domingo, 10 de janeiro de 2016

a saga da enxaqueca

dois mil e dezesseis não tem nem duas semanas ainda e já tá me dando um baita dum trabalho: pela primeira vez na vida, tive crise de enxaqueca. PUTAQUEOPARIU.

estava eu, lindinha, no trabalho quarta feira. meu namorado, lindíssimo, foi me buscar no ~final do expediente~, pra sairmos juntos de noite. fomos no cinema assistir o último dos jogos vorazes (que não chegou a ser uma decepção. tendo lido os livros e, obviamente, odiado o final, já era de se esperar que o filme fosse meio fraco mesmo - mas aquela última cena, do jardim, conseguiu surpreender de tão ruim). eu reclamei de cólica e dor de cabeça algumas vezes, mas nada que não seja comum nessa querida época pré menstrual, convenhamos. 

daí que chegou a quinta feira e a dor de cabeça ainda tava lá. e tava forte. e tava estranha, porque não era exatamente dor: era um peso, uma pressão esquisita. cada vez que eu virava a cabeça pra olhar pros lados, parecia que explodia alguma veia nova no meu cérebro, tamanho desconforto. era como se minha cabeça inteira pulsasse. eu tava mal, né? daí que o boy realmente precisava passar na minha casa pra pegar umas coisas (digamos que eu tenha atrasado um pouco no presente de natal heh) e, sendo ele uma pessoa maravilhosa, foi me buscar no trabalho mais uma vez. saí mais cedo, inclusive, porque não tinha condições de ficar por lá. minha coluna doía a cada passo que eu dava, só pra ficar mais divertido.

euzinha

eu raramente fico doente, da última vez que fui no pronto socorro (até então...) ainda era na ala infantil, sabe? também não tomo muito remédio, só analgésico ou relaxante muscular quando a situação fica muito crítica. ah, e um antialérgico abençoado também, porque a rinite e os insetos não me perdoam jamais. enfim, tudo isso foi pra dizer que: apesar de eu não conseguir sequer ficar de olhos abertos em ambientes com luz, achei que eu não precisava ir no médico. o remédio tava dando conta do recado, ainda que aquela dor bizarra voltasse quando o efeito dele passava...

mas na sexta feira eu não fui trabalhar. mamãe gentilmente me recomendou ficar em casa, porque ficar seis horas direto na frente do computador não podia fazer bem pra uma cabeça prestes a explodir e pros olhos que não aguentavam nem com um pisca-pisca. namorado foi me visitar de noite, cuidou de mim do jeito mais amor do mundo, com direito a massagem e tudo <3 ele foi embora bem tarde, a gente tava até cochilando, mas não consegui dormir de verdade essa noite. fiquei a madrugada toda desconfortável, com a testa pesada. lá pras 5 da manhã eu tomei um comprimido e, como eu não aguentava mais ficar no meu quarto rolando de um lado pro outro, deitei no sofá da sala. acordei umas 7h, com o sol entrando pela janela, e voltei pra minha cama. acordei 9h30. eu tava tão quebrada que perdi meu curso de sábado, também. daí eu fiquei bem a tarde inteira, inclusive eu tava muito feliz porque parecia que finalmente a coisa tinha desistido de me infernizar. mas eu não podia estar mais enganada...

o boy voltou pra minha casa no sábado a noite (maravilhoso!) e continuou cuidando de mim e me aguentando nervosa, chorando e dando uns pitis de vez em quando. até que ele me encontrou no chão do quarto, porque minha cabeça ficou de um jeito que eu não consegui dar mais dois passos até a cama. minha mãe decidiu que aquela era a hora de irmos no pronto socorro. o remédio tava fazendo efeito e a cabeça já não tava mais tão ruim, mas o enjoo que eu tava sentindo (sem conseguir colocar nada pra fora, o que é pior ainda) quase me deixou maluca. 

chegamos no hospital por volta das 22h30. vou resumir a novela, senão não termino de escrever isso hoje: passei pela triagem, passei na recepção pra fazer o cadastro, passei no médico, diagnostiquei a enxaqueca, esperei por duas semanas até ser chamada pra tomar a medicação, descobri que o médico me mandou pra sala de espera errada (e, sendo assim, eu já havia sido chamada há séculos), pulei a medicação e fui fazer o exame primeiro, deu uma confusão com o convênio e o exame ficou supostamente suspenso, voltei pra sala de medicação e tomei meus remedinhos na veia, o médico convenceu o convênio que eu precisava fazer uma angiotomografia, voltei lá pra fazer o exame (passei o maior frio da minha vida dentro daquela sala, até o médico falar "fica com a cabeça parada porque vamos colocar o contraste", daí meu corpo pegou fogo...), tivemos que esperar uns oito meses até sair o laudo do exame, voltei pra sala do médico que me atendeu primeiro pra ele falar que "realmente tava tudo bem, era só enxaqueca normal" e receitar uns remédios pra problemas futuros, passamos na padaria do hospital (porque minha última refeição substancial tinha sido umas 16-17h da tarde) e, finalmente, fomos embora. chegamos em casa quase 5 da manhã. 


e é com um alívio que não cabe em mim que eu digo que hoje acordei bem, sem dor alguma, nem meus olhos tavam sofrendo mais (vale dizer que passei o sábado inteiro de óculos escuros, inclusive no hospital e no carro. e mesmo depois de ficar bem, pois não quis perder o estilo). deixo meus sinceros agradecimentos ao meu pai, que é um cara sem noção e faz piada com a desgraça alheia, mas se mostrou absolutamente disposto a me salvar no momento crítico; à minha mãe, que é de longe a pessoa mais linda do universo e da minha vida todinha, que eu queria pegar no colo, colocar dentro de uma bolha e proteger do resto do mundo pois meu deus que mulher maravilhosa; e ao meu namorado, que continuou me amando e cuidando de mim e fazendo tudo o que podia mesmo que passar a madrugada no hospital tenha acabado com os planos dele de pedalar com os amigos na manhã seguinte. (menção honrosa: obrigada, jorge, por tudo!!!) <3

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