sábado, 26 de abril de 2014

algo em tudo que passa, fica

meu coração deve ter 2x o tamanho do planeta terra, só isso explica o fato de caber tanta coisa dentro dele. tudo (eu disse tu-do) que eu já gostei de verdade um dia, continua aqui. pra sempre. em menor intensidade, às vezes escondidinho em um dos cantos, mas ainda se faz presente.
aquela música que um dia já foi minha preferida e hoje eu não escuto mais, aquela pessoa que um dia eu considerei como um dos melhores amigos e hoje eu nem converso mais, aquele desenho que eu assistia todos os dias e hoje não passa mais na tv. se eu sair revirando essa caixa enorme que eu chamo de coração, vou encontrar tudo isso. 
talvez eu nem me lembre mais de certas coisas, porque minha memória tá longe de ser boa. mas se eu, por algum motivo qualquer, me recordar, pode ter certeza que pelo menos 1% do que um dia foi amor de verdade, vai aflorar de novo. vai me tirar um sorriso, vai me trazer uma sensação gostosa. 
isso é o que me faz confirmar (ou não) se eu realmente gostei das coisas. se eu penso em algo que eu já julguei importante um dia e agora não me faz a menor diferença, eu percebo que, no fundo, não era importante coisa nenhuma. me fazia bem, eu achava que gostava e pronto. mas hoje eu vejo que, realmente, eu só achava. quando as coisas se tornam totalmente indiferentes pra mim, elas nunca me foram essenciais.

"é sempre amor, mesmo que acabe. é sempre amor, mesmo que mude"

quinta-feira, 24 de abril de 2014

a melhor definição

eu queria tanto
ser um poeta maldito
a massa sofrendo
enquanto eu profundo medito

eu queria tanto
ser um poeta social
rosto queimado
pelo hálito das multidões

em vez
olha eu aqui
pondo sal
nesta sopa rala
que mal vai dar para dois
Paulo Leminski - eu queria tanto


sabe quando você lê um poema e ama e odeia? ama por ser feito pra você, odeia por não ter sido feito por você (porque olha, quisera eu ter esse dom). é basicamente isso. queria pegar na mão do seu leminski e dizer "sério, obrigada". por passar pro papel o que se passa dentro de mim. por transformar em obra poética a bagunça que eu sou.
eu queria me doar mais, queria ser mais solícita, queria ser mais útil pros outros e pro mundo. mas também queria me importar menos, queria me afastar dos outros, queria focar mais em mim. e no fundo, eu continuo igual, sendo o que eu sou. nem tanto ao céu, nem tanto à terra. quase um equilíbrio entre os dois, mas sem que eles tenham necessariamente a mesma medida. 
no fundo, eu sou várias. infinitas dentro de uma só. difícil de lidar, difícil de (se) contentar, difícil de entender. e, mais ainda, difícil de explicar. mas acho válido eu imprimir uma série de cartões com o meu nome e esse poema. caso eu tenha que me descrever pra alguém, só entrego o papelzinho e me poupo do trabalho. 



* post bobo pros outros e importante pra mim (assim como todo o resto, não?) 

quarta-feira, 16 de abril de 2014

obrigada, universo

eu acredito em destino. mas também acredito no nosso poder pra mudar esse destino. creio que já está tudo mais ou menos traçado, pelo menos algumas coisas cruciais na nossa vida, mas que a gente tem o livre arbítrio de continuar naquele caminho ou de partir pra outro.
também acho que o universo (ou o que quer que seja que você acredite) dá umas pistas pra gente. se todo mundo prestar atenção e reparar bem, vai perceber várias deixas da vida. várias dicas de qual decisão tomar, qual caminho seguir. talvez o nome disso seja intuição, mas talvez seja o universo falando com você.

eu não sou a maior fã de mudanças, elas inclusive me deixam bem desconfortável. mas eu tenho total noção da importância delas. sei que nossa vida não pode estagnar, sei que elas são necessárias e SEMPRE vem pro bem, mesmo parecendo que não.
no final de 2012 eu resolvi que ia seguir todas as pistas óbvias e escancaradas que a vida tava me dando e isso fez com que tudo se modificasse. terminei um namoro ~eterno (eterno porque já tava durando um século e porque todo mundo jurava que seria pra sempre - menos eu e o respectivo ex namorado), desfiz amizades, comecei amizades novas, troquei meus focos. isso me trouxe liberdade, paz de espírito e uma tristeza sem fim. 
incoerente, né? mas é verdade. ao mesmo tempo em que eu estava aliviada por ser, finalmente, uma "nova eu", eu também fiquei muito mal a respeito disso. perdi peso, meu emocional se revirou do avesso, meus índices glicêmicos subiram aos céus (segundo a médica, graças aos abalos emocionais)...

mas 2013 chegou e a minha vida se transformou na melhor possível. eu nunca tive tanta gente linda me rodeando, nunca tive tanto amor transbordando do meu peito, nunca senti tanta gratidão por ser quem eu sou e por ter quem me rodeia. mas além disso (na verdade, por causa disso), eu comecei a ser uma pessoa melhor também. todo santo dia eu testo a minha paciência, todo santo dia eu testo meu autocontrole. e sempre acompanhada do namorado novo (que é a razão dessa transformação bonita que eu tive) e dos meus pais, antes de quaisquer outras pessoas. são eles que me estendem a mão, que me empurram pra frente quando meu medo me faz parar, que me dão a certeza de não estar sozinha no mundo.

mas o agradecimento vai pro universo porque foi ele quem permitiu que tudo isso acontecesse. foi ele quem me trouxe tudo isso, foi ele quem sussurrou no meu ouvido que tava na hora de jogar tudo pro alto e mudar, foi ele quem deu o aval pra minha vida ficar tão linda assim. OBRIGADA, OBRIGADA, OBRIGADA. pra sempre, obrigada. 


* por universo eu falo de algo maior, algo poderoso, que influencie na minha vida. não vou explicar porque caso você não tenha entendido, é melhor continuar assim :)

domingo, 13 de abril de 2014

semana #12

COISAS PRA SE FAZER NO FRIO:

1. usar roupas confortáveis e lindas, no caso: moletons, cachecóis, cardigans... <3

2. se enrolar embaixo das cobertas e ver filme dormirrr

3. comer muito!!!! (ok que isso se aplica a todo e qualquer clima né, mas comer no frio é mais delícia por motivo de: comidas quentinhas que enchem nosso peito de amor hahah)

4. fazer fumacinha com a boca ("assoprando", sabe? hahaha sim, sou muito adulta)

5. viver agarrada no namorado pra se esquentar no abraço dele :')



NYC, jan/2012. saudades, nevinha! :~

quinta-feira, 10 de abril de 2014

os malucos de segunda a quinta

a minha faculdade é lotada de gente louca. mas descompensada mesmo, que não tem nenhuma noção da vida e tal. obviamente que eu sou obrigada a conviver com algumas dessas pessoas abençoadas todos os dias, já que, por uma brincadeira do universo, pelo menos 4 desses malucos estão nas mesmas classes que eu. 
olha, eu acho aquele lugar uma graça, de verdade. porque lá todo mundo é aceito, independente de qualquer diferença e esquisitice. se você for pras aulas de pijama, com 7 cores diferentes no cabelo, com uma meia de cada cor, com uma mochila de rodinhas, usando boina e pochete, pelado... ninguém vai te julgar. 
mas isso faz com que as pessoas se sintam livres pra tudo. inclusive pra beber cerveja e fumar dentro da faculdade. do meu lado. enchendo meu pulmão de fumaça em um ambiente fechado. e as pessoas gritam, picham os muros todos, invadem as aulas pra falar de coisa que ninguém quer saber. enfim.

o que eu queria mesmo era registrar aqui os meus colegas de classe inconvenientes. coisa que infelizmente todo mundo tem, pelo menos um. 

1. a vóvis: essa mulher é, de longe, a pessoa que mais me irrita na faculdade. pedantismo é pouco pra ela, dá vontade de morrer. ela sabe de tudo, ela conhece tudo, ela entende melhor do que qualquer um. inclusive melhor do que a professora, já que a vóvis vive falando pra ela "não, você tá errada, certa tô eu". minha senhora, se você soubesse mesmo tudo, tava dando a aula e não tava aí sentada no seu lugar de aluna. abaixa a bola e fica quieta, pelamor de deus

2. a mini vóvis: o apelido não foi dado por mim, mas achei validíssimo. essa menina tem um jeitinho fofo, uma carinha de criança e tal. dá até pra você pensar que vai gostar dela em algum momento da vida. PORÉM a bonita interrompe a aula de 5 em 5 minutos porque nunca entende as matérias e porque pre-ci-sa fazer perguntas super coerentes, como por exemplo "os cachorros usam as palavras como os humanos?" e "quando a gente pensa numa palavra e 'escuta o som dela' dentro da nossa mente, isso chama imagem acústica, né? então, os cegos enxergam esse som?".... acreditem, essa pessoa passou na usp e você não, dsclp

3. o músico: jesus cristo que menino sem noção!!!!! ele quer opinar em todas as aulas, sem exceção. e quer opinar na vida alheia também - no caso, na minha. e as opiniões nunca são relevantes, claro. ele começa todas as falas dele com "como vocês sabem, eu sou da área da música..." (claro que sabemos, seu violão enorme não deixa ninguém esquecer disso) e consegue comparar as músicas indígenas com as músicas eletrônicas e com a literatura abordada no vestibular em uma única frase desconexa. além do mais, ele quis se vangloriar dizendo que possui muitos livros em casa. apenas recordando que: estamos em um curso de letras. AINDA BEM NÉ, meu filho

4. o ex colírio: dos males, o menor (ou o maior, já que o moço tem mais de 2m de altura. enfim). a gente mal se conheceu e ele já tava se achando super íntimo, me dando uns soquinhos e tudo. quase soquei a cara dele como resposta. essa pessoa teve a capacidade de conversar por mensagem de voz no whatsapp no meio de uma aula, com atividade valendo nota. e vive se intrometendo em todas as conversas e fazendo piadinha troxa que ninguém nunca gosta. mas pelo menos ele consegue perceber quando não tá agradando e dá uma segurada na emoção


queria citar os nomes todos, pra vocês fugirem dessas pessoas caso as encontrem. porém não faço isso por dois motivos: 1) eu tenho senso 02) eu sequer sei como eles todos chamam
espero mesmo que semestre que vem eu seja menos azarada e compartilhe a classe com gente menos desequilibrada. torçam por mim! 

segunda-feira, 7 de abril de 2014

(quase) 90 dias de saudades

mais de 1h dentro do ônibus, sem falar com ninguém, é tempo suficiente pra gente pensar - e muito - nas mais variadas coisas. por algum motivo aleatório, o que me veio à cabeça hoje foi o meu intercâmbio, que é "assunto" suficiente pra infinitos pensamentos. mas hoje o meu foco foi no motivo de me fazer sentir vontade de voltar pra casa...

a minha viagem durou 3 meses. e eu fiz algo que muitas pessoas dizem que não fariam: viajei por tanto tempo, pra outro país, "presa" a alguém no brasil. desde o dia do "tchau, boa viagem" até o dia do "oi, até que enfim você voltou", 88 dias se passaram (mas a gente fala 90 por praticidade. e também porque números múltiplos de 5 me fazem mais feliz). 
isso foi, ao mesmo tempo, uma delícia e uma tortura. é a coisa mais amor do mundo você saber que tem alguém lá longe esperando você voltar, contando os minutos pra ter você pertinho de novo. mas quando a saudade aperta, a sensação é de desespero. por saber que não há nada que possa ser feito além de continuar esperando o dia de pegar o avião novamente. 

era lindo abrir o notebook e contar tudo o que eu tinha feito no dia. como tinham sido as minhas aulas, o que eu tinha comido, se eu tinha cozinhado, se o tempo estava bom ou não, se eu tinha feito compras, se eu tinha algum vizinho novo, se a visita ao ponto turístico da cidade tinha valido a pena... enfim, qualquer coisa. desde o detalhe mais bobo até o maior acontecimento, o interesse dele era igual. ele sabia de tudo. quando eu me machuquei ou quando o maluco invadiu a minha casa, foi ele quem ficou sabendo. quando eu tirava fotos (lindas ou idiotas, das paisagens ou de mim), era pra ele que eu mandava. quando eu tirava notas boas nos trabalhos da escola, era com ele que eu comemorava. e isso fez com que a distância entre nós se "encurtasse". mas apesar de estarmos assim, sempre juntinhos, eu tinha um buraquinho no peito que não podia ser preenchido com mais nada.
eu morria de saudade do cheirinho dele. e de sentir a mão dele na minha. e de fazer cafuné nele. e de encher o corpo dele de carinhos. e de dormir junto com ele. e de grudar a minha boca na dele e não desgrudar nunca mais. quando a falta que eu sentia crescia muito, eu tinha insônia. e passava quase a noite inteira pensando em nós dois juntos, dando risada e se entupindo de beijo. 

quando a gente se via no skype, o que eu sentia era uma coisa tão louca que eu não sei nem explicar. felicidade, saudade triplicada, coração apertadíssimo. pra piorar, o bonito ainda tocava músicas de amor no violão. e fazia cara de quem tava sofrido. e eu me debulhava em lágrimas. mas eu também tive uma crise de riso absurda em uma das nossas conversas, já não lembro mais o porque - mas a "piada" com certeza não era tão boa. só sei que enquanto eu estava sem ar de tanto rir, ele olhava pra mim com uma cara que dizia "você é retardada, mas eu te amo mesmo assim".

esses dias todos se passaram, alguns voando e outros se arrastando (jamais esquecerei do mês de agosto de 2013, que teve uns 72 dias de duração) e então o dia de voltar pra casa chegou. ele me desejou boa viagem via skype. e eu não queria desligar nunca, porque sabia que em seguida viriam muitas horas sem conseguir falar com ele. mas o táxi chegou e eu fui obrigada a dizer tchau. 
ele foi, com os meus pais e a minha melhor amiga, me buscar no aeroporto. e quando me viu, me deu um abraço enorme e me deixou chorar a vontade no ombro dele. e colocou minha mochila nas costas. e empurrou as minhas malas. e pegou na minha mão e não soltou nunca mais. 

agora vem a melhor parte: uma semana depois, fomos viajar juntos. só nós dois. e ele me pediu em namoro de um jeito lindo, que é a cara dele. na data que já era nossa (antes mesmo de realmente ser). e eu tenho certeza de que sempre vou suspirar, com a maior cara de apaixonada, a cada vez que eu pensar nessa história. <3

domingo, 6 de abril de 2014

semana #11

MEUS BRINQUEDOS PREFERIDOS NA INFÂNCIA ERAM:

1. barbies!!! mas a graça era arrumar todo o cenário, porque na hora de brincar mesmo, batia uma certa preguiça. ou a mãe mandava entrar pra jantar...

2. eu tinha uma chaleira do mickey, nunca entendi muito bem esse brinquedo. mas eu vivia com água dentro dela e umas frutinhas de plástico também, porque eu brincava de ~chef de cozinha~

3. bichinhos de pelúcia, principalmente cachorrinhos. inclusive mamãe colocou uma coleira em um deles e eu andava com o bicho pra cima e pra baixo

4. meu patinete. nem sei se é um brinquedo propriamente dito (não, né?), mas eu amava esse negócio. e deixava minha mãe maluca quando eu andava nele dentro de casa 

5. bonecas né, no mínimo. eu era a mãe de todas elas. e eu cortava todos os cabelos e escrevia o nome de cada uma na testa delas... pq né, vai que eu esqueço o nome dos meus próprios filhos? euzinha, com 5 anos, achei que não podia correr esse risco gravíssimo

sábado, 5 de abril de 2014

hybris

pra começo de conversa, hoje em dia eu vivo entre o maior auto-controle e o descontrole total. esse último apenas em algumas poucas circunstâncias. mas antes eu só gritava, chorava e fazia mil barracos 24h por dia (fazer tratamento e virar uma pessoa normal pra quê, né?).
com meus míseros poucos anos de idade (e imensa imaturidade), ainda não consegui entender qual é o critério utilizado por mim, mesmo que inconscientemente, pra lidar bem ou não com as mais variadas situações.
eu poderia ser clichê e dizer que "o problema não é a gota d'água, mas é todo o resto que já tava dentro do copo e então ele transbordou". mas eu sinto que talvez não seja bem assim.
no fundo, eu acho que eu me descontrolo com quem eu sei que eu "posso" fazer isso. bem entre aspas porque ninguém merece aguentar piti alheio, então eu não poderia fazer isso com ninguém, mas enfim. na maior parte das vezes, meus chiliques são com a minha mãe. porque ela eu sei que me ama independente de qualquer coisa e que não vai me deixar pra trás por eu ser do jeito que eu sou (mesmo que eu seja insuportável). mas com todas as outras pessoas, eu fico com um pé atrás. não me "dou ao luxo" de ser a louca descontrolada sempre que me dá vontade porque: opa, calma lá, se eu for assim vou acabar sozinha.
tem gente que jura de pé junto que eu sou um poço de calma, porque nunca na vida me viu exaltada ou fora de mim. isso me faz dar risada, já que quem acredita nisso com certeza não me conhece quase nada. mas eu acho curioso de verdade esse tipo de afirmação. me faz pensar, refletir - e me assustar.
eu decidi, pro meu bem (e pro bem da minha mãe), que vou de verdade me esforçar pra não perder a paciência tão fácil. e nem por motivos desnecessários. por mais que isso seja absurdamente complicado, eu preciso tentar. nos momentos em que eu consigo manter a calma, fica tudo tão mais simples. quero de verdade que isso aconteça com cada vez mais frequência.
tanto é que esses dias alguém me perguntou se eu perdia a calma facilmente e a resposta, sem nem pensar, foi "não". e meio segundo depois eu já estava querendo me corrigir, mas não o fiz. porque se as palavras realmente têm algum poder, acho que um primeiro passo pra essa minha melhora é sair falando que eu já sou uma pessoa melhor.



hybris: do grego, "tudo que passa da medida; descomedimento"
(tô aqui mostrando pra vocês que: oi, meu professor de clássicos tá me fazendo aprender um tiquinho de grego e latim ^^)

quarta-feira, 2 de abril de 2014

querido diário...

... às vezes eu queria que você fosse um caderninho. pra eu escrever, usar uns códigos pra não citar nenhum nome conhecido e depois te esconder na minha gaveta. aí ninguém leria nada disso, talvez nem eu mesma. 
mas você não é de papel, não dá pra te esconder mais e eu tenho que me virar com isso.

em todo o caso, hoje não foi um dia fácil. ultimamente os dias tem sido sempre complicados, pra falar a verdade. não de forma geral, porque se eu for analisar o todo, tá tudo bem simples e feliz. mas eu gosto de arranjar problema onde não tem, sabe? gosto de ficar pensando em coisa que não vai me trazer nenhum benefício. e aqui estamos nós. 

quando eu encho a cabeça de besteira desnecessária, minha paciência - que já é curta - consegue ficar ainda menor. aí ter que dividir a classe com alunos que não tem a menor noção do mundo e ficam atrapalhando a aula de 5 em 5 minutos pra falar coisa que não importa, te faz sentir vontade de morrer. ou de fugir, pelo menos (olha, tá pra ser criado um curso que ganhe de letras no quesito "alunos nonsense" ;~). 
ao juntar pessoas sem critério, horas de transporte público com trânsito e sol, muita fome e muito sono é possível a gente resumir os meus dias durante a semana, pelo menos das 6 da manhã até as 2 da tarde. isso faz com que meu físico se canse. e ele se junta com a mente cansada. e com o coração que tá sempre mais pra lá do que pra cá. e vira tudo uma grande bola de neve, que só acumula cada vez mais e mais coisa. 

quando isso acontece, a solução é fechar os olhinhos, respirar, contar até 1 milhão e fazer um esforcinho pra pensar em coisas que me deixam feliz todos os dias. elas normalmente expulsam pra longe as coisas ruins que chegam pra tirar a minha paz. quase como lançar um expecto patronum nos dementadores todos (perdoem-me pela referência). <3