quarta-feira, 7 de outubro de 2015

expecto patronum

é incrível o quanto a gente pode se deixar enganar pelas pessoas. seja por ingenuidade nossa ou por habilidade delas na hora de se mostrar o oposto do que realmente são. ou os dois, na maioria dos casos.

não sou de me apegar muito às pessoas, nem tenho necessidade de estar sempre junto, de conversar todos os dias (a menos que você seja meu namorado :D)... me basta saber que o cara tá bem e que ele tá lá, sabe? assim bem prático mesmo. se eu gostar de você, sou dessas que curte absolutamente todas as suas conquistas (e as fotos no facebook, é claro), que te apoia em todas as decisões bacanas, que torce pra que tudo fique sempre bem. ainda que você não esteja do meu lado todos os dias, que você não faça parte da minha rotina diária.    

então eu nunca achei ruim não conviver tanto com meus primos, meus tios, meus avós... achava normal a gente só se encontrar nos aniversários e no natal, por exemplo. ainda que outras famílias vivam grudadas o tempo inteiro e isso pareça ser muito legal, eu não via o menor problema em não ter a mesma experiência. porque a gente tava por dentro da vida um do outro, então tava tudo bem. até que as coisas foram esfriando, foram se tornando um tantinho esquisitas e, de repente, eu me peguei querendo distância de todo mundo. até porque a quantidade de dementador que eu não posso evitar diariamente já é mais do que suficiente.

aqueles que antes eu admirava e tinha por eles um carinho imenso passaram a ser completos estranhos pra mim. já não sei mais como estão, como anda a vida, quais as novidades... não vejo mais ninguém em datas comemorativas e nem acredito muito nas felicitações de aniversário, pra ser sincera. a única coisa que não mudou é que continuo querendo que todo mundo seja feliz, sempre. mas agora também espero, do fundo do coração, que a vida dê conta dos aprendizados que certas pessoas™ andam precisando.

sempre fui tachada de chata, desde criança, porque nunca fiz questão de agradar ninguém. muito menos só por obrigação, só pra não fazer feio. se não tô feliz ou não tô gostando, me afasto e fecho a cara sim, sem o menor pudor. me acha chata quem não tem coragem de fazer a mesma coisa.
 
"tá tudo bem em se afastar das pessoas
que te machucam, mesmo quando
elas são da família"

família, pra mim, é quem te ama e te quer bem. quem se importa com você e te trata com respeito acima de todas as coisas. família, pra mim, são meus pais e meu irmão. e a minha vó, vai.

pra não causar tanta polêmica assim e evitar toda uma possível fadiga, paro por aqui. beijos.

Um comentário:

  1. Concordo plenamente contigo.
    Minha família se resume a pouquíssimas pessoas. O resto chamo de parente. Não somos brigados, mas não há necessidade de estarmos grudados o tempo inteiro apenas por conta de um sobrenome em comum.

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