segunda-feira, 31 de agosto de 2020

livrinhos de agosto

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Antologia da Literatura Fantástica - Adolfo Bioy Casares, Jorge Luis Borges e Silvina Ocampo (1965)


nem acredito que finalmente li o livro mais bonito da minha estante!!!!! faz anos que esse bonitinho tá encalhado aqui, só esperando a vez dele chegar. comprei com um super desconto na feira do livro da usp quando a editora fechou, acho que lá pra 2015 :P já havia tentado ler antes, mas não rolou. daquela vez, eu tava lendo os contos despretensiosamente, tipo um por dia, mas não passei das primeiras páginas. agora cismei que leria tudo, um em seguida do outro, aí foi! essa coletânea tem mais de 70 contos, alguns com um único parágrafo, outros com mais de 20 páginas, outros que na verdade são só um excerto de uma outra obra, etc etc. alguns são contemporâneos (considerando a data de publicação, né?), outros são tão antigos que não dá pra estabelecer a data exata. tem conto árabe, chinês, argentino, britânico, estadunidense... enfim, de tudo um pouquinho :)

já disse outras vezes aqui que não sou muito fã de ler livros de contos, mas gosto demais de literatura fantástica e esse aqui é muito especialzinho! por mais que eu não tenha mesmo morrido de amores por todos os 75 textos, o livro tá recheado de coisa boa que me deixou impactada, de terminar o conto e ficar olhando pra parede por uns minutos digerindo o que tava escrito ali, sabe?

como eu li tudo seguido, algumas histórias acabaram se confundindo umas com as outras na minha memória. outras, menos marcantes, já foram até esquecidas. por isso não dei nota 5 pro livrinho no goodreads - dei nota 4, porque faltou um pouquinho pra ser arrebatador. mas recomendo demais a leitura pra quem gosta do gênero, é uma experiência show de bola! quem não curte literatura fantástica talvez ache cansativo, mas ainda assim eu acredito que vale a pena se arriscar e dar uma chance.

ah, essa tradução pro português é baseada na segunda versão do livro, por isso considerei a data como 1965 (a primeira edição é de 1940).


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em números, resumão do mês:

 livros terminados 1 x 0 livros abandonados

 literatura brasileira 0 x 1 literatura estrangeira (1 da argentina - na real os organizadores do livro são argentinos, né? os contos são de vários países diferentes)

 livros lidos no kindle 0 x 1 livros físicos

 autoras mulheres 1 x 2 autores homens (eu não sei se devia contabilizar essa categoria?????? socorro)

 releituras 0 x 1 livros novos

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mais uma vez, só li um livro no mês. me reservei o direito de ler menos (e de não me sentir pressionada por isso) porque não é toda hora que a gente sai da casa dos pais, né? ;) meu plano é aumentar a quantidade de leituras em setembro - se tudo correr bem, já terei me adaptado melhor à rotina nova. fiquemos no aguardo dos próximos capítulos!

sábado, 22 de agosto de 2020

home, sweet, home

no começo de agosto, saí da casa dos meus pais e passei a morar com o boy.

a gente namora há quase sete anos, já faz um tempão que falamos de morar juntos, mas nunca era a hora certa. "nossos salários não são bons o suficiente, podemos esperar mais um pouco, o imóvel precisa obrigatoriamente ficar num lugar assim ou assado", etc etc etc. porém agora, no meio de uma pandemia, depois de vários meses sem nos encontrarmos, decidimos encarar de frente essa próxima etapa. finalmente juntamos as escovas de dente.

viemos parar do outro lado da cidade, num bairro gostosinho e perto de tudo, numa rua sem saída e super tranquila! o apto não é grande e tá meio mal cuidado, mas era o que cabia no bolso. e vai ficar bonitinho (aliás, já tá ficando!), a gente só precisa se esforçar um pouco pra isso hehe

por aqui, as coisas estão tomando forma aos poucos. compra um eletrodoméstico aqui, um móvel ali, um negocinho acolá... agora até que já temos bastante coisa, mas chegamos só com fogão e geladeira na cozinha (gente, que caro geladeira, né? eu hein), nossas escrivaninhas pra gente conseguir trabalhar, duas cadeiras usadas dessas universitárias que meu pai arrumou e uns móveis que eu trouxe do meu quarto.

aliás, o boy e meu pai que desmontaram meu guarda-roupa pra transportar até aqui. pra montar, os dois contaram com a ajuda do meu cunhado. eu desacreditei do sucesso dessa empreitada, mas deu tão certo que até me surpreendi. não ficou 100%, até porque o bichinho já não era da melhor qualidade, mas ficou o melhor possível :)

passamos os primeiros cinco dias dormindo num colchão de solteiro no chão, esperando o novo chegar. o plano era dormir num inflável de casal, mas não rolou - tava sem a tampa que fecha o buraco por onde enche de ar. por sorte trouxemos esse aí de plano b, que na verdade era pra servir como sofá. e por mais sorte ainda tava um frio lascado nesses dias, porque seria inviável dormir tão juntinhos se tivesse calor. depois que o colchão de casal chegou a qualidade do sono melhorou de forma incalculável, mas ainda faltava a cama - que só chegou uma semana depois do colchão. se quiséssemos receber os dois juntos, só 14 dias depois da nossa chegada na casinha nova. melhor dormir no colchão de casal, mesmo no chão, do que passar duas semanas dividindo o colchãozinho que a gente trouxe.

demoramos um pouco pra ter o armário da cozinha (vou contar essa saga em outro post), então usamos umas caixas pra fazer uma despensa improvisada. cozinhar tava sendo um desafio. além de não termos espaço pra apoiar as coisas, também passamos alguns dias sem panelas, sobrevivendo com duas frigideiras e a panela de pressão. enquanto isso, como a sala tava vazia (só compramos sofá, mesa e cadeiras no fim de semana passado), ela foi eleita o cômodo oficial da bagunça. tudo o que ainda não tinha lugar definido ficava jogado por lá. tava um caos, meio desesperador mesmo, mas ainda assim dava um quentinho no coração de saber que aquela bagunça toda ficava na nossa casinha.

tá sendo incrível essa experiência de viver sob o mesmo teto que a minha pessoa preferida no mundo.

claro que sinto saudade de quando eu acordava e meu pai já tinha feito o café (e eu gastava bem menos dinheiro), mas dormir e acordar todo dia ao lado desse cara tá fazendo valer a pena demais os perrengues chiques que a gente passa todo dia!

em tempos normais, estaríamos aproveitando tudo o que o bairro novo tem pra oferecer - inclusive pegar metrô e descer na avenida paulista depois de três estações. por enquanto, o que a gente conhece se resume a: mercado, padaria, farmácia e a feira da rua de cima. como não dá pra passear, o que a gente tem feito é experimentar os restaurantes da região que fazem delivery. já tá sendo um bom começo ♡