quinta-feira, 30 de junho de 2016

#tag dias da semana em livros

eu vejo esses vídeos de booktubers respondendo tag literária e sempre fico com vontade de responder também, por mais que nenhuma pessoa no mundo se importe com as minhas respostas pra esse tipo de pergunta hahaha enfim, digamos que esse post seja 1) pra minha própria diversão 2) mais pra atualizar o blog mesmo :D 


🌼 DOMINGO - Um livro que você não quer que termine ou não quis que terminasse.

lendo por lugares incríveis - jennifer niven, eu enrolei um tantinho pra terminar porque não queria chegar no fim (mas tava louca de ansiedade pra ver o que ia acontecer! hahah). eu não tava preparada. não queria que terminasse, principalmente não daquela forma :( mas era inevitável mesmo, eu é que fiquei em estado de negação hahaha


🌼 SEGUNDA - Um livro que você tem preguiça de começar.

VÁRIOS! qualquer livro grande, pra ser bem sincera. morro de preguiça de ler esses calhamaços :~ mas vou escolher minha edição bilíngue de a divina comédia - dante alighieri, que eu ganhei de presente há anos e ainda não tive coragem nem de abrir!


🌼 TERÇA - Um livro que você empurrou com a barriga ou leu por obrigação.

praticamente todos os livros que me mandaram ler na escola ou na faculdade eu só li por obrigação mesmo, foram pouquíssimos os que eu li feliz, com vontade mesmo etc hahaha mas vou escolher o que foi, de longe, o pior de todos: sobrevivência dos vagalumes - georges didi-huberman. não sei até hoje o que o meu professor de introdução aos estudos literários I tinha na cabeça quando decidiu que esse livro enorme e que nada tinha a ver com a matéria seria uma boa ideia pra alunos do primeiro semestre da graduação...


🌼 QUARTA - Um livro que você deixou pela metade ou está lendo no momento.

uma das minhas leituras atuais e que eu sinceramente estou cogitando deixar pela metade (quer dizer... ainda não cheguei nem na página 30 hahaha) é o gabriela, cravo e canela - jorge amado. peguei na maior empolgação, as primeiras páginas me deixaram super feliz, mas olha........ difícil, hein? chego no final do parágrafo sem nem saber o que eu li, de tanto que eu presto atenção em qualquer outra coisa, menos no livro :~


🌼 QUINTA - O livro de quinta. Um livro que você não recomenda.

vou apelar pro clichê, porém com sinceridade: o alquimista - paulo coelho hahaha li inteiro e, sendo assim, posso te garantir que é melhor você ler qualquer outra coisa, menos os trabalhos do mr. rabbit...


🌼 SEXTA - Um livro que você quer que chegue logo (lançamento ou compra).

ih gente, nenhum? não sou muito de acompanhar lançamentos e também não tô esperando nenhuma compra, mas só pra não deixar sem resposta, o último livro que comprei pela internet e fiquei ansiosa esperando chegar pelo correio foi a antologia da literatura fantástica - jorge luis borges / adolfo bioy casares / silvina ocampo (que não li ainda, mas enfim...)


🌼 SÁBADO - Um livro que você quis começar novamente assim que ele terminou

eu já senti isso com vários livros, mas o mais recente que me fez sentir vontade de recomeçar no mesmo instante em que eu li a última palavra foi o hibisco roxo - chimamanda ngozi adichie. sabendo o final, quis reler pra prestar mais atenção em alguns detalhes. foi uma leitura e tanto!  

terça-feira, 28 de junho de 2016

me perdi no que era real e no que eu inventei

tem coisa que, por mais que continue viva, firme e forte dentro da gente, simplesmente já não inspira mais da mesma forma como acontecia antes. tudo muda, isso é óbvio. muda, evolui. e cresce. mas nem sempre isso também se dá de um jeito óbvio. o tamanho é imenso, só não é fácil de administrar. às vezes a gente não tá pronto pra situação, vai saber? ou às vezes a gente tá pronto sim, só não sabe disso com antecedência. a gente sente as mudanças, sente com todo o coração, sente em todos os poros. e tem hora que dói.

quando isso acontece, eu evito pensar demais no assunto. esse é o tipo de coisa que eu não consigo "problematizar", porque não me sinto forte o suficiente pra tal. aliás, toda a minha força e coragem somem em questão de milésimos, justo quando eu mais preciso delas. fico pequena, do tamanho de um grão de areia, facilmente confundível - e substituível - no meio de tantos outros.

sendo bem sincera, é uma confusão sem tamanho.

Palavras não bastam, não dá pra entender
E esse medo que cresce e não para
É uma história que se complicou
Eu sei bem o porquê
(...)
Qual é o peso da culpa que eu carrego nos braços
Me entorta as costas e me dá um cansaço
(...)
E quando chega a noite e eu não consigo dormir
Meu coração acelera e eu sozinha aqui
Eu mudo o lado da cama, eu ligo a televisão
(...)
Me perdi no que era real e no que eu inventei
Rescrevi as memórias, deixei o cabelo crescer...



* (fevereiro de 2016. os sentimentos ruins sumiram, mas guardei um carinho especial por esse texto, que não tive coragem de publicar na época...)

sexta-feira, 24 de junho de 2016

12. uma surpresa feliz

as pessoas entram na nossa vida com diversos propósitos, alguns bem claros, outros mais misteriosos, alguns ficam por uma eternidade, outros vão embora depois de pouquíssimo tempo... enfim, cada história é diferente, mas se a gente prestar atenção, todas elas têm sua importância. e foi pensando nisso que eu percebi o quanto uma pessoa supostamente aleatória, que não causa nenhum impacto realmente marcante no meu dia a dia, entrou na minha vida com uma missão importantíssima: me ensinar que é essencial dar uma segunda chance pros outros.

conheci esse ser humano não lembro quando, não lembro como. só sei que foi por intermédio de amigos em comum. logo de cara, achei esquisito. um jeitinho problemático, insuportável, que não me descia de forma alguma. eu olhava pra pessoa e só conseguia pensar "qual a necessidade disso, hein?", não via muita razão pra continuar ali, interagindo. era muita presunção, muito "eu sou a melhor pessoa do planeta e vocês, reles mortais, devem se curvar a mim". ou pelo menos era assim que eu enxergava...

a nossa convivência nunca foi muita, mas o número de amigos em comum só crescia - não dava pra fugir, então aceitei. aos poucos, fui vendo um outro lado. mas bem aos poucos mesmo, o processo foi bem demorado. por muito tempo, eu senti bastante antipatia. achava que aquela postura não era real, que era tudo fingimento, um personagem. depois, isso me fez pensar que se eu tinha antipatia pelo personagem, então talvez eu fosse gostar da pessoa real, aquela por baixo dos panos. e foi o que aconteceu, mesmo.

algumas situações aleatórias nos aproximaram, nós acabamos conversando sozinhos, sem ter ninguém por perto, e eu vi que o ser humano por trás daquela máscara de arrogância era uma pessoa muito legal. uma pessoa completamente diferente do que eu imaginava. uma pessoa que merecia uma segunda chance, por mais que eu sempre sinta uma certa dificuldade em fazer isso.

hoje em dia não somos próximos, inclusive estamos longe disso, mas quando a gente se encontra é sempre uma coisa boa. fiquei feliz por ter queimado a língua! toda aquela empáfia da pessoa se transformou num poço de carinho e simpatia, hoje dá pra ver nitidamente o quanto eu me enganei (mas a culpa não é só minha não, já que a carapaça grossa e arrogante realmente esteve lá durante muito tempo).

já disse pra essa pessoa cara a cara que não era muito fã dela, mas também disse cara a cara que minha opinião mudou completamente. descobrir a verdade por trás do véu foi uma surpresa e tanto! :)

terça-feira, 21 de junho de 2016

cultura e pensamento do vacilo I

na universidade em que eu estudo, a usp, a gente precisa de uma determinada quantidade de créditos pra conseguir se formar. meu curso tem cinco anos de duração e meu plano é me formar no período ideal, sem atrasar nadinha (por enquanto, tá tudo dando certo!). pra que isso realmente aconteça, eu preciso cursar +- uns 30 créditos em matérias optativas livres. o nome é bem autoexplicativo, mas vamos lá: são matérias optativas que não necessariamente têm a ver com a minha graduação, inclusive posso escolher matérias fora do meu curso, por exemplo :) 

agora eu tô no quinto semestre, exatamente a metade do meu tempo de curso, e até então eu ainda não tinha nenhum crédito desse tipo de matéria. e o desespero já tava batendo, obviamente. então, lá em janeiro, na hora de me matricular nas disciplinas, eu fiz questão de escolher uma bendita optativa livre. e minha escolha foi a famigerada cultura e pensamento da índia antiga I...

aí você me pergunta: mas você gosta da índia, miga? conhece alguma coisa sobre? se interessa de verdade pela cultura do país? e eu te respondo: assisti à novela da globo, serve? hehe

essa era uma das poucas matérias que encaixavam na minha grade, o programa parecia interessante pra caramba, eu sempre quis fazer as matérias de cultura que meu curso oferece, as pessoas falavam super bem... achei que valia a pena arriscar! me inscrevi e, dias depois, quando saiu o resultado dessa primeira interação de matrícula, vi que não tinha conseguido vaga. a turma tava lotada (60 alunos). na segunda interação, tentei matrícula pra cultura da china, just because. a turma também tava lotada. daí que a gente pode pedir requerimento pra cursar as matérias, né? é tipo aquela última tentativa desesperada de persuadir um professor a te aceitar pelo amor da deusa na turma dele. pedi pra cultura da índia, porque a matéria da china foi só de brincadeira. não obtive resposta. sem saber se tinha conseguido vaga ou não, fui à primeira aula, pra garantir.

a professora chegou absurdamente atrasada - pra não perder o hábito, ela disse. isso já era um sinal claro de que as coisas não correriam tão bem, mas continuei insistindo no erro. a moça disse que aceitaria todos os requerimentos, mesmo sendo contra as regras do departamento, porque ela é a única que dá essa matéria e acha que todo mundo merece ter a chance de cursar. maravilhosa, né? <3 mas isso fez com que a turma tivesse um total de 80 alunos. imaginem a loucura pra pegar cadeira num lugar bom na classe... hahaha

foi uma experiência curiosa, esse curso. fui em praticamente todas as aulas (uma eu cabulei pra ir tomar sorvete :D), mas não consegui ficar até o final de nenhuma. era simplesmente impossível ficar 1h40 lá dentro da classe, que ou tava um forno de tão quente ou tava congelando de tão fria. a professora é uma graça, mas é a pessoa mais confusa que eu já vi na vida. não concluía nenhum raciocínio, começou a fazer uma linha do tempo na primeira aula do curso e não terminou até hoje (ju-ro!), falava várias palavras aleatórias em sânscrito no meio da aula como se todo mundo tivesse entendendo. era um caos! olhando meu caderno hoje eu vejo que aproveitei pouquíssimo, é óbvio, mas tiveram alguns momentos bem legais.

por exemplo, teve um dia que ela, doida de pedra, começou a aula falando "vocês tão vendo essa minha roupa? é indiana, comprei lá". então, ela abriu a bolsa e pegou um xale enorme, desdobrou, mostrou pra turma e começou a discorrer sobre vestimentas - que nada tinha a ver com a matéria que deveria ser abordada, mas isso é um mero detalhe! também teve o dia maravilhoso em que ela disse que só gente maluca cursava aquela matéria :D e contou que alguns alunos tinham oferecido pra ela uma bebida alucinógena, fazendo alusão a um chá indiano, usado nos rituais religiosos. ela disse "eu não aceitei, é claro, mas até que eu deveria ter tomado, só pela experiência". depois contou que tomou a bebida verdadeira num templo na índia e que o negócio "faria qualquer um se conectar com qualquer deus, obviamente". que pessoa, meus amigos!

escrevi tudo isso porque estou procrastinando ao máximo o trabalho final dessa matéria (que é pra daqui 3 dias). é em grupo, já fizemos boa parte, mas agora preciso terminar de analisar um poema indiano que data de algum momento entre os séculos XX e X a.C. (é meio impossível precisar ao certo) e eu não faço ideia de como fazer isso. sou péssima com análise literária no geral, mas tô me superando no que diz respeito a um hino védico. que desespero!

a sorte é que uma amiga minha também caiu nessa cilada, então não sofri sozinha. estamos juntas nesse vacilo indiano.

(adivinhem quem não descarta a possibilidade de cursar cultura e pensamento da índia antiga II com a mesma professora? isso mesmo, a vacilona aqui. acho que eu gosto de sofrer, só isso explica!)

segunda-feira, 20 de junho de 2016

prioridades

cheguei em casa cedo, peguei meu livro e deitei no sofá. o sol da tarde que entra pela janela da sala é incrível, o cômodo fica inteiramente iluminado mesmo com todas as luzes apagadas. no meio da minha leitura, recebi uma mensagem da minha mãe avisando que o zelador do prédio subiria até o nosso apartamento pra dar uma olhadinha no cano do banheiro. "tudo bem", respondi. continuei a ler sem problemas.

no minuto seguinte, ouvi o barulho de uma porta batendo. "é só o vento", pensei. depois, outra porta fez barulho. dessa vez era uma daquelas de correr, e o barulho só crescia, como se alguém estivesse tentando abrí-la. cheguei a pensar que talvez o zelador tivesse entrado sem eu perceber, já que minha mãe havia deixado a porta aberta e ele provavelmente devia pensar que a casa estivesse vazia, mas seria impossível alguém entrar sem que eu notasse.

além do barulho da porta sendo forçada, ouvi coisas caindo. continuei tentando ler, me fazendo acreditar que alguma janela estava aberta e o vento havia se intensificado - eu conseguia ouvir o assovio da ventania. ainda que eu soubesse que não era nada demais, me veio à cabeça a possibilidade de ser alguma assombração. não acredito nessas coisas, mas também tô longe de desacreditar. eu é que não quero lidar com fantasma enquanto tô sozinha em casa! esse pensamento logo foi deixado pra trás, porque consegui substituí-lo com outro ainda pior: e se um homem realmente tivesse invadido o apartamento sem eu perceber?

senti como se meu coração tivesse parado por uns instantes. essa ideia era absolutamente absurdamente infinitamente muito mais aterrorizante do que uma assombração qualquer. me obriguei a voltar a pensar positivo ("é só o vento"), juntei meus caquinhos de coragem e fui até a área de serviço. descobri que a janela realmente estava aberta, causando todo o meu desconforto. fechei, os barulhos cessaram e eu voltei pro meu livro.

bizarro pensar que, em uma situação dessas, entre um homem e um fantasma, eu fico com a segunda opção.

quinta-feira, 16 de junho de 2016

livrinhos de 2016 - parte I

pela primeira vez na vida eu tô anotando de verdade os livros que eu leio (numa planilha do excel, já que não me dou muito bem com o skoob sei lá pq), então vou registrar minhas leiturinhas aqui :D não tem nada muito profissional, sem essa de anotar meu progresso diário, ou quantos dias demorei, é só o nome do livrinho e a ordem de leitura mesmo. pode ser que nos próximos posts eu volte com algo mais bem elaborado né, vai saber...

não vou fazer resuminho de cada livro, porque isso vocês encontram em dois tempos na internet (e porque a intenção não é essa, afinal de contas), vou só falar um pouquinho sobre as minhas impressões mesmo :) bom, vamos lá:


JANEIRO (1 livro)
Harry Potter e a Ordem da Fênix - J.K. Rowling (2003)
já falei sobre minha relação com esse livro aqui, então não vou me estender, só o que eu digo é: amo harry potter e irei protege-lo até o fim dos tempos 💕


FEVEREIRO (3 livros)
 O filho de mil homens - Valter Hugo Mãe (2011)
foi meu primeiro contato com esse escritor português (que, pelo nome, eu achava que era brasileiro) e eu não fazia ideia do que iria encontrar dentro daquele livro fininho, mas as pessoas falavam muito bem do trabalho dele. eu não me encantei, apesar de reconhecer que o livro é bom. algumas passagens fizeram meu coração bater mais forte, mas no geral eu achei ok, só isso. talvez eu releia daqui uns anos, pra ver se mudo de opinião :)

 Morte e vida severina - João Cabral de Melo Neto (1967)
já tinha lido trechos aleatórios desse texto, mas nunca ele completo. fui a uma feira do livro e esse exemplar tava baratinho, então não resisti. a edição tem o morte e vida severina e mais uma quantidade considerável de poemas do joão cabral, é bem amorzinho. eu li super rápido, porque esse texto é a coisa mais linda e dolorida do mundo! recomendo d+ 💕

 A Marca na Parede e outros contos - Virginia Woolf (2015)
comprei esse livro na feira também, só porque a capa era lindíssima! e porque eu gosto de contos, mas principalmente por causa da capa :) eu nunca tinha lido da nada da virginia woolf, nem dava muita bola pra ela pra ser bem sincera, mas li com aquela pontinha de esperança de ser fisgada em algum momento da leitura e isso não aconteceu :~ é uma coletânea de mais ou menos uns 20 contos. de todos eles, eu gostei mesmo de 3 ("Uma sociedade", "O legado" e "Lappin e Lapinova"). quanto aos outros, ou eu simplesmente não entendi (a maioria deles hehe), ou só achei ok...


MARÇO (4 livros)
 Viagem ao centro da Terra - Julio Verne (1864)
meu namorado queria um incentivo pra ler mais esse ano, então combinamos de escolher alguns livros pra lermos juntos. eu já tinha lido esse antes, mas tava em inglês, faz muitos anos e na época eu não tinha tanta facilidade com o idioma, então não entendi lá muita coisa. foi quase como se eu tivesse lido pela primeira vez, apesar de reconhecer e relembrar algumas coisas enquanto eu lia. a história é bem legal, mas podia ser muito mais bem aproveitada. no final, parece que o autor simplesmente cansou e escreveu qualquer coisa só pra terminar logo hahaha e a leitura foi um tanto cansativa, o ritmo do livro é meio lento... enfim, achei bem nota 6.

 O primo Basílio - Eça de Queiroz (1878)
tentei ler pela primeira vez no colegial, mas não rolou. achei chato, odiei tudo e larguei lá pela 30ª página. daí minha professora de literatura portuguesa desse semestre pediu essa leitura e eu criei coragem pra dar essa segunda chance ao livro. gente, que surpresa feliz, eu gostei muito! o eça é bem descritivo né, às vezes cansa um pouquinho ler aquele montão de detalhes, mas eu me empolguei de verdade e lia sempre ansiosa pra saber o que estava pra acontecer depois. minhas amigas me acharam louca quando eu disse que tinha gostado mais desse livro do que de lucíola, que vai aparecer nessa lista daqui a pouquinho... :)

 Fahrenheit 451 - Ray Bradbury (1953)
mais um volume do projeto de leitura com o boy! a gente leu super rápido e, conversando sobre ele depois, chegamos a uma conclusão: o livro é bem legal, mas é confuso pra caramba. algumas coisas não ficam bem explicadas, mas acho que talvez essa tenha sido a intenção do autor mesmo, pra deixar o leitor com a imaginação livre. o problema é que nós tivemos dificuldade pra imaginar várias coisas daquele mundo distópico, aí enquanto a gente discutia sobre o livro rolou vários "nossa, mas será que foi isso que ele quis dizer? eu entendi algo totalmente diferente..." hahaha sem contar que minha personagem preferida aparece por pouquíssimo tempo, o que me deixou meio triste. mas enfim, gostei do livrinho!

 Lucíola - José de Alencar (1862)
li porque o professor de literatura brasileira pediu, provavelmente nunca teria pego esse volume se não fosse leitura pra faculdade. bom, ele é super curtinho e eu li bem rápido, mas não curti muito não. no começo eu tava odiando, não me interessava por nada do que tava sendo narrado, tava achando tudo chato e cansativo.. daí chegou num ponto que a história engatou e eu fiquei mais empolgada, porque comecei a gostar. mas chegou no final e eu odiei tudo de novo hahaha é uma leitura legal se você se interessa em conhecer mais sobre esse período da literatura brasileira, porque dá pra ler rápido e tem características bem marcantes (literária e socialmente falando, eu diria), mas olha, sinceramente... que finalzinho mais porcaria, hein? e eu ainda não superei o fato de que a personagem principal sequer se chama lucíola!!!!!



e os resultados parciais desse trimestre são:

 livros terminados 8 x 0 livros abandonados
 literatura brasileira 2 x 6 literatura estrangeira (2 autoras inglesas, 2 autores portugueses, 1 francês e 1 americano)
 livros lidos no kindle 2 x 6 livros físicos
 autoras mulheres 2 x 6 autores homens
 releituras 2 x 6 livros novos

minha ideia inicial era escrever um post único sobre o primeiro semestre, mas tava ficando tão grande que eu me senti obrigada a dividir em trimestres - se eu tivesse pensado nisso antes, já tinha postado isso aqui há tempos, né? enfim, logo mais eu volto pra contar quais foram os livros de abril, maio e junho! :)

terça-feira, 14 de junho de 2016

0 graus do lado de fora, mas o coração tava quentinho

organização e planejamento são as chaves do sucesso, eu diria. pena que, quando se trata de marcar passeios com o meu namorado, isso não rola. qualquer coisa que a gente combinar com antecedência vai dar errado. a gente nunca consegue seguir o plano, é impressionante! sendo assim, chegamos no dia 11 de junho sem ter a menor ideia do que fazer no famigerado dia dos namorados.

a única coisa que a gente já tinha combinado (há tempos, aliás) era de não trocar presentes. porque né, data capitalista™ que tá aí pra vender bobagem escrito "amor eu te amo" por um preço muito maior do que devia etc... bom, já que a gente não gasta dinheiro com presente, a gente pode se dar ao luxo de sair pra comer em algum lugar mais legal, certo? aham, certíssimo. e foi o que a gente fez mesmo :D (meio sem querer, mas fez...)

no sábado, dia 11, a gente se encontrou no meio da tarde. como tínhamos um total de 0 planos, o que a gente fez foi ficar bem agarradinho, até que a fome apertou e a dúvida surgiu: "e agora, o que a gente faz?" :~ nossa primeira ideia foi festa junina, claro. eu sabia de uma quermesse pertinho de casa, dessas de igreja, bem ~de raiz~ mesmo, mas acabamos decidindo deixar a festa junina pro dia 12 e ir jantar em algum lugar legal, pra comemorar o dia dos namorados com uma janta respeitável e não com uns saquinhos de pipoca hahah procuramos na internet algum restaurante de comida japonesa num bairro próximo ao nosso e escolhemos meio aleatoriamente, de acordo com os comentários positivos das pessoas. mas pelo visto os posts sobre ele eram meio antigos, porque a surpresa que a gente teve quando chegou lá e descobriu o preço atual das coisas, olha... hasghdfahsg

bom, mesmo deixando todo o salário do mês no restaurante, valeu a pena d+! a gente já sabia que ia valer, mesmo antes de começar a comer, porque todas TODAS to-das as mesas estavam cheias de pessoas de origem asiática. isso é o maior bom sinal do mundo, porque ninguém melhor que eles pra falar se um sushi tá gostosin ou não, né? :) e tava uma delícia mesmo, digassi de passagi. a gente comeu até dizer chega e ainda teve sobremesa depois, porque já que é pra tombar™ etc :D meu namorado é uma pessoa maravilhosa e me ajuda a não desistir das coisas (se depender só de mim, largo tudo na metade mesmo tô nem aí), então essa foi a primeira vez que eu comi uma refeição toda de hashi, sem usar aquela borrachinha ou pedir garfo e faca. a gente comeu bem, se divertiu, deu risada pra caramba. apesar da facada no bolso, foi bem incrível mesmo. só sucessos!  


daí voltamos pra casa do boy e dormimos juntinhos agarradinhos pq sinceramente ninguém merece dormir sozinho nesse frio do alasca que tá fazendo em são paulo ;~ e comemoramos nosso dia 12 de um jeitinho um tanto inusitado hehe

pra começar o dia, eu tava sentada no sofá, enrolada num edredom imenso, e ganhei o café da manhã numa bandeja <3 depois de ficarmos um tempão enrolando embaixo das cobertas, almoçamos e procuramos uma festa junina qualquer, que fosse relativamente perto, porque estávamos dependendo de transporte público. achamos uma a poucas estações de trem de distância. quase congelamos na rua pra chegar lá, porque o vento às 18h tava desumano, mas chegamos. pois imaginem a nossa decepção quando a gente entrou no lugar e ele era, na verdade, uma feirinha hipster e não uma festinha normal???? hahahaha tinha uma barraca vendendo comida de festa junina e uma barraca de brincadeira pras crianças, mas de resto era só food truck gourmet, barraca vendendo roupinha descolada, FEIRA ORGÂNICA... o boy ficou tão triste que nem quentão a gente tomou, fomos embora em tipo 10 minutos hahah daí pegamos um ônibus pra outra festa que tava rolando ali perto e que sinceramente tava umas 450x melhor! :)

era bem hipster também, porque aparentemente festinha junina real agora a gente só encontra em igreja e em escola mesmo, mas enfim.. tinha música típica, tinha gente dançando, tinha comida e bebida, o lugar era super incrível. tava um amor! não dava pra comer nem beber nada, porque as filas tavam imensas e os preços eram bem altos, aí não valia a pena, então a gente ficou por lá até a fome crescer d+. se a gente soubesse que a outra ia ser tão ruim, tínhamos ido direto nessa aí, pra aproveitar de verdade. saímos da festa, fomos jantar pra matar as lombrigas e corremos pra casa, porque domingo é dia de game of thrones e, sendo assim, às 22h nós deveríamos estar a postos na frente da tv (essa série, gente... ultimamente acho que odeio, mas não consigo largar)! 


mushroom dijon: bem nota 6/10

terminamos nosso 4º dia dos namorados juntos dormindo mais agarrados do que nunca, porque o frio tava de matar. levantar da cama na segunda de manhã é sempre ruim, mas fazer isso com esse tempo congelante, sabendo que se você continuasse deitado cê ia continuar ganhando um montão de beijo, foi de cortar o coração. queria que esse fim de semana durasse uns quinze dias! com um clima mais ameno, se possível, porque até eu que gosto de frio tô sentindo saudade do tal país tropical... 💑

quarta-feira, 8 de junho de 2016

remember to turn on the light

e essa peça de teatro que é tipo o oitavo volume da saga harry potter, hein? ceis tão sabendo? harry potter and the cursed child, o nome. vai estrear oficialmente agora em julho, lá em londres, mas já tá rolando umas pré-apresentações.

no site oficial da peça tem um resuminho do enredo, que eu me dei ao luxo de traduzir (bem despretensiosamente, tá?) e colocar aqui, pra todo mundo se familiarizar:

"Sempre foi difícil ser o Harry Potter, e não está muito mais fácil agora que ele é um funcionário sobrecarregado no Ministério da Magia, marido e pai de três crianças em idade escolar. Ao mesmo tempo em que Harry briga com um passado que se recusa a se manter em seu lugar, Albus, seu filho mais novo, precisa enfrentar o peso de um legado familiar que ele nunca quis ter. Enquanto passado e presente se misturam ameaçadoramente, tanto pai quanto filho descobrem um fato desconfortável: às vezes, a escuridão vêm de lugares inesperados."

o que tá escrito aí em cima é basicamente quase tudo o que eu sei sobre essa continuação. eu não me empolguei tanto quando fiquei sabendo que ela ia existir, nem me empenhei mais pra descobrir outras coisas a respeito porque, me desculpem por isso, eu não me interesso tanto assim por essa fase pós-hogwarts. se fosse sobre a época dos marotos, aí eu provavelmente estaria com o estômago embrulhado de ansiedade pra essa estreia! mas enfim... o que me deixou mais animada pra existência desse oitavo volume foi o elenco da peça. ah, meuzamigo, quando eu vi as fotos dos atores escolhidos, aí o coração até bateu mais rápido!

gente, sério, olha isso:::
















à esquerda: harry potter, albus potter e ginny weasley. à direita: ron weasley, hermione granger e rose granger-weasley. (desculpa, gente, mas vou continuar chamando as meninas pelos nomes de solteira até o fim dos tempos!)

como todo mundo que conhece os filmes pode perceber, não são mais aqueles mesmos atores que nós nos acostumamos a ver. nada do rostinho conhecido do daniel radcliffe dando vida ao harry potter dessa vez! até aí, nenhum problema. a peça é uma continuação da série, sim, mas é um formato novo, diferente. eu imagino que os atores da franquia cinematográfica não assinaram nenhum contrato falando que essa peça surgiria anos após o fim dos filmes - e muito menos falando que eles eram obrigados a continuar atuando nesses papeis pra todo o sempre. é natural que as coisas mudem, afinal de contas. mas como nem tudo são flores e as pessoas têm a mente mais fechada que um daqueles cofres de banco superseguros, o povo deu pra encontrar problema onde não existe nada de errado.

há quem esteja dando chiliques pela internet afora porque "onde é que já se viu a hermione ser negra afff nada a ver a emma é branca!!!1!11" e blá blá blá. olha, sinceramente... essa opinião tá tão errada que eu não sei nem por onde começar (aliás, "opinião" naquelas, né? pra mim o nome disso é racismo, mesmo). mas vamos lá tentar explicar rápida e educadamente pras pessoas que se incomodaram com a escolha da atriz o pq desse faniquito todo ser 100% desnecessário:

1) primeiro de tudo, a própria j. k. rowling, autora da saga, achou a escolha incrível. só isso já tá mais do que suficiente pra fazer todo mundo que se incomodou rever seus conceitos, não?

2) na descrição da hermione nos livros, em momento algum a cor da pele é citada. as características dela são: cabelos castanhos e dentes grandes, só. sendo assim, a menina podia ser branca, negra, verde, azul... como as próprias pessoas tão dizendo, quem tinha a pele clara era a atriz, emma watson (que eu amo, aliás). a personagem hermione granger não tinha essa característica definida, então não faz o menor sentido falar que ela não pode ser representada por uma atriz negra porque a outra atriz era branca. esse argumento é bem tosco, por sinal.

item bônus: se incomodar com o fato da moça ser negra é racismo sim, vocês larguem mão de ser preconceituosos! não adianta disfarçar essa indignação com "ah, é que eu estava acostumado com a pele branca da emma, agora vai ser difícil de aceitar essa outra atriz", isso é desonesto d+. pra citar a rowling mais uma vez, como voz de autoridade no assunto etc, ela mesma tá chamando de racista quem tá descontente com a escolha dessa hermione. sem contar a quantidade imensa de fanarts em que os fãs representam a hermione como negra. ou seja... só tá incomodado com isso quem tem preconceito mesmo, quem gosta da saga tá é felizão!

pessoinhas, abram suas mentes, abram seus corações e deem uma chance pra senhorita noma dumezweni, que ela tem tudo pra viver uma hermione tão incrível quanto a da emma watson! sinceramente, olha essa mulher:::


fiz uma pesquisinha rápida na internet e descobri que a moça nasceu na suazilândia, um país do sul da áfrica que eu nunca tinha ouvido falar. além de tudo, ela ainda me fez conhecer um tiquinho a mais do mundo. olha aí, gente, não tem como dar errado!!!

boa sorte, noma! que nenhuma crítica racista seja capaz de te abalar ou de estragar esse momento fantástico na sua carreira e na vida de todo potterhead que não via a hora de ter um gostinho a mais dessa saga tão maravilhosa <3

segunda-feira, 6 de junho de 2016

abaixa a bola, na moralzinha

é muito legal quando a gente quer se informar melhor sobre alguma coisa e encontra um texto completo, didático e que realmente funcione como uma boa fonte de informação. às vezes tudo o que a pessoa precisa naquele momento, pra sanar certas dúvidas ou pra se aprofundar um pouquinho mais sobre determinado assunto, tá em um único link! mas eu acho que é ainda mais legal quando a gente lê esse tal texto e consegue realmente entender o que tá escrito ali.

o que eu quero dizer com isso é: um texto cheio de embasamento teórico, que contemple uma boa parte do assunto e que seja muito bem explicativo só é efetivo de verdade (ao meu ver) se a linguagem usada nele for clara, direta e sem muita firula. ou seja, não adianta nada você escrever um textão maravilhoso, que renderia um belo artigo acadêmico renomado depois, se as pessoas leem e não conseguem sequer interpretar o que tá escrito porque cê usou termos difíceis e não explicou nada. se o texto não tá acessível, ou se o texto exige um nível muito alto de estudo/conhecimento prévio sobre o assunto, eu não sei se ele é tão útil assim como fonte de informação de verdade.

antes de mais nada, preciso deixar claro que é ó-b-v-i-o que eu não espero abrir um livro de medicina, voltado àqueles que são da área, e entender tudo o que tá escrito. não é isso que eu tô falando. mas imagina só se as apostilas de biologia usadas na escola fossem escritas com a mesma linguagem técnica e, de certa forma, rebuscada dos livros que têm um médico formado como público alvo? não ia dar pra entender absolutamente nada. e é sobre isso que eu tô falando.

agora, em contrapartida, quando eu consulto um texto introdutório sobre qualquer que seja o tema, ou um texto que pretende abranger qualquer leitor, inclusive quem não entende nada sobre o que tá sendo falado, eu espero sim encontrar uma linguagem mais simples, com palavras acessíveis e explicações sobre os conceitos mais difíceis. e explicações satisfatórias, porque usar outros conceitos complicados e/ou não tão conhecidos pra explicar os primeiros não me parece tão adequado assim.

às vezes me sinto bem frustrada quando quero pesquisar sobre alguma coisa que eu não conheço direito. como textos acadêmicos são naturalmente mais difíceis (já que não costumam ser escritos pra quem é leigo no assunto), eu evito procurar logo de cara em artigo de especialista, ou livro muito teórico, ou qualquer outra coisa assim muito "profissional" e busco uns blogs na internet mesmo, pra me familiarizar com os termos e com as concepções antes de tentar me aprofundar. a frustração vem quando eu me deparo com textos complicados e absolutamente academicistas nesses blogs, que nada têm a ver com o meio acadêmico. e não tô nem me referindo a sites oficiais ou sei lá, tô falando de blog assim tipo esse aqui mesmo.

isso sem falar dos benditos textões opinativos que a gente encontra pelos feicebook da vida. linhas e mais linhas confusas, prolixas, dentro de uma norma culta só exigida nas redações do vestibular, jamais num texto em rede social. é claro que ninguém é obrigado a postar um negócio todo ~torto, cheio de erro, sem concordância, etc etc. mas quando você claramente se preocupa muito mais com a forma do que com o conteúdo, o que você tava falando perde importância...

sei lá, parece que a pessoa tá muito mais preocupada em falar difícil pra parecer que tá falando bonito do que em realmente passar a mensagem, sabe? é como se o objetivo de quem escreve não fosse informar, muito menos esclarecer as dúvidas de ninguém, e nem unicamente expressar opinião, mas sim se mostrar inteligente e super por dentro do assunto, inclusive muito mais do que você, o coitado que foi atrás de aprender mais. acho muito pedante usar a língua como forma de se impor, de se mostrar superior. falar de forma complicada, usar mesóclise sem necessidade, usar termos desconhecidos... nada disso te faz melhor do que ninguém. só te faz mais besta, isso sim.



a princípio, eu ia postar sobre isso no twitter. tem coisa que eu falo lá e só os 140 caracteres já são suficientes pra aliviar o meu incômodo, mas dessa vez eu não consegui formular um tweet que me contentasse. então, como 1) eu não ia conseguir seguir em frente sem colocar isso pra fora e 2) seria muito esquisito falar isso pra alguém do nada, eu resolvi vir aqui mesmo. meio nada a ver com nada esse post, mas enfim, eu nunca faço muito sentido mesmo...

quarta-feira, 1 de junho de 2016

vamos valorizar os momentos de crise, tá bem?

eu sei que todo mundo conhece a jout jout rainha maravilhosa (clica aqui pra ver o post que eu fiz sobre ela lá no comecinho de 2015!), mas acho que nem todo mundo sabe que ela acabou de lançar um livro. né? pois é sobre isso que eu vim falar aqui hoje.

um ano se passou e eu continuo gostando muito da julia. talvez até mais do que antes, agora que ela se retratou por algumas declarações meio controversas e se mostrou uma pessoa incrível, disposta a se colocar no lugar do outro, a ouvir o que as pessoas têm a dizer e a aprender a ser melhor sempre que possível. enfim, uma linda, uma fofa, faz autocrítica quando tem que fazer, fala de assunto polêmico quando tem que falar, num tem medo de expor opinião... rainha mesmo. <3

daí que ela lançou um livro, o tá todo mundo mal. porque, afinal de contas, tá mesmo, né? o título é meio bad, mas passa aquela ideia de que você não tá sozinho, de que mesmo com todas aquelas fotos felizinhas no instagram da galera que só sabe sair, viajar e ser exemplar na vida fitness e mesmo com os posts felizinhos no facebook de quem dá bom dia pro sol até quando tá chovendo, você não é a única pessoa que se sente mal. tá todo mundo junto nessa, por mais que não pareça. :)

o tanto que eu amei a cor dessa capa!!!!!

o livro da julia tem umas 200 páginas, é dividido em vários textinhos (acho que dá pra chamar de crônica) e ela fala sobre uma crise diferente em cada um. é como se cada texto fosse um vídeo, enquanto eu lia dava praticamente pra ouvir ela ali, me contando aquela história. dá pra gente se identificar bastante em alguns momentos, mas acho que, na real, o livro ajuda a gente a conhecer um pouco mais da julia mesmo. ali dá pra ver que ela é humana e igual a qualquer um, ainda que seja uma youtuber famosa etc, sabe? são umas neuras bem comuns, tipo o medo de ser estuprada, o transtorno de cuidar de um tamagotchi, o problema de se sentir uma amiga ruim... é claro que também tem aquelas mais específicas, tipo a crise de influenciar demais. convenhamos que uma pessoa com um alcance igual ao dela, que tem um público imenso e, consequentemente, uma responsabilidade imensa sobre o que/como ela fala pra esse público, se preocupa muito mais com isso do que eu, que influencio no máximo meus pais, meu namorado e meia dúzia de amigos. mas que dá pra pegar a essência da crise dela e refletir a respeito, dá! além disso, o livro serve pra mostrar que tá tudo bem ter umas crises, que esses momentos têm o seu valor e que a gente não precisa se desesperar por causa disso (mas nem sempre uma crise é necessária, tem que ver isso aí também).

comprei esse livro na pré-venda, no dia em que ela anunciou, sem nem pensar duas vezes. mas confesso que, quando peguei pra ler, fiquei com um pezinho atrás. é aquela coisa né, livro de youtuber... é babaca ter preconceitinho com isso? ô se é! mas gente, eu faço letras, é meio inevitável, desculpa :( eu não sabia muito o que esperar, não tinha ideia de como seria a escrita da jout e nem sabia muito bem qual o conteúdo, pra ser bem sincera. logo de cara me deparei com o prefácio escrito pelo caio, o namorado dela. caio é ótimo, caio é incrível, mas meu primeiro baque foi "eita, caio não é escritor, né?". e nem a julia, afinal de contas (quer dizer, agora ela é!). mas enfim, o prefácio é uma graça, dá pra ver o quanto esse cara apoia e quer o bem dela, então achei tudo muito lindo. do começo ao fim. do prefácio do caio até a última página escrita pela jout jout. às vezes eu me pegava fazendo umas críticas ao estilo dela, ou a algumas frases que poderiam ser mais claras se tivessem sido construídas de outras formas, mas nada que influencie na leitura. é só chatice de quem faz graduação em letras e não consegue mais aproveitar os livros despretensiosamente mesmo (o que é muito, muito triste! :~).

então é assim: se você gosta da jout jout, ou se tá afim de ler um livro leve e divertido, ou se tá precisando dessa afirmação de que você não é o único passando por uma crise (ou várias!), ou se quer um livro com a capa linda e colorida pra enfeitar a estante, enfim... recomendo! :D não é nenhum livro indispensável pra vida, nota 11/10, must have ou algo assim. mas vale a pena ler! aliás, dá pra ler em uma tarde só tranquilamente. se por acaso você for viajar de avião e tiver que fazer conexão entre os vôos e for esperar algumas horas no aeroporto (ou qualquer outra situação desse tipo, em que você precise de algo legal pra passar o tempo), aí eu recomento muito mesmo. :)

foto: instagram.com/joutjout