terça-feira, 30 de junho de 2015

luna clara & apolo onze

eu sempre disse que meu livro preferido era harry potter. desse jeito mesmo, a série toda, sem sequer escolher um livro só (mas todo mundo sabe da minha predileção pelo enigma do príncipe). só que a partir de agora eu tô mudando de opinião. meu livro preferido da vida é esse: luna clara & apolo onze, da adriana falcão.

é literatura infanto-juvenil, então a sutileza prevalece. mas isso não significa que a autora aborde os temas de modo superficial, muito pelo contrário até. o livro é de 2002 e tem umas ilustrações maravilhosas feitas pelo josé carlos lollo. o negócio é tão fofo que o livro tem até uma capa "de mentira", de papel, colocada por fora da capa de verdade (alguém sabe o nome disso?). e, pra ficar melhor ainda, a tal da capa de papel tem dois lados. o da luna clara e o do apolo onze. eu particularmente gosto mais dela quanto personagem, mas acho o lado dele mais bonito. :)



eu sou péssima com resenhas, isso já deu pra perceber. mas acho que vale a pena eu me esforçar um pouco mais pra falar desse livro aqui. ainda não vai ficar bom, talvez eu deixe de falar coisas importantes e fale coisas que ninguém dê muita importância. talvez eu conte mais spoilers do que deveria (tenho a impressão de que eu sempre faço isso. será?). mas levando em consideração o fato de que esse post é sobre um livro que eu amo de um jeito sem limites, não dá pra esperar assim tanta coerência e coesão, né? o amor faz isso com a gente.

aliás, falando em amor, eu diria que esse livro fala sobre isso. ele conta histórias de amor. no plural mesmo, já que são bem mais de uma. mas não é só sobre isso que o livro fala. ele também trata de encontros, desencontros, imprevistos, por acasos, aventuras, sorte, azar, destino, coincidências (ou não exatamente). e sobre a lua, se você se deixar envolver a esse ponto. eu deixei.

aventura e doravante.
entre esse dois tem amor até de sobra <3

a adriana escreve o livro com a prosa mais poética que eu já vi. seria poesia pura, caso não fosse prosa. pra começar, ela realmente escreve as coisas relativamente em versos. então essa questão da visualidade já leva a gente a pensar em poemas. além disso, ela usa rimas. não o tempo inteiro, não em demasia, mas se você prestar atenção, dá pra notar a sonoridade do livro. uma coisa que eu gosto muito - e que também remete a poesia - são os jogos de palavras. eles são absolutamente geniais! e vão desde as frases até os nomes das personagens (cada um tem um significado nem tão implícito bem importante pra história). sem contar as metáforas, as metonímias, as aliterações... ela usa e abusa das figuras de linguagem de um jeito muito divertido. ah, no livro tem muita repetição também. a autora retoma em um capítulo o que já foi dito em outro, por exemplo. e a parte incrível é que isso não fica chato ou cansativo. fica ainda mais interessante, na verdade, porque a gente percebe a simultaneidade das ações. a história não é contada de forma totalmente linear, rola bastante flashback. mas é só por meio deles que as coisas vão se encaixando perfeitamente - não só pro leitor, mas também pras próprias personagens, já que elas vão compreendendo aos poucos tudo o que tá acontecendo.

tem poesia até na ilustração, olha só

sabe uma coisa que eu acho incrível? as personagens femininas se impõem, mesmo que discretamente. a luna clara e a madrugada (mãe do apolo onze) não abaixam a cabeça pro que dizem os homens. a opinião masculina não é superior a delas. as duas batem o pé e se fazem ouvir. luna clara não deixa apolo onze bancar o herói protetor, mesmo que ela estivesse com medo dos perigos, porque sabe que consegue ir sozinha. e sabe também que ele precisa seguir caminho pro outro lado naquele momento. madrugada não deixa seu marido, apolo dez, bancar o pai que não permite que as filhas namorem. filha dela namora sim. e o pai que lide com isso, já que madrugada é empoderada a esse ponto. acho sim que isso é importantíssimo pras crianças que tão lendo. mesmo que passe meio despercebido, a gente sempre acaba absorvendo esse tipo de coisa. ainda mais quando se é uma menina em plena fase de desenvolvimento. é imprescindível que existam exemplos assim. <3

apresento-lhes aqui a menina
luna clara

lembro da primeira vez que eu li. levei pra praia, pra ler no fim de semana (eu tinha meus 12 anos e já levava livros pras viagens. por isso eu sei que tô no curso certo!). quando eu terminei de ler o livro já era noite, eu tava deitada na rede. e foi nesse momento que eu li o primeiro trecho de um livro que fez meus olhos brilharem, daqueles que a gente tem vontade de emoldurar e pendurar na parede do quarto, sabe? eu li aquilo e pensei em tanta coisa! no destino, no amor, no universo. e na literatura. acho que, mesmo sem ter me dado conta disso na época, foi aí que eu percebi o poder de um livro na vida da gente. e o poder do autor na hora de escrever. o trecho foi esse aqui:
- Vocês sabiam que, nesse exato instante, uma certa moça que está lendo um livro precisa urgentemente encontrar um certo rapaz? - a velha de rosa revelou.
- E vocês sabiam que, nesse exato instante, esse tal rapaz está lendo o mesmo livro e precisa urgentemente encontrar a tal da moça? - informou a velha de azul.

é muita fofura!!!

meu livro já tá velhinho, comprei lá pra 2006-2007. professora de português pediu como leitura obrigatória pro semestre. acho que nunca agradeci, mas deixo aqui um obrigada todo especial e lotado de saudade pra olívia, uma das melhores professoras que eu já tive, por me apresentar pro meu livro preferido. já li três vezes, já emprestei pra várias pessoas. ele tá todo sujinho, amassado, começando a rasgar. e isso só faz com que esse meu exemplar seja ainda mais importante pra mim <3

não tenho grandes pretensões de ser escritora, mas caso isso um dia ocorra: espero que eu escreva algo tão inspirador quanto esse livro. e espero mais ainda que minha criatividade seja como a da adriana - imensa e incrível na mesma proporção. o que eu sinto sobre esse livro o ziraldo já colocou em palavras, então acho melhor simplesmente reproduzir aqui o ele disse:

"(...) Agora, estou diante de Luna Clara & Apolo Onze. Outra vez a sensação. Adriana aqui reinventa não só a narrativa como a linguagem. Ela reinventa a maneira de contar uma história. E faz isto com a mão de mestre, com um nível de invenção que não conheço em outros autores brasileiros. Ela chegou arrasando. Sei que este livro é bom, bom mesmo, porque vocês precisam ver a extensão da minha nova inveja!"
Ziraldo

segunda-feira, 29 de junho de 2015

a arte de dormir junto

dormir junto é uma arte. ainda mais quando se faz isso em um colchão de solteiro. melhor ainda se o travesseiro for um só - e o edredom também (edredom, não cobertor. a rinite tá aí pra mostrar que o edredom é sempre a melhor pedida). quando se dorme junto nessas condições, só existem duas alternativas: ou os dois ficam mesmo bem pertinho, ou alguém vai acabar passando frio com a cabeça diretamente no colchão. eu sou sempre a favor da primeira opção.

sem esquecer do incômodo quando um dos dois resolve ir ao banheiro e, ao sair da cama, acorda o outro. ou quando um não para de se mexer (eu, no caso) e atrapalha a soneca da outra pessoa. a dor nas costas na manhã seguinte, pra mim, é imensa. a dormência num dos braços em algum momento da noite é quase certa. mas o sorriso ao acordar e dar de cara com quem a gente gosta ali, na nossa frente, a pouquinhos centímetros de distância, é certeiro.

mas o problema maior é que dormir junto só é bom se tá tudo bem. se a gente vai dormir de cara feia um com o outro, a noite é péssima. assim... não sei como é por aí, mas por aqui a gente é meio birrento. então se formos dormir "brigadinhos", não vai rolar abraço. não vai rolar conchinha. a distância vai ser a maior possível sem comprometer o travesseiro pra nenhum dos envolvidos. e o meu coração, ele se quebra em pedacinhos. pior do que estar longe de verdade, é só estar pertinho e agir como se a distância fosse grande.


já postei esse vídeo aqui uma vez, mas acho sempre bom lembrar que menina jout tem ensinamentos ótimos a respeito de posições quentes pra naninha em conjunto:



digo e repito: dormir junto é uma arte.

sexta-feira, 26 de junho de 2015

nobody cares #1

* fui no outback com meu namorado e a comida que a gente pediu tinha formato de coração:
achei poético

* fiz um trabalho opcional um dia antes da data de entrega. queria aumentar minha média numa matéria do inglês. a nota final, sem ele, seria de 7,5. tô quase fazendo uma prece pra subir pra 8, pelo menos (porém não estou tão otimista, pq né, 1 dia antes... ;~)

* a antropofagia (sim, de canibalismo mesmo) na literatura foi uma das coisas mais legais que eu estudei nesse semestre. agradecimentos especiais ao mocinho oswald de andrade e a professora de literatura brasileira.

* deu um curto-circuito (?) nas tomadas no meu quarto, que são aproximadamente 937 (sério, são muitas), e agora nenhuma funciona. não consigo ligar nadinha nas tomadas no meu quarto. que morte horrível colocar o celular pra carregar em outro cômodo, gente.

eu tava morrendo de vontade de tomar caldo verde. fiz isso. me senti abraçada por dentro. <3

descobri qual é o meu esmalte preferido da vida (no caso, reluz - ludurana). tenho já faz uns anos e percebi que costumo usar sempre na época do meu aniversário. eu tentei várias vezes ao longo dessa vidinha escolher um esmalte pra chamar de meu, aquele que é o verdadeiro dono do meu coração, mas ficava em dúvida entre infinitas cores. mas dessa vez eu defini: é esse, com certeza é!  

dá pra acreditar que é o mesmo esmalte? <3
(mas assim, nenhuma dessas fotos conseguiu captar nem metade da lindeza das minhas unhas. tá d+!)

* derrubei suco de uva em cima dos papeis que eu usaria pra consulta na prova. e em cima do meu edredom. e dos meus tênis. e da minha mochila. e do meu tapete. e do meu caderno. tudo isso as onze horas da noite, quando eu tava me preparando pra deitar. OPS.

* quero assistir 4 filmes o mais rápido possível - e isso vai contra todas as expectativas, já que possuo pouquíssima paciência pra isso.  

* estou de férias. depois de um semestre interminável - o primeiro na faculdade com a duração certa - finalmente estou de f é r i a s !!!!!!!!!!!


{inspirada na minha amiga mais fofa e maluca de todas (hey, bibs! <3), resolvi fazer uma listinha de coisas que aproximadamente 0 pessoas precisam saber, mas que eu queria compartilhar mesmo assim :D}

terça-feira, 23 de junho de 2015

2 fucking décadas de vida

eis que ontem foi meu aniversário. como eu imagino que vocês já devam ter deduzido por meio do título deste post, completei meus 20 aninhos. sem crises antecipadas de meia idade, sem pirar porque a vida tá longe de poder ser considerada como "de adulto", sem me importar em comemorar em casa e não numa balada (e também sem esquecer que daqui a pouco tá na hora de começar a usar uns cremes anti-aging, porque né, sorrir demais dá rugas de expressão...).


meus pais inovaram esse ano. em vez de deixar a escolha pra mim, já pressupondo corretamente que eu seria bem sem graça e responderia "não quero fazer nada, thanks", eles é que decidiram qual seria a comemoração. e mantiveram segredo até a hora em que tudo aconteceu. meu aniversário caiu numa segunda feira, mas saímos no domingo. eu só sabia que tinha de usar roupa bonita e que não iríamos almoçar fora. de resto, era um mistério. fomos eu, o boy, minha mãe e meu pai. saímos de casa às 3 da tarde, em direção ao centro da cidade. passamos pela paulista, mas seguimos em frente. papai fez caminhos malucos, entrou e saiu de uma infinidade de ruas. cheguei a pensar que ele estava fazendo aquilo só pra que eu não adivinhasse antes da hora, mas depois concluí que era só o jeito dele mesmo. papai parece que tem o waze na cabeça, sempre inventando caminhos esquisitos e efetivos (porém papai deve errar mais que o gps).

daí, depois de uns 40 e tantos minutos rodando pela cidade, a gente chegou. descobri que nós íamos ao teatro, assistir "mudança de hábito" - a divina comédia da broadway. a gente ainda nem tinha descido do carro e eu já tava surtandinho internamente de alegria. digamos que eu sinta um grande e genuíno amor por musicais. ainda mais os da broadway.


eu não sei como descrever essa peça sem soar exagerada. a história é ótima, os atores são ótimos, as músicas são ótimas, até as piadas! mas o que eu mais amei, sem a menor dúvida, foram os cenários. gente... o negócio era lindo de um jeito que só estando lá pra entender. tinha muito brilho, muita luz, muita cor. era lindo. sei que não é todo mundo que pode se dar ao luxo de assistir musical (por motivos de $), eu mesma se tivesse condições iria bem mais do que costumo ir, mas vale a pena o esforço! é muito bom, mesmo. e ainda tem meu tipo de moral da história preferido: aquele que te faz pensar fora da caixinha. <3

pra completar o dia, fomos jantar numa pizzaria que era bonita e gostosa na mesma proporção. comi até ficar na iminência de explodir. teve até sorvetinho de sobremesa. não me arrependo nadinha das incontáveis calorias que ganhei nesse dia. :)

*-*

aí chegou o grande dia. segunda feira, 22 de junho, comecinho do inverno e do signo de câncer. o que eu mais queria era dormir até tarde, mas fui obrigada a ir pra faculdade entregar o trabalho final de uma matéria que eu nem gosto tanto assim. pra me presentear, comi uma fatia da pizza do dia anterior no café da manhã. já comecei o dia ganhando. aí voltei pra casa cedo, debaixo de um céu tão azul que nem parecia dia 22 de junho. interpretei aquele tempo bonito como um presente da galera lá de cima.

meu namorado saiu do trabalho e veio correndo pra minha casa, usando roupinha social e tudo. quase chorei de tão lindinho que ele tava. de manhãzinha ele tinha deixado a entender que eu ficaria assim :O quando recebesse meus presentes. ele se enganou. minha boca se abriu bem mais que isso! dá pra imaginar que o cara me deu CATORZE presentes? chocolates, livro, rímel, itens de papelaria... tudo do que eu mais gosto e nem sonhava ganhar. rolou até doce da alemanha, que tô guardando pra experimentarmos juntos. como o dia já tava ótimo mas sempre pode melhorar, minhas melhores amigas também vieram me ver. e chegaram cheias de abraços, sorrisos e presentes incríveis - alimentícios e com a forma do meu bicho preferido! nós quatro conversamos sobre tudo e rimos de tudo também, do jeitinho que sempre é quando estamos juntos. e ainda teve strogonoff de janta, que todo mundo comeu até não caber mais. mas sempre sobra espaço pro melhor bolo do mundo, né? de morango e leite condensado, é claro. com direito a parabéns iluminado pela discretíssima lanterna do celular, já que os aplicativos de vela de aniversário não quiseram colaborar com a gente.


 


soa clichê, mas não podia ser mais sincero: ganhei um montão de coisa legal, mas o presente de verdade foi ter passado o meu dia ao lado deles. esse três que tão sempre comigo, há vários anos, me fazendo entender cada vez mais o quanto é sensacional viver acompanhada. sem esquecer dos meus pais, que estavam lá também e são a melhor coisa que eu tenho nessa vida. é, acho que eu queria fazer aniversário todos os dias.

quarta-feira, 17 de junho de 2015

what goes around comes all the way back around

como bem dizia justin t.!

karma é uma coisa real, todo mundo sabe disso. aquela velha história de que o mundo gira e, sendo assim, tudo que vai um dia volta, tá sempre aí se comprovando cada vez mais verdadeira. basicamente, pra fugir das coisas ruins, evite desgraçar a vida alheia. tenta andar por aí distribuindo sempre amor e simpatia, que então tudo tende a dar certo pro seu lado também.

agora vamos analisar uma coisa aqui bem rapidinho: ser escroto com quem a gente não gosta não é legal, mas é compreensível. ser escroto com quem a gente não conhece não é legal e nem é compreensível. mas ser escroto com amigos/familiares/afins é absolutamente imbecil. a pessoa tá lá, do seu lado, te tratando bem, te desejando só coisa boa, e você age de forma babaca com ela. PRA QUE ISSO, CARA? olha, eu não sei se isso faz sentido pra outras gentes além de mim, mas acho que nesses casos o bad karma é ainda pior! porque a energia negativa que a pessoa emana na hora da escrotidão em cima de alguém que não. merecia. deve atrair umas coisas bem pesadas de volta, sei lá.

só pra ilustrar o que eu tô querendo dizer: digamos que duas pessoas eram bem amigas e viviam juntas. digamos que um belo dia a pessoa #1 tenha se revoltado porque a pessoa #2 tinha outros amigos. digamos que a pessoa revoltada tenha sido escrota com a outra. digamos que a pessoa revoltada e escrota não tenha nem 1/3 dos amigos que a outra tem agora. OU SEJA: bad karma elevadíssimo, sabe? a pessoa #1 não tinha necessidade de causar na vida da pessoa #2. muito menos tinha o direito de falar um monte de besteiras sem pé nem cabeça, deixando a outra mal por conta disso. pessoa #2 distribuiu amor e recebeu escrotidão da pessoa #1. o que foi que aconteceu? a vida deu um jeitinho de mostrar que "opa, calma lá. ser babaca não é legal". (digamos que esse causo tenha sido apenas hipotético etc)

então, pra concluir o raciocínio, deixo aqui um provérbio chinês, muito sábio, que é mais ou menos o seguinte: "o mundo gira e vacilão roda"!



* tô pra escrever um post assim faz mais ou menos uns 1836 anos, mas eu meio que esquecia. eis que esses dias c e r t o s a c o n t e c i m e n t o s me causaram uns 5 minutos de inspiração e eu vim aqui concretizar a ideia. ai, ai.

terça-feira, 16 de junho de 2015

3 dias de amor

que na sexta feira passada, 12 de junho, foi dia dos namorados todo mundo sabe. agora o que vocês não sabiam é que eu e o boy resolvemos comemorar essa data na sexta, no sábado e no domingo também. 3 dias seguidos de puro amor e muita risada! :)

dia 1.
esse foi o dia oficial. em vez de sairmos pra enfrentar filas em lugares lotados, ele veio aqui em casa. jantamos uma das minhas comidas preferidas e ficamos juntinhos até que a gente já estivesse dormindo abraçados. combinamos que não trocaríamos presente nesse dia (obrigação em data comemorativa: odeio), mas não resisti e fiz uma lembrancinha pra ele. handmade é mais legal, né? :) 

dia 2.
sempre tentamos combinar as coisas, mas no final nada sai como o planejado e a gente acaba decidindo na hora o que faremos. daí que eu tava em casa fazendo trabalho e o boy me mandou uma mensagem assim bem direta: "tô passando aí pra te buscar". eu ainda tinha que tomar banho e não havia sequer pensado na minha roupa. corri pra me arrumar e ele ficou aqui em casa me esperando (e opinando sempre que eu perguntava coisas como "amor, uso o tênis vinho ou a alpargata cinza?". o escolhido foi o tênis, btw). aí fomos pra casa dele pro bonito se arrumar, fomos buscar a bicicleta dele, fomos no mercado, etc etc etc. e decidimos que esse dia tava ótimo pra gente ir na festa junina do condomínio dele :D com direito a sertanejo, comida gostosa e muita beijoca. só pra constar, o ponto alto foi o espeto de morango com chocolate. <3 



dia 3.
aí chegou o dia mais legal de todos, aquele que a gente planejou e realmente saiu como o esperado: nós fomos no zoológico!! :D assim, eu amo e odeio zoológico na mesma proporção. fico muito empolgada vendo os animais, mas fico triste sempre que eu penso que eles tão trancafiados ali, fora do seu habitat natural, pra entretenimento humano basicamente... deixando aqui essa ressalva, lets move on: esse dia foi incrível <3 a gente viu um montão de bicho bonito (caras, teve até dinossauro no rolê!), fizemos picnic, tiramos várias fotos, tomamos o sorvete que o boy mais gosta, presenciamos um total de 8274 "piadas de zoológico" (maravilhosas, apenas)... e depois ainda teve game of thrones, só pra fechar o dia com chave de ouro :') 



melhor bicho do mundo
HAHAH orangotango de mantinha

RAWR

contando assim não tem nem metade da graça - e da poesia - do que realmente foram esses três dias. mas garanto que foi tudo completamente especial e que a gente se divertiu e aproveitou muito mais do que se tivéssemos entrado nessas de "compra presente - sai pra jantar - gasta dinheiro pacas - cabô comemoração". ^^

segunda-feira, 15 de junho de 2015

10 coisas que aprendi com relacionamentos

"10 coisas que aprendi com relacionamentos: atuais, antigos, que terminaram bem, que terminaram em briga... ninguém sai de um relacionamento com a sensação de que perdeu o tempo 100%, né? Compartilha com o mundo as suas 10 principais lições."


não sou assim a pessoa com o maior número de relacionamentos nessa vida. mas levando em consideração o fato de que meu antigo namoro durou mais de 2 anos e meio e o de agora já tem quase 1 ano e 9 (sem falar dos namoricos menores, que eu não costumo colocar na conta), acho que eu realmente aprendi uma quantidade considerável de coisas, né? aproveitando a deixa do dia dos namorados (que acabou de passar), deixo aqui meus aprendizados mais relevantes:


1. um não tem que tentar mudar o outro. basicamente "seja você a mudança que você quer ver no mundo", sabe? ninguém tem o direito de interferir na vida alheia do tipo "seja como eu quero, não tô nem aí pras suas preferências" etc. se o seu namorado não age da forma como você prefere, aprenda a lidar com isso. pode ter certeza que você não vai ser mais feliz mudando a pessoa; isso só vai te dar dor de cabeça. a quantidade de brigas que vão surgir porque cê tá querendo transformar o outro no que você idealiza como melhor vai ser imensa! tenta se adaptar ao que o outro é que aí ele também vai tentar se adaptar a você e assim tudo tende a se encaixar de forma mais leve, mais natural. mesmo que o outro mude só pra te agradar, ele próprio talvez não esteja feliz com isso. e, não por nada né, mas acho que quando a gente gosta mesmo de alguém a nossa maior vontade é que essa pessoa esteja sempre feliz. que raio de amor é esse que prefere ver o outro descontente só pra que você esteja satisfeito? sei lá, hein...  

2. independência é importante. não que eu saiba lidar bem com esse conceito, mas eu tenho total noção do quanto isso faz a diferença. ah, aqui fica implícito que confiança é essencial também. não dá pra vocês ficarem grudados o tempo inteiro, não dá pra deixar de existir uma individualidade, não dá pras duas vidas se fundirem em uma só. as pessoas precisam do seu espaço, precisam do seu momento, precisam dos amigos. e as pessoas têm interesses diferentes, é sofrível esperar que os dois estejam sempre juntos fazendo e pensando as mesmas coisas. AH, agora o ponto principal: sua felicidade não pode depender do outro. é uma ideia péssima depositar todas as suas fichas em alguém e esperar que essa pessoa vá te fazer sorrir 24/7. seja feliz sozinho, antes de mais nada, e deixe que a outra pessoa te transborde de alegria. aí sim a coisa funciona bem! :) por mais que eu ainda tenha um sério problema de dependência, mantenho isso sempre em mente pra ver se eu consigo melhorar.   

3. se não tá mais fazendo nem um pouquinho bem, tá na hora de cair fora. por mais óbvio que isso pareça, aparentemente ninguém consegue colocar esse item em prática. eu também demorei uma eternidade de tempos pra conseguir. acho que um relacionamento serve pra, primeiramente, te colocar pra cima. se você tá se sentindo feliz, completo, empolgado, motivado... tá ótimo. mas a partir do momento em que a outra pessoa começa a te puxar pra baixo e você passa a ser alguém que vê a vida em tons de cinza, porque tudo tá sempre ruim, SEGUE EM FRENTE. larga a comodidade pra lá e vai ser feliz de novo, sabe? essas de "ruim com, pior sem" não são necessariamente reais. mesmo que a gente tenha a impressão de que nunca vai arrumar outra pessoa, a gente obviamente vai. e pode ser que seja infinitas vezes melhor. 

4. assistir filmes/séries juntos é muito mais legal. e isso não significa necessariamente os dois estarem sentados um ao lado do outro, se abraçando e comendo pipoca (mas é óbvio que essa é a melhor parte! :D). assim, quando os dois acompanham a mesma série, por exemplo, e depois discutem sobre ela e formam teorias e trocam opiniões e tudo mais: sério, é d+! na real isso vale pra qualquer coisa né, não só filme e série. qualquer coisa que o casal tenha de interessse em comum e abra margem pra essa troca maravilhosa de ideias depois, é muito bom <3 

5. rotina é um inferno. é claro que eu gosto dessa coisa de começar todos os dias com um "bom dia, amor" e terminar com um "boa noite, amo você". mas essa é a parte fofa, a parte gostosa, a parte que vale a pena ter. agora, quando a rotina atinge aquele nível "todo sábado a gente come pizza no mesmo lugar e todo domingo a gente vê o mesmo programa na tv", sem na-da de novo, sem nenhuma mísera surpresinha, sem uma única mudança na programação de toda santa semana... dá vontade de morrer, né? super legal almoçar na casa da avó do boy que faz aquela macarronada delícia. super insuportável fazer isso toda quinta-feira durante um total de 8 meses, sabe? quando a rotina se torna obrigação e você faz aquilo sem nem pensar, só por já estar condicionado a tal, acho que tá na hora de mudar.

6. namoro bom é totalmente diferente de namoro perfeito. por exemplinho: meu namoro atual é incrível! a gente se dá absurdamente bem, a gente ri o tempo inteiro, a gente conversa sobre toda e qualquer coisa, enfim, é ótimo de verdade. mas isso tá longe de significar que a gente nunca se estranhe, né? é claro que eu fico triste e irritada com ele v á r i a s vezes. é claro que ele me acha chata pra caralho v á r i a s vezes. é claro que a gente fica de cara feia um com o outro. porém é claro que a gente continua junto se amando e achando nosso namoro bom pra caramba, porque os momentos ruins são resolvidos e tudo volta à normalidade. 

7. diálogo é tão importante quanto amor pra fazer o negócio funcionar. pro namoro dar certo, o casal tem que conversar. a pessoa tem que dizer o que pensa a respeito das coisas, tem que dizer o que tá sentindo, tem que contar quando estiver incomodada. só que isso não é suficiente. pra realmente rolar, a outra tem que interagir. tem que expor a opinião também, tem que mostrar se concorda ou não. e aí, juntos, os dois chegam num consenso e tentam sempre ir se melhorando e se ajeitando. não dá pro casal ser íntimo pra fazer sexo e não ter a menor intimidade na hora da conversa, né? 

8. se não tiver reciprocidade, fica difícil de lidar. imagina que você tá lá, se doando 102% pra fazer o namoro dar certo. você reserva todo o seu tempo livre pra outra pessoa, você coloca ela como número 1 na sua lista de prioridades, enfim. e a pessoa vai lá e prefere ir na feira com a tia do que ir comer um lanche com você naquele único momento em que vocês teriam pra ficar juntos... OI? tá meio errado isso aí, hein? ou então o inverso, né. a pessoa faz de tudo e mais um pouco pelo bem do casal e você não move uma mísera palha pro negócio ir pra frente. acho que assim não rola. ou então tem ainda aquela velha história: um ama mais que o outro. um se importa mais que o outro. um se dedica mais que o outro. enfim. pode até ser que funcione, mas com certeza fica muito mais difícil...

9. seguir em frente parece impossível, mas uma hora tudo se ajeita. como nem tudo são flores, relacionamentos acabam. e quando isso acontece, normalmente a gente entra em parafuso. rola todo aquele stress baseado em "ai meu deus minha vida acabou não sei viver sem ele/ela o que será de mim agora ninguém mais vai me amar" etc etc etc. tudo bobagem, né? tem tanta gente aí nesse planeta... como é que uma só no mundo inteiro ia gostar de você? pelo menos mais uma porrada de gente vai acabar se interessando por você também, sabe? e assim, ninguém morre porque o relacionamento terminou. sua vida continua aí, linda de ser vivida, cheia de coisa pra você fazer... curte sua fossa, deixa o tempo agir, levanta a cabeça, larga o apego pra lá e pronto, cabô! ok que a coisa tá longe de ser tão fácil assim, eu demorei muito tempo pra me recompor totalmente depois que meu antigo namoro acabou, mas agora tô aqui feliz da vida. tudo se ajeita! ;)

10. as risadas se multiplicam quando os dois estão em sintonia. é incrível como fica tudo muito mais divertido quando os dois se dão bem e fazem coisas legais juntos. uma simples ida ao shopping pode se tornar um passeio sensacional quando o clima tá bom. as piadas sem graça de repente ficam ótimas, só porque foi a outra pessoa quem contou. aliás, eu vivo tendo crise de riso com o meu namorado (daquelas que eu fico sem ar, choro sem parar e minha barriga fica dolorida depois), coisa que não me acontece com mais ninguém. e mesmo que, na maioria das vezes, sejam as minhas próprias piadas que me fazem rir tanto, tenho certeza que isso só acontece porque quem tá comigo é ele. ninguém mais me deixa tão à vontade pra ser boba sem medo de ser feliz <3


tema sugerido pro mês de junho pelo Rotaroots :)

quarta-feira, 10 de junho de 2015

meus 7 maiores crushes

"7 celebridades com quem eu casaria: admita, você também tem aquela paixonite, aquele amor platônico, aquela celebridade que faz seu coração fazer turu-turu quando passa na televisão/cinema/toca no Spotify. Queremos saber qual seu top 7!"


1. Rupert Grint


aaah, meu deus. olha esse cabelo, esses olhinhos meio apertados, esses cílios quase transparentes de tão claros, esse narizinho... <3 <3 <3 well, o rupe foi meu primeiro grande crush famoso nessa vida. lá no primeiro filme de harry potter, assim que saiu, o mocinho já tava me roubando o coração. e digamos que ele não tenha devolvido até hoje <3 eu era maluca por ele até uns tempos atrás, mas a empolgação foi passando. claro que o mr. grint continua aqui comigo, ele ainda ocupa o primeiro lugar na minha lista de paixões platônicas, só não sou mais fissurada nele haha


2. Andrew Garfield

gente, ESSE HOMEM....... olha, eu não sei lidar com caras magros, altos e morenos. ainda mais se eles tiverem essa carinha de bom moço! sou dessas que entraram em êxtase assistindo os dois the amazing spider man por motivos de melhor ator principal que esse mundo já viu <3 ALIÁS, pra uma grande parte do fandom de harry potter, na hora de fazer uns edits bonitões da marauders era, é o andrew que tá lá representando o lupin novinho. OU SEJA, apenas amor <3 <3 <3  


3. Kit Harington


AI. MEU. CORAÇÃO. menino kit me ganhou assim que coloquei meus olhinhos nele, lá em game of thrones. torço pelo jon snow por motivos de QUERO CASAR COM ESTE ATOR, sabe? essa eterna cara de sofrido (que obviamente precisa dos meus carinhos e cuidados pra ficar feliz de novo etc), essa barbinha meio que por fazer, os cachinhos... <3 <3 <3 e né, o cara é todo fortinho definido porém continua magro, como podemos observar na primeira foto ali. MELHOR TIPO!!!!!


4. Mark Ruffalo

enquanto cêis ficam aí discutindo a respeito de qual chris (evans ou hemsworth) é o mais bonito, eu fico aqui suspirando é pelo mark mesmo! <3 cheguei naquela fase da vida em que homens de QUARENTA E SETE ANOS podem ser lindos e maravilhosos. ai, meu deus, acho que tô ficando velha! (mas olha essa carinha!!! só consigo pensar "ai que vontade de encher de beijocaaaaa" - mesmo que ele tenha idade pra ser tipo meu pai) 


5. Bruno Mars

ok, eu sei: o bruno mars é esquisito. eu não acho ele bonito. MAS, gente, pqp... olha o charme desse mocinho!!!! é muito estilo, é muito carisma, é muito ~sex appeal~ pra uma pessoinha só (inha mesmo, né? ainda não superei aquela foto dele com a taylor swift, btw). ele bem conquistou meu coração com aquelas músicas românticas clichês e com a voz delícia de se ouvir, mas obviamente que o melhor vídeo da história desse universo é o de uptown funk, então deixo ele aqui só pra registrar:



6. Matthew Gray Gubler

temos aqui o típico caso "me apaixono pelo personagem e, consequentemente, quero casar com o ator". caso vocês não reconheçam o lindinho aí de cima, façam o favor de assistir pra ontem a melhor série policial de todos os tempos (aka criminal minds)! na série ele é super esquisitinho, daquele tipo que é tão nerd que até assusta - sério, o dr. reid (personagem dele) é tão inteligente que nin.guém. acompanha o raciocínio do cara -, mas eu sempre achei fofo por d+. até que vi um determinado episódio e: TCHARÃM, virou amor. <3


7. Emma Watson



eu poderia muito bem ter colocado o mocinho liam hemsworth nessa lista, pq nossa como eu queria que esse casamento rolasse! PORÉM eu realmente poderia ter escolhido 7 minas sensacionais com quem eu queria casar tanto quanto (senão mais) e achei injusto deixar a minha musa de fora desse post. sendo assim, a rainha emma watson veio aqui pra desbancar meu 7º possível pretendente do sexo masculino. assim... eu preciso falar mesmo pq raios eu queria essa mulher maravilhosa do meu lado pro resto da vida? além de tudo, ela ainda é feminista. SABE, não sei se tem como ficar melhor que isso!!!!!!!! <3 <3 <3



(ai, é muito amor pra um post só!! eu poderia citar outros nomes, mas seriam aqueles maridos reserva caso esses aí não rolassem mais, sabe? hahaha ah, deu pra ver que eu tenho uma coisa com fotos em preto e branco, né? <3)


tema sugerido pro mês de junho pelo Rotaroots :)

segunda-feira, 8 de junho de 2015

filminhos: o jogo da imitação e bob esponja 2

normalmente eu falo de um filme só, né? mas dessa vez não consegui escolher, então vou falar dos dois filminhos que eu assisti no mês de maio (yeap, tô atrasada!)

eu vou dar uns mini spoilers sobre os filmes. se você não quiser mais ler a partir daqui, segue em frente tem outros blog procê por aí nessas internets! ;)

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quando o filme saiu, eu não queria assistir o jogo da imitação. pensei que seria chato, que eu ia ficar lá vendo um cara x montando uma máquina pra combater os nazistas e zZz... aí quando minha mãe me disse que o cara tinha sido detido por ser homossexual, eu quis assistir menos ainda. não tenho estruturas pra esse tipo de coisa, fico triste choro de raiva etc :( mas meu namorado queria ver, então larguei mão de ser besta e assisti junto com ele. AINDA BEM! <3


eu gostei muito. tipo, muito muito mesmo. o filme é incrível, o alan turing (personagem principal) é incrível, o benedict cumberaskjagd é incrível. nossa, achei maravilhoso de verdade. fiquei empolgada, ansiosa, feliz, triste... triste mesmo, de chorar e tudo, bem no finalzinho do filme. descobrir o fim que esse cara teve foi de cortar o coração ;~ mas enfim. o filme é ótimo e eu recomendo pra quem ainda não assistiu. e digo que quem já viu deveria assistir mais uma vez, porque né.. vale a pena! :) filminho 10/10 <3


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agora em relação a bob esponja - um herói fora d'água... gente, alguém me explica que porra é esse filme???? hahaha normalmente eu sou mais fã das animações do que dos filmes de gente grande né, mas nesse caso tá difícil. bob esponja, me ajuda a te ajudar!! quando eu vi esse poster eu já comecei a chorar né, dava pra ver de longe que o negócio tinha tudo pra desandar. e, pra mim, desandou mesmo. 


eu não achei chato exatamente, mas achei bem sem graça. não teve nenhuma parte que me fez rir (em compensação eu dou risada em quase todos os episódios), não teve nada que me chamasse muito a atenção. foi legalzinho e só. fiquei meio decepcionadinha, já que bob esponja é meu desenho favorito e o primeiro filme é sensacional <3 mas esse aí achei bem nonsense. ainda não entendi muito bem toda aquela parte do golfinho e tal...  ¯\_(ツ)_/¯ se alguém tiver afim de assistir e me explicar o filme - às vezes achei ruim pq não captei a essência né, vai saber haha - ou se quiser vir falar mal dele junto comigo, tô esperando! ;)

só gostei mesmo do patrick com super poderes de controlar sorvete, porque total me identifico com essa fascinação dele pelo melhor alimentinho do mundo ^^

sexta-feira, 5 de junho de 2015

3. aquela que eu mal conheci, mas sempre amei

minha avó materna faleceu assim que eu completei um ano de idade. sendo assim, fica claro que eu não tenho nenhuma lembrança, já que mal tive tempo de aproveitar ao lado dela. tudo o que eu tenho são as histórias que as pessoas contam e algumas poucas fotos. o que eu acho incrível é que, mesmo que eu realmente nem conheça a minha vó, ela sempre foi uma das pessoas que eu mais amo nessa vida. é uma coisa de louco o quanto essa mulher enche o meu coração de amor só de pensar nela. mas, em contrapartida, meu peito aperta de um jeito que chega a doer! 

que injusto você ter ido embora assim tão cedo, vó! injusto com você, injusto comigo. egoísta pensar em mim nessas horas, né? eu sei. mas por muito tempo eu desejei ter nascido a filha mais velha, pra poder ter você - e o meu avô - ao meu lado por mais tempo. nunca disse pra ninguém, mas eu morria de inveja do meu irmão. por que ele teve a chance de crescer do seu lado, mesmo que só na infância, e eu não? hoje em dia eu não penso mais dessa forma, já passei da fase de despejar minhas frustrações em cima de quem não tem nada a ver com elas. mas eu continuo sentida por não saber como era a sua voz, não saber se você dava ou não aqueles abraços super apertados, não saber se você sentaria comigo no sofá de tarde pra assistir alguma bobagem na televisão ou se preferiria ficar na cozinha preparando doces pra gente comer depois. 

das coisas que me contam sobre você, as comidas que você fazia são o que mais me chamam a atenção. talvez seja porque as pessoas falem disso com brilho nos olhos e água na boca até hoje, talvez seja por eu ser fominha e sempre me empolgar quando o assunto é comida. deve ser pela mistura das duas coisas. imagina que delícia nós duas cozinhando juntas? você me ensinando suas receitas que continuam famosas, nós duas sujando a cozinha inteira, você provavelmente me dando bronca pela minha lerdeza e eu ficando irritada por conta disso... ou não, né? não sei como seria a nossa relação de verdade, tudo o que eu posso fazer é imaginar. e já que isso é o que me resta, na minha mente a gente se dá super bem! às vezes sai umas confusões (minha mãe vive dizendo que você falava alto e era meio grossa. eu, manteiga derretida desse jeito, ia viver de bico por causa disso), mas a gente se diverte muito juntas! eu, você e mamãe. as três gerações juntinhas, todas parecidas umas com as outras, morrendo de dar risada em volta da mesa do café da tarde. 

eu te amo muito, vó! de verdade mesmo. é uma pena que você não tenha passado mais tempo aqui na terra. te agradeço pelo seu livro de receitas e por alguns traços do meu rosto, que supostamente são super parecidos com os seus. mais uma vez, amo você. pra sempre, em qualquer lugar a gente esteja.

quarta-feira, 3 de junho de 2015

amizades de transporte público

eu encontro todos os dias com as mesmas pessoas no ônibus. ninguém se fala, ninguém nem se cumprimenta, mas todo mundo se conhece - nem que seja só de vista, só de ônibus. as pessoas agem sempre da mesma forma, costumam sentar nos mesmos lugares, e por aí vai.

duas figuras especificamente andaram aguçando a minha curiosidade nesses últimos tempos: um casal de amigos. apesar de estarem sempre juntos, eles são totalmente diferentes. pelo menos aos meus olhos, como mera observadora à distância.

seguindo a premissa da rotina já citada lá em cima, todo dia ela faz tudo sempre igual. ele também. é impressionante como ela fala o tempo todo, sem pausas nem pra respirar. e ele fica quieto, de vez em nunca responde de forma monossilábica só pra dar prosseguimento ao assunto. ela sempre gesticula muito e nunca para de rir. ele, em contrapartida, às vezes acena com a cabeça e esboça, no máximo, um sorrisinho.

eu nunca sentei perto o suficiente pra escutar sobre o que eles conversam, sempre existem diversos bancos entre nós. mas ao longe, pela impressão que eles me passam por meio de seus semblantes, consigo perceber que ele não esconde seu descontentamento em relação àquela falação toda. e ela, coitada, nem percebe. será que é ingênua? talvez não. talvez ela esteja tão imersa em suas próprias palavras que nem se dá conta de que o outro nem ouvindo está.

às vezes ela só precisa de alguém ali do lado, balançando a cabeça de tempos em tempos, só pra não sair por aí falando sozinha. só pra não ser chamada de doida. e ele? às vezes só precisa de alguém ali do lado, quase que num monólogo, só pra não se sentir solitário. só pra ter uma companhia. (vai ver que ele é só muito educado pra dizer "ei, já chega, por favor".) 

dois companheiros do dia a dia. dois opostos. tão distintos, tão distantes.

terça-feira, 2 de junho de 2015

antes tarde do que nunca: latim edition

eis que o post sobre minhas aulas de latim vai ganhar uma continuação!

de terça feira eu só tenho essa aula na faculdade. e, como é de se esperar, ela é bem ruim. de modos que eu (provavelmente) já atingi o número máximo de faltas e estou sendo obrigada a frequentar todas as aulas dele daqui pra frente - nem que seja só pra assinar a lista e sair. sorry not sorry.

daí que hoje ele chegou na sala, atrasadinho como sempre, e disse logo de cara que "então, nosso programa vai mudar. vou ter que mudar o assunto das aulas". o fofinho explicou que, em uma reunião com os outros professores do departamento, ficou definido que ele não daria introdução ao latim II no semestre que vem. caso vocês não estejam entendendo a gravidade da situação: isso significa que nós, alunos dele que não sabemos porra nenhuma do idioma, seremos obrigados a ter aula com outros professores, que passaram um semestre inteiro ensinando o básico da língua pras suas respectivas turmas. OU SEJA: nós, os alunos dele que não sabemos porra nenhuma do idioma, estaremos absolutamente perdidos semestre que vem.......

pra tentar contornar o problema, os professores definiram que esse querido seria obrigado, querendo ele ou não, a nos ensinar alguma coisa decente nesse último mês de aula. e semestre que vem todo mundo vai ter uma revisão, pra gente não sair tão prejudicado assim. isso significa que todas as aulas que ele me deu até hoje foram totalmente inúteis. 

isso explica o motivo de eu ter gar-ga-lha-do (de nervoso) na cara do professor enquanto ele, na maior cara de pau, passava esse informe pra turma. ai, ai. deus me acuda!