sábado, 28 de novembro de 2015

tá tudo bem, mas tá esquisito

ouvi o 21, cd da adele, e fui acumulando um total de setecentas emoções diferentes. aí chegou na última música, someone like you, e essas centenas de sentimentos se transformaram num laço de fita. bonito, mas apertado. com um nó tão forte que fica impossível de soltar sem muito, muito esforço. e o laço se fez em torno do meu peito, ficou um aperto só. e doeu. ainda tá doendo enquanto eu escrevo (e torço pra que passe ao final do texto).

mas eu não sei o por quê disso. talvez eu tenha uma hiper sensibilidade a músicas tristes, já que eu sempre fico mal quando escuto alguma - ainda que a letra nada tenha a ver com alguma passagem triste da minha própria vida. se a música for de fossa, dessas bem estilo i'm not the only one (do sam smith, sabe?), é batata: vai rolar esse aperto no peito que me sufoca. e fica tão difícil de respirar fundo quando ele aparece! às vezes, o nó sobe e fica paradinho na minha garganta, me fazendo engolir em seco. aí brotam as lagriminhas, né. elas sempre brotam. 

depois de um tempo as emoções se dissipam e a sensação ruim vai embora, mas sobra aquela eterna pulguinha atrás da orelha, uma espécie de desconforto. porque quando isso passa, fica tudo bem. mas também fica esquisito.

Um comentário:

  1. é porque você é de letras, coração. que é de letras enxerga a palavra, sente. a música faz isso ainda mais fundo, porque a gente vê, sente e ainda ouve. aí a gente vive um pouco do que aquilo tudo nos faz sentir e depois isso passa... mas fica esquisito.

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