terça-feira, 27 de maio de 2014

uma a menos no jardim

o eduardo abriu os olhos, mas não quis se levantar. de repente, sem querer, ele acabou percebendo o tamanho da burrada que havia feito. então o desespero foi crescendo dentro dele e a única reação possível pro eduardo naquele momento era continuar embaixo das cobertas, fechar os olhos novamente e tentar acreditar que tudo não passava de um pesadelo muitíssimo parecido com a realidade.
o problema é que aquilo era real. todos os pensamentos amedrontados e os sentimentos agitados do eduardo estavam cada vez maiores por causa de algo que de fato havia ocorrido. criando um fiozinho de coragem, ele levantou da cama e foi caminhando lentamente até a sala de sua casa. ao olhar pro lado direito, próximo à janela, seu mundo caiu. essa foi a confirmação de que ele estava realmente perdido e sozinho a partir daquele momento. 

eduardo esqueceu de regar a sua flor, porque acreditava cuidar dela bem o suficiente. sua inocência (ou falta de carinho?) fez com que ele fosse negligente em relação ao que ele amava. quando ele se deu conta, sua margarida havia murchado e morrido. a flor tinha deixado ele pra trás, pra sempre. ela, que antes era cheirosa e cheia de cor, estava agora sem vida nenhuma. 
pra quem olha de fora, isso pode não ser nada demais, pode ser uma coisa boba e corriqueira. mas o que acontece é que o eduardo não sabia viver sem a sua margarida. e nem ele tinha se dado conta disso antes.

boa sorte, eduardo. espero que um dia você saia dessa. 

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