sábado, 30 de junho de 2018

livrinhos de junho

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A longa viagem a um pequeno planeta hostil - Becky Chambers (2015)



✩ favorito do mês! ✩
eu não vou me estender muito porque já falei dele aqui, mas não canso de repetir o quanto eu amei essa preciosidade em forma de livrinho. eu realmente recomendo demaisss! fico muito feliz por ter tido a oportunidade de conhecer essas personagens maravilhosas <3


A livraria dos finais felizes - Katarina Bivald (2013)


saí de um livro incrível, que me deixou triste por ter acabado, e entrei nesse aqui que eu só não abandonei logo no início porque fiquei curiosa pra entender o que tava rolando na história. aí eu me envolvi e perdi a vontade de abandonar, mas continuei achando a leitura arrastada. até que cheguei na metade do livro e tava gostando tanto que não queria mais parar de ler!! :D a personagem principal é uma sueca sem muito traquejo social que é a maluca dos livros e acaba indo parar numa mini cidade no interior dos estados unidos. daí a vida das pessoas dessa cidadezinha se transformam com a chegada dela e acontecem várias coisas legais e meio malucas hehe é bem fofinho! o livro não é nada extraordinário, mas no fim das contas até que eu gostei bastante. digamos que essa leitura tenha me rendido momentos bons :)


E não sobrou nenhum - Agatha Christie (1939)


uma das minhas metas de vida é ler todos os livros da agatha christie ^^ aliás, boatos de que esse é o melhor de todos, né? bom, não foi o meu preferido (esse posto ainda é do assassinato no expresso do oriente), mas eu entendo porque as pessoas dizem que esse é o número 01. é um baita de um mistério muito louco que te deixa com vontade de ler sem parar até tudo finalmente se esclarecer, é bem legal mesmo. é uma leitura rápida e bem ~instigante~, dá pra terminar em um dia só se você tiver bastante tempo livre hehe ah, eu mudei de ideia em relação ao assassino umas 938x ao longo do livro, mas meu primeiro palpite tava certo ;)


Dom Casmurro - Machado de Assis (1899)


dom casmurro e memórias póstumas são dois livros que eu acho que, de tempos em tempos, é importante a gente reler. essa é a minha segunda vez acompanhando essa narrativa do bentinho e o que eu posso dizer é: a experiência da releitura foi MUITO diferente! primeiro porque quando eu li pela primeira vez eu era bem mais nova, segundo porque agora que eu até já estudei o livro na faculdade eu enxergo a coisa com outros olhos. o machado, gente. os livros do cara podem ser chatíssimos, não julgo quem pensa isso (até porque eu concordo), mas SÃO INCRÍVEIS!!!! que construção absurda de maravilhosa a dessa narrativa!!!!!!! só cai no conto de bento santiago quem lê sem prestar atenção nos sinais. o cara dá a entender O TEMPO TODO que ele não é um narrador confiável, que é ciumento sem necessidade, que vive inventando história na cabeça... sabe??? pelo amor de deus. que mané tribunal pra julgar capitu culpada o que, eu hein. na minha opinião, capitu num traiu não, mas bem que devia ;) 


O restaurante no fim do universo - Douglas Adams (1980)



a primeira coisa que eu tenho pra dizer sobre esse livro é: mano do céu que capa horrorosa!!!!! quase que nem dá vontade de ler de tão feia que é, credo hahah bom, o livro é legal, mas não tanto quanto o guia dos mochileiros. acontece muita coisa maluca o tempo todo e eu me perdi algumas vezes, sem contar que alguns pedaços me deram um pouquinho de preguiça, mas algumas das cenas foram bem show de bola :) fiquei com a impressão de que eu aproveitaria mais caso tivesse lido esse logo em seguida do primeiro.. eu demorei pra entrar de novo nesse universo doido e isso atrapalhou um pouquinho a experiência. mas ainda assim foi bom, eu gostei e terminei com uma mini vontadinha de ler o próximo (porém já meio ressabiada pois boatos de que a qualidade vai caindo de livro pra livro nessa série hahaha)

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em números, resumão do mês:

 livros terminados 5 x 0 livros abandonados

 literatura brasileira 1 x 4 literatura estrangeira (1 dos eua, 1 da suécia e 2 da inglaterra)

 livros lidos no kindle 3 x 2 livros físicos

 autoras mulheres 3 x 2 autores homens

 releituras 1 x 4 livros novos

sábado, 9 de junho de 2018

a viagem é longa, mas é maravilhosa

comecei o mês de junho, o meu mês, o melhor mês do ano, com uma leitura incrível: a longa viagem a um pequeno planeta hostil, da becky chambers.




antes de mais nada, OLHEM ESSA CAPA. gente do céu, esse livro é a coisa mais linda do mundo!!!! a gente já sabe que a darkside tá sempre de parabéns pelas edições maravilhosas, mas ainda assim eu me surpreendo quando tô com um exemplar bonitão desses em mãos. capa dura, BRILHO, folha amarelada pra gente não ficar com dor na vista... eu amo essa editora <3

eu não sabia muito sobre a história, mas me interessei pelo livro porque:
1) a capa é maravilhosa
2) eu achei esse título muito bom
3) ficção científica contemporânea escrita por uma mulher

daí aproveitei uma promoção e comprei feliz da vida, sabendo que mesmo se eu não gostasse tanto assim do livro ele ainda seria uma das coisinhas mais bonitas da minha estante. só que, pra minha alegria, ELE SE TORNOU UM DOS MELHORES LIVROS QUE EU LI ESSE ANO. yay! 😄

a história se passa no futuro, depois de os seres humanos se verem forçados a sair da terra e desbravar o espaço. uma parte se fixou em marte, outra parte viaja pelo universo. nessa brincadeira, os humanos descobriram a existência de diversos planeta habitados e habitáveis, além de muitas outras espécies zilhões de vezes mais desenvolvidas do que nós. as personagens principais do livro fazem parte de uma tripulação mista, formada por pessoas de várias espécies (eles chamam de pessoa ou de ser sapiente), que viajam pelo espaço abrindo túneis. e elas são incríveis e maravilhosas e eu amo todas. <3

a vibe é meio star wars, sabe? viagens interplanetárias, várias espécies convivendo mais ou menos em harmonia, umas tretas aqui e ali, jogo político, disputa de poder... mas a diferença aqui é que, pelo menos pra mim, esse livro é mais sobre as personagens em si do que sobre uma sequência de ações, por assim dizer. é claro que existe uma história principal (a tal longa viagem ao tal pequeno planeta hostil), além de várias paralelas dentro dessa, mas eu acredito que o ponto forte do livro são as personagens muito bem construídas.

é por meio delas e das suas trajetórias que a autora discute várias questões importantíssimas e bem atuais, tipo: gênero, sexualidade, racismo, amor, família, amizade, respeito, diferenças culturais, ética, etc etc etc.


então ao mesmo tempo em que a gente vai acompanhando a viagem dessa tripulação, o dia a dia delas dentro da nave, as pausas que elas fazem nos portos pra reabastecer e comprar suprimentos e os problemas que podem existir quando elas encontram com outras naves pelo caminho, a gente também acompanha os conflitos pessoais de cada um deles. e isso é incrível! digamos que o livro seja composto por várias cenas que poderiam existir isoladas, elas não são necessariamente consequência uma da outra, mas é uma delícia de acompanhar tudo o que acontece.

eu entendo que quem prefere algo com mais ação pode ficar com uma preguicinha dessa leitura, mas eu amei tudo do começo ao fim. e também acho que o público ideal do livro são os adolescentes, por causa das questões que são discutidas, mas no alto da minha jovem adultice eu amei real oficial. :)

achei incrível conhecer essas espécies novas e ver as diferenças entre elas e os seres humanos (que, por sinal, têm pouquíssimo poder dentro da história), deu vontade de morar nesse universo. eu fiquei triste de verdade quando acabou, porque eu não queria me desvencilhar de nada daquilo. esse é o livro perfeito pra se escrever fanfics a respeito!!!! aliás, ainda existe os fanfiqueiro por aí? se sim, escrevam sobre esse livro!!!! eu preciso ler mais sobre essas pessoas e essa comunidade galáctica!!!!

vou terminar dizendo que, depois de muito tempo tentando me decidir, eu acho que meus personagens preferidos são, em ordem de preferência, o jenks, a sissix e o dr. chefe. você aí que já leu, me diz quem você mais amou do fundo do seu coraçãozinho :D

leiam esse livro, pelo bem de vocês.

quinta-feira, 7 de junho de 2018

07 anos de pura resiliência

a nina é a melhor criança que eu já conheci. tá no top 10 pessoas que eu mais amo no mundo. e ela me ensina tanto, mas tanto, que nem parece que a professora sou eu. 

a gente sempre tem umas conversas maravilhosas. às vezes eu esqueço que ela é tão pequena, de tão inteligente e madura que a bichinha é - só pra vocês terem uma noção, ela tá no segundo ano do ensino fundamental, o equivalente à antiga primeira série, e já tá estudando comparativo e superlativo nas nossas aulas de inglês porque ela avançou mais de três anos em relação ao conteúdo da escola. 

mas ela ainda tem sete anos de idade, né? é uma nenê, praticamente. <3

e, além da escola regular (das 07h às 16h) e do curso de inglês, ela ainda faz aula de piano, informática, coreano (aos sábados) e ensino religioso (na igreja coreana, aos domingos de manhã!). antes tinha natação e taekwondo aí no meio também, mas a vida da ninoca tá meio sem esportes ultimamente.

daí que essa semana ela tava reclamando sobre ter que fazer muita lição e rolou o seguinte diálogo:

- eu odeio a escola coreana!
- sério que você não gosta?
- é muito chato! eu tenho que ir todo ano, todo mês, toda semana!!! 😠
- então por que você faz? seus pais te obrigam?
- não 😦
- mas eles sabem que você não gosta?
- sabem, a mamãe até me perguntou se eu queria parar no próximo semestre...
- e você falou o que?
- que não quero 😅
- e por que não???? você acabou de dizer que odeia!
- é, mas eu quero ir pra coreia algum dia e vou precisar falar coreano, né?
- bom, olhando por esse lado...
- é muito chato, mas a gente acostuma, né? 
- ah isso é verdade, a gente se acostuma com tudo nessa vida...
- eu não gosto, mas é importante fazer, então eu faço.

MANO. DO. CÉU.

eu só concordei e sorri, meio abobalhada, pensando na minha sorte em ter cruzado o caminho dessa criança. gente, sério. vocês não ficam chocados de saber que esse tiquinho de gente tem tamanha inteligência emocional?

essa menina virou minha inspiração pra vida inteira. sem contar que ela não se incomoda em errar, dá risada quando isso acontece e tem uma autoconfiança gigantesca. se algum dia eu for metade do que ela é, pra mim já tá bom.