segunda-feira, 6 de junho de 2016

abaixa a bola, na moralzinha

é muito legal quando a gente quer se informar melhor sobre alguma coisa e encontra um texto completo, didático e que realmente funcione como uma boa fonte de informação. às vezes tudo o que a pessoa precisa naquele momento, pra sanar certas dúvidas ou pra se aprofundar um pouquinho mais sobre determinado assunto, tá em um único link! mas eu acho que é ainda mais legal quando a gente lê esse tal texto e consegue realmente entender o que tá escrito ali.

o que eu quero dizer com isso é: um texto cheio de embasamento teórico, que contemple uma boa parte do assunto e que seja muito bem explicativo só é efetivo de verdade (ao meu ver) se a linguagem usada nele for clara, direta e sem muita firula. ou seja, não adianta nada você escrever um textão maravilhoso, que renderia um belo artigo acadêmico renomado depois, se as pessoas leem e não conseguem sequer interpretar o que tá escrito porque cê usou termos difíceis e não explicou nada. se o texto não tá acessível, ou se o texto exige um nível muito alto de estudo/conhecimento prévio sobre o assunto, eu não sei se ele é tão útil assim como fonte de informação de verdade.

antes de mais nada, preciso deixar claro que é ó-b-v-i-o que eu não espero abrir um livro de medicina, voltado àqueles que são da área, e entender tudo o que tá escrito. não é isso que eu tô falando. mas imagina só se as apostilas de biologia usadas na escola fossem escritas com a mesma linguagem técnica e, de certa forma, rebuscada dos livros que têm um médico formado como público alvo? não ia dar pra entender absolutamente nada. e é sobre isso que eu tô falando.

agora, em contrapartida, quando eu consulto um texto introdutório sobre qualquer que seja o tema, ou um texto que pretende abranger qualquer leitor, inclusive quem não entende nada sobre o que tá sendo falado, eu espero sim encontrar uma linguagem mais simples, com palavras acessíveis e explicações sobre os conceitos mais difíceis. e explicações satisfatórias, porque usar outros conceitos complicados e/ou não tão conhecidos pra explicar os primeiros não me parece tão adequado assim.

às vezes me sinto bem frustrada quando quero pesquisar sobre alguma coisa que eu não conheço direito. como textos acadêmicos são naturalmente mais difíceis (já que não costumam ser escritos pra quem é leigo no assunto), eu evito procurar logo de cara em artigo de especialista, ou livro muito teórico, ou qualquer outra coisa assim muito "profissional" e busco uns blogs na internet mesmo, pra me familiarizar com os termos e com as concepções antes de tentar me aprofundar. a frustração vem quando eu me deparo com textos complicados e absolutamente academicistas nesses blogs, que nada têm a ver com o meio acadêmico. e não tô nem me referindo a sites oficiais ou sei lá, tô falando de blog assim tipo esse aqui mesmo.

isso sem falar dos benditos textões opinativos que a gente encontra pelos feicebook da vida. linhas e mais linhas confusas, prolixas, dentro de uma norma culta só exigida nas redações do vestibular, jamais num texto em rede social. é claro que ninguém é obrigado a postar um negócio todo ~torto, cheio de erro, sem concordância, etc etc. mas quando você claramente se preocupa muito mais com a forma do que com o conteúdo, o que você tava falando perde importância...

sei lá, parece que a pessoa tá muito mais preocupada em falar difícil pra parecer que tá falando bonito do que em realmente passar a mensagem, sabe? é como se o objetivo de quem escreve não fosse informar, muito menos esclarecer as dúvidas de ninguém, e nem unicamente expressar opinião, mas sim se mostrar inteligente e super por dentro do assunto, inclusive muito mais do que você, o coitado que foi atrás de aprender mais. acho muito pedante usar a língua como forma de se impor, de se mostrar superior. falar de forma complicada, usar mesóclise sem necessidade, usar termos desconhecidos... nada disso te faz melhor do que ninguém. só te faz mais besta, isso sim.



a princípio, eu ia postar sobre isso no twitter. tem coisa que eu falo lá e só os 140 caracteres já são suficientes pra aliviar o meu incômodo, mas dessa vez eu não consegui formular um tweet que me contentasse. então, como 1) eu não ia conseguir seguir em frente sem colocar isso pra fora e 2) seria muito esquisito falar isso pra alguém do nada, eu resolvi vir aqui mesmo. meio nada a ver com nada esse post, mas enfim, eu nunca faço muito sentido mesmo...

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