sábado, 7 de outubro de 2017

mais cansada que luciana gimenez

ontem cheguei em casa tão esgotada com as pessoas do meu trabalho que eu tava com a impressão de ter ficado naquele ambiente por 48h. ultrapassei os meus limites mesmo, foi horrível. parecia que eu tinha entrado num universo paralelo em que o tempo passa de um jeito diferente, porque fiquei com aquelas pessoas por 9 horas mas me cansei como se tivesse sido uma semana.  

só de pensar em voltar pra lá na segunda feira já me dá uma taquicardia. 



* * *

todos os dias eu enfrento dificuldades ao lidar com seres humanos. faz 22 anos que eu interajo com pessoas, todas elas, pensando que eu preferida estar evitando aquele contato. homem, mulher, criança, idoso... não importa. é sempre um momento complicado esse da interação. 

às vezes eu encontro umas almas abençoadas pelo caminho que me dão até vontade de realmente manter contato, mas no geral eu preferia evitar. pena que simplesmente não é possível, uma vez que a gente vive em sociedade. então eu tento me reeducar pra conseguir encarar esses momentos com mais naturalidade, sem ficar pensando "socorro alguém me salva" o tempo todo. mas é muito difícil, porque as pessoas costumam ser completamente tóxicas. ninguém se ajuda, ninguém fala nada positivo, ninguém se preocupa em tornar o clima melhor. tá todo mundo muito autocentrado procurando só o próprio benefício, sem se importar se quem tá em volta tá sendo prejudicado ou não. eu fico doida com essas coisas.

daí quando eu penso que já fiz algum progresso, as pessoas vão lá e tornam tudo muito mais complicado. como se fosse um jogo de video game mesmo. eu demoro 1 semana pra conseguir avançar na fase, pra entender como ela funciona, pra ir me adequando às dificuldades dela e ir driblando os obstáculos. só que quando eu acho que tô preparada pra passar pra próxima eu descubro que o chefão é um bicho 18x mais complicado de vencer do que o da fase anterior. 

pena que na vida real a gente não pode se irritar com o jogo, desistir e tirar o video game da tomada, a gente precisa continuar tentando até o final.

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