistir pelo alfie enoch (que faz o wesley) por motivos de OI, DINO THOMAS! sdds harry potter ^^ <3


terça-feira, 14 de abril de 2015

recomeçar do zero, levantar e caminhar

"Renascimento e recomeços: ainda em clima de Páscoa mas sem chocolate, escreva sobre alguma situação que fez você renascer e recomeçar algo. Uma experiência, um novo estilo de vida, um novo desafio. O que fez você recomeçar do 0?"

teve um dia em que não deu mais. simplesmente isso. não, calma lá, não teve nada de simples nessa história. o processo foi longo, foi lento, foi dolorido. doeu pra caramba. até certo tempo atrás ainda doía um tiquinho, pra ser bem sincera (hoje em dia não mais, definitivamente não). o fato é que chegamos num ponto em que as coisas ficaram insustentáveis. não tinha mais progresso, não tinha mais saldo positivo. e então, de um jeito totalmente estranho e inimaginável, até um pouco indiferente, definimos juntos que era a hora do fim. eu estava decidida, me sentia mais do que pronta pra viver aquele momento novo. o que eu não sabia é que eu estava absolutamente despreparada, sem chão nenhum, e que cairia lindamente. até chegar no fundinho daquele tal de poço. 

me senti um lixo. eu me perguntava o que é que havia de problemático comigo, onde é que eu tinha errado, por que eu não fazia nada certo, como eu tinha deixado as coisas rolarem daquela forma. e no meio disso tudo, por questão de defesa, eu me fingi de forte. levantei a cabeça, me fiz de superior e agi como se nada de muito complicado estivesse acontecendo. com uma naturalidade assustadora, as pessoas pareciam acreditar nisso. mas eu tava um caco. não comia direito, emagreci vários quilos, chorava por tudo, vivia com uma dorzinha chata no peito me lembrando o tempo todo de que não importava o quanto eu desse risada e falasse "ah, não tô nem ligando pra isso!", a real é que eu tava me corroendo por dentro.

daí eu percebi que não dava pra continuar daquele jeito. percebi que o problema não tava comigo, parei de me culpar por coisas que não me diziam respeito, deixei de me maltratar e passei a cuidar melhor de mim. desde então minha postura mudou quase que totalmente. me reinventei e me fortaleci, porque a única certeza que eu tinha naquele momento era: não quero passar por isso nunca mais. eu aprendi que tenho que priorizar a minha felicidade e o meu bem estar, que tenho que pensar/agir positivo pro universo me responder na mesma vibração. e aprendi também que mesmo que o outro me agrida e me ofenda, a culpa não é minha. cada um reage de um jeito diferente. eu me afasto, tem gente que se impõe no grito, sei lá. cada um faz como sabe, como lhe parece mais conveniente.

mas depois que eu caí, levantei com garra e força de vontade pra não voltar mais pro chão. foi quebrando a cara que eu cresci. é tudo aprendizado.

tema sugerido pro mês de abril pelo Rotaroots :)

sábado, 11 de abril de 2015

à minha dona cila

desde que eu me conheço por gente, você esteve comigo. não lembro de como era antes de você, mas sei que sem você, no início, ficou bem difícil. ontem fez 3 anos. é muito tempo sem você aqui! desde então tanta coisa mudou, tá tudo tão diferente. você não ia nem acreditar. se bem que eu acho que você tá ciente disso tudo aí de cima... duvido que você deixaria de olhar por nós, não importa a distância, não importa quanto tempo faz. você sempre cuidou da gente com todo o amor do mundo, sempre fez de tudo por nós aqui de casa. e eu acredito que, se pudesse, você ainda estaria aqui fazendo tudo isso. 

ah, neguinha.. se você soubesse a falta que faz! ainda me pego chorando por sentir saudade de você. por querer você aqui de novo, por sentir vontade de te abraçar mais uma vez e pra te dizer tudo o que eu não disse, mas você com certeza sempre soube: eu amo você! como se fosse parte da família (aliás, cê sempre foi muito mais próxima de mim do que muito parente por aí...), como se fosse minha avó. porque, sinceramente, a minha referência nesse caso é você. passava o dia comigo, me defendia do meu irmão, me fazia infinitas comidas gostosas, me levava pra brincar na sua casa. e mesmo quando eu já tava enorme e não precisava mais de tanto cuidado assim, cê continuava me mimando como se eu tivesse 5 aninhos. sério, que saudade!

agradeço do fundo do coração por tudo que você fez, é uma delícia olhar pra trás e saber que você sempre esteve ali comigo. ah, deixa só eu te contar: tô na faculdade, tirei carteira de motorista, tô tentando arrumar emprego, meu namorado é lindo e você ia gostar tanto dele! não se preocupa, meu amô, tá tudo sob controle! obrigada obrigada obrigada obrigada. infinitas vezes obrigada. <3

"de todo amor que eu tenho
metade foi tu que me deu
(...)
se queres partir, ir embora
me olha de onde estiver
que eu vou te mostrar que eu tô pronta
me colha madura do pé
teu olho que brilha e não para
tuas mãos de fazer tudo e até
a vida que chamo de minha
neguinha, te encontro na fé
me mostre um caminho agora
um jeito de estar sem você
o apego não quer ir embora
diacho, ele tem que querer
ó meu pai do céu, limpe tudo aí
vai chegar a rainha precisando dormir
(...)
o fardo pesado que levas
desagua na força que tens
teu lar é no reino divino
limpinho cheirando alecrim"
(dona cila - maria gadu)

sexta-feira, 10 de abril de 2015

sobre o grupo do potinho

não sou uma pessoa assim de muitos amigos. digo, de amigos de verdade mesmo, daqueles que a gente conta os segredos, pede conselho e chama pra dormir em casa, sabe? mas isso não me impede de conversar com 3985 pessoas e gostar de todas elas mesmo assim. 
aliás, essa aí de gostar dos meus amigos é algo que eu também não sei explicar como é que rola. sempre tem aqueles preferidos, e tem também aqueles que a gente ama, mas um tantinho menos (dsclp aí se vcs não sabiam disso, mas eu só trabalho com vdds). e os meus critérios pra gostar mais de um ou de outro são totalmente desconhecidos e inconscientes. não tem a ver com ~afinidade, não tem a ver com alguma característica específica. sei lá, só sei que quando eu percebo a coisa já tá daquele jeitinho. tem uns que eu me apego mais fácil, só isso.

e eu sou dessas que quando gosta muito mesmo de alguém, tem aquela fixaçãozinha esquisita pela pessoa. tudo que ela faz é legal, é divertido, é maravilhouser socorro que pessoa sensacional etc. tem gente que eu queria, de verdade, guardar num pote aqui em casa e não deixar sair nunca mais. nun-ca. ia viver aqui comigo pra eternidade por motivos de amoooor. mas assim, a pessoa nem precisa fazer parte do meu grupo de amigos mais próximos pra estar inserida no grupo do potinho. também não sei como que essa bizarrice ocorre, mas tem gente que eu jamais na vida vou ser íntima o suficiente pra fazer uma ligação pro ser humano (vejam bem, eu só ligo pra quem eu me sinto absurdamente próxima, senão não me sinto a vontade), mas que eu fico absurdamente feliz sempre que eu vejo. quero abraçar, quero saber como anda a vida, quero só uns minutinhos ali do lado pra ter certeza de que tá tudo bem com aquele ser humano que, por algum motivo oculto, é queridíssimo por mim. é uma coisa meio maternal, eu acho. um sentimento de cuidado, de carinho. dá vontadinha até de engolir a pessoa e deixar guardada na minha pancinha, onde nada de ruim vai acontecer ^^



quarta-feira, 8 de abril de 2015

kd bom senso

as pessoas não tem noção da vida. não sei exatamente quando isso começou, mas de repente parece que agir como alguém sem o menor senso crítico se tornou algo normal. e isso me dá faniquito. não sei lidar muito bem com gente ao meu redor fazendo cagada 24/7 e seguindo a vida como se nada tivesse acontecido.

minha faculdade é basicamente um reduto de pessoas sem bom senso. os caras têm um total de 0 limites, chega a ser meio bizarro. mas às vezes as pessoas surpreendem positivamente e a gente (quase) consegue restaurar um tantinho a nossa fé na humanidade. por exemplinho: tem um ser humano lá que é realmente muito inconveniente, pelamor da deusa! daqueles que você desvia seu caminho só pra não ter que cumprimentar porque sabe que vai dar dor de cabeça e tal. teve uma época que ele grudava em mim e nas minhas amigas como se nós fossemos bem íntimos, mas na real a gente mal conhecia o moço. aí um dia eu disse na cara dele, mas não tão agressivamente, algo como "para que tá feio, sai daqui". e desde então parece que ele se tocou mesmo. dava oi de longe, não parava a gente no corredor pra contar da própria vida etc. eis que hoje eu cheguei lá bem cedinho e fui sentar sozinha numa mesa pra pintar meu livro de colorir (<3) e ele apareceu. senti até um arrepiozinho, imaginei que ele fosse querer sentar ali do lado. mas o moço me cumprimentou, perguntou se tava tudo bem e disse "vou te deixar aí fazendo suas coisas, outra hora a gente se vê". é muito ruim da minha parte eu assumir que me senti agradecida feat. aliviada pelo bom senso alcançado? deixo aqui registrado o meu mais sincero "parabéns, cara" pro mocinho que agiu de forma tão abençoada. 

mas como nada na vida é assim tão lindo e colorido... depois do horário de aula teve uma roda de discussão a respeito das assembleias que rolam no curso e tal. no início tava tudo bem ok, todo mundo educadinho naquela simpatia bem falsa (já que é semana de eleição pro DCE e tinha várias gentes de chapas concorrentes participando do debate). aí teve uma moça que pediu a palavra e, em vez de comentar a respeito do tema e acrescentar algo útil à discussão, usou aquele tempo pra criticar a gestão do centro acadêmico. fiquei me perguntando o que a fez pensar que seria de bom tom interromper o andamento da coisa pra falar algo totalmente fora da curva. depois dela veio uma das mediadoras do debate, que também fez uma fala. fiquei basicamente perplexa quando a moça abriu a boca pra fazer 1 resuminho dos pontos que ela achava interessantes até então no debate. e fim, cabô a fala. totalmente pointless, jesus amado, sem necessidade alguma de ter pedido a palavrinha pra isso, sabe? mas até aí ainda tava tudo bem, não foi nada que tenha invadido o espaço alheio. até que uma outra moça quase me fez chorar de desgosto. estávamos dentro de uma sala de aula. váriasss pessoas lá dentro, gente sentada no chão por falta de espaço pra outras carteiras, gente em pé, gente pacas. e a tal da moça se levantou, foi até a janela e acendeu um cigarro. e aí você me diz "mas miga e esse preconceito todo contra fumantes hein deixa os cara". e eu te respondo "veja bem miga a classe tava fechada, sabe? NÃO PODE FUMAR LÁ DENTRO KD BOM SENSO". não é porque você segura o seu cigarrinho pra fora da janela que a fumaça dele não entra com o vento. até porque tem uma grade na janela e, pra fumar, ela tinha que fazer isso dentro da classe, né? como o ser humano tem essa mania besta de imitar tudo de errado que os outros fazem, ela deu a deixa pra mais 4 fofurinhas fazerem a mesmíssima coisa. 5 pessoinhas fumando dentro. de. uma. sala. de. aula. fechada. FECHADA. me senti ofendida, me senti desrespeitada, pequei minha malinha e saí fora. 

e não reclamei, porque essa galera que usa camiseta de chapa e faz panfletagem em época de eleição não lida bem com críticas e eu não curti a possibilidade de ser ~rechaçada~ por indicar ao coleguinha a falta de bom senso dele. sei lá, né? melhor evitar. achei mais fácil ir respirar meu arzinho puro no ponto de ônibus mesmo, aí eu ainda chegava em casa mais cedo. ^^       

quarta-feira, 1 de abril de 2015

mindfulness - o livro de colorir

preciso confessar: tô viciada. num consigo parar. SEND HELP.


olha, não sei como isso começou, mas de repente "livro de colorir pra adultos" virou moda. bem naquele estilo revistinha infantil com vários desenhos só com o contorno preto pra gente pintar dentro mesmo, mas sem ter a figura do pica-pau ou da moranguinho, já que o público alvo são aqueles que já cresceram. :) 

quando eu vi, fiquei maluca querendo um. gosto muito de desenhar e pintar, mas me acho meio péssima nessa arte (não que isso me impeça de fazer mesmo assim, mas enfim). mas sabe quando as figuras são tão bonitinhas que você tem que se esforçar muito pra ser ruim a ponto de deixar o negócio feio? então. independente do quão desleixado/sem técnica fosse o resultado final da minha pintura, o negócio continuaria bonito! aí pedi pro meu boy me dar um desses de presente. ele realmente fez isso e eu tenho que dizer que esse foi uma das coisas mais amor que ele já me deu, fiquei feliz num nível que não sei nem explicar <3 aí pra completar e me fazer surtar de alegria, minha mãe me deu uma caixa com 36 lápis de cor. TRINTA E SEIS!!! tô fazendo tantas combinações de cores que quase me sinto artista mesmo hahaha


usei só 10 cores, quase chorei de desespero

tá escrito na capa que o livro é uma "terapia antiestresse para pessoas ocupadas". não sei se funciona realmente, mas pintar esses desenhos definitivamente mantém sua mente ocupada e isso ajuda a se manter longe dos problemas e das preocupações. confesso que me ajudou a controlar um pouco a ansiedade, então imagino que se você for uma pessoa estressada e precise de ajudinha, vale a tentativa do tratamento a base de lápis de cor :D