terça-feira, 29 de dezembro de 2015

mas nasce outra vez

"nossa! semana que vem já é dois mil e dezesseis", disse o mocinho, incrédulo, ao constatar que depois do natal o ano logo acaba.

tô saindo de vez da adolescência e entrando aos pouquinhos, timidamente, na vida adulta. o que significa que aquele monte de preocupação chata e provavelmente desnecessária já chegou aqui pra tomar conta da minha cabeça nas horas mais impróprias. o ano passou rápido demais. a vida tá passando rápido demais. eu não tô aproveitando tanto quanto deveria. com a minha idade, já tem gente casando, morando fora da casa dos pais, se formando, tomando conta da própria vida. blá. blá. blá. tudo bobagem.

o ano realmente passou rápido, mas vamos parar pra pensar: 365 dias nem é tanta coisa assim. é claro que passou rápido!

esse não foi lá dos meus anos preferidos, ainda que coisas muito boas tenham acontecido. mas teve tanto acontecimento esquisito, tanta sensação bizarra, tanta coisa que eu preferia que não tivesse ocorrido, tanta coisa que, se parar pra pensar, eu não sei explicar o motivo... êta ano bom de acabar logo mesmo, viu?

ainda assim, continuo com aquela mesma ideia boba (mas que me faz seguir em frente!) de que tudo acontece por uma razão e que as coisas ruins sempre vêm pro bem, no final das contas. quebrou a cara? sofreu? se ferrou? calma, meu bem, relaxa. leva como aprendizado, tira algo de bom da situação. sabe? uma hora a tempestade passa, daí surge o arco-íris, né? sem contar no montão de flor nova, colorida e cheirosa que precisa de água pra viver :)

e como não poderia deixar de ser, eu também sigo teimando em resoluções de ano novo. dessa vez, resolvi ser mais prática. minha meta é cuidar melhor de mim. bem amplo mesmo, pra facilitar a minha própria vida. seja mental ou fisicamente, o que importa é prezar minha saúde. (e isso inclui fazer mais exercícios, ler ainda mais livros, não me estressar por besteira, sair mais... enfim. o que vier, é lucro.)

dois mil e quinze foi um ano louco. eu me senti louca em dois mil e quinze. que venha dois mil e dezesseis, com muito mais luz e amor no meu caminho. e no seu. e no de todo mundo.

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

dubiamente patética

ando numa fase ridícula. não aguento um sopro sequer; desabo com a menor das brisas. ando vergonhosamente fraca, em diversos sentidos. a ponto de chorar pelo menor dos motivos. a ponto de não conseguir comprar uma única briga necessária. a ponto de tentar engolir o centésimo sapo e engasgar, porque já não cabe mais nenhum na garganta.

não sei se eu espero muito dos outros e acabo sempre decepcionada, ou se eu ainda não aprendi a deixar os pés no chão e saio voando em direção a toda e qualquer nuvem, mesmo aquelas que, na verdade, são só fumaça. a mesma brisa que me derruba, desfaz a nuvenzinha. talvez seja um misto dos dois. talvez seja um misto de muitos. inocência, expectativa, ansiedade, carência. etc. etc. etc. 

tô levando tanto desaforo pra casa que perdi até a conta, mas não tenho disposição pra arrumar encrenca. pelo menos não de verdade, já que na minha cabeça eu falo várias coisas pras pessoas. e me sinto culpada por estar triste e ofendida. às vezes o outro não disse aquelas coisas por mal, né? não teve intenção, coitado, não deve nem saber que isso me afetou. então a culpa tá em mim mesmo, que além de não me dar ao trabalho de explicar "migo, isso aqui não tá bacana", ainda fico sofrendo e levando a sério enquanto as pessoas não estão nem aí... (toda errada, eu sei.)

tá rolando tanta lágrima salgada e desnecessária por aqui ultimamente que eu fico até envergonhada.


domingo, 13 de dezembro de 2015

resuminho 2ª semana de dezembro

daí que eu estou de férias da faculdade (contando com o fato de ter passado direto em todas as matérias, claro. ainda que eu não saiba todas as notas, mas vamos lá trabalhar essa confiança etc) e percebi que não venho aqui já faz um tempinho. como eu ainda não consigo me concentrar e colocar todas as minhas infinitas confusões mentais num texto, vou apelar pra resuminho semanal :) mais pra eu ter como lembrar dessas coisas depois do que pra outra pessoa ler, porque talvez isso não seja de interesse de ninguém, mas enfim...

há quem diga que a semana começa no domingo, né? minha mentalidade infantil acha isso um absurdo, já que esse dia faz parte do fim de semana, mas seguirei a ordem certa por aqui. sendo assim:


DOMINGO 06/12

lá em casa, esse é o dia oficial de comer muito. rola café da manhã até tarde, comidinhas várias de entrada pro almoço, quilos de comida na hora da refeição, sobremesa, café da tarde... sabe? é amor puro. pra ficar tudo melhor ainda, meu namorado passou o dia lá com a gente, com direito a fotos com ~pau de selfie~ e tudo (papai descobriu o poder da compra pela internet, agora ninguém segura esse homem!). namorado tava de bike, aí começou a chover e já tava muito tarde, não deu pra ele ir embora. ou seja: poxa, que pena, tivemos de dormir bem juntinhos abraçadinhos etc :D


SEGUNDA 07/12

infelizmente acordei bem cedo na segunda, porque precisava ir pra faculdade entregar o último trabalho do semestre e ver minha nota do trabalho mais difícil que fiz até agora nessa graduação. como meu namorado é uma pessoa ótima, ele continuou dormindo, tomou café com a minha mãe e foi embora só quando eu já tava no meio da aula da faculdade <3 hahaha esse último trabalho era da famigerada matéria de introdução ao teatro, que eu falei no post anterior. a gente tinha duas opções: responder três questões que a professora passou, tipo uma prova, ou apresentar um seminário. um dos grupos que escolheu fazer a apresentação foi um pouco além do que eu tava esperando: os caras apresentaram uma peça!!! eram uns 10 atores interpretando 2 personagens!!!! e foi incrível!!!! melhor aulinha de teatro do semestre, inclusive :) e pra fechar com chave de ouro, tirei nove no trabalho mais difícil da vida - uma análise comparativa entre os narradores de um livro do graciliano ramos e um livro da clarice lispector tendo como base um excerto de um texto do marx HAHAHA quase soltei fogos de alegria!


TERÇA 08/12

começou o período de matrícula online pras matérias do semestre seguinte na faculdade. toda vez é a mesma novela: todo mundo entra no sistema 00h, o site cai, vira um caos etc etc etc. sendo assim, esperei pra fazer minha matrícula na tarde do segundo dia. é aquela coisa... minha grade horária é sempre baseada nas matérias obrigatórias, aí eu vou tentando encaixar umas matérias optativas nas janelas que ficam. dessa vez, ocorreu toda uma dor de cabeça nova (além da já esperada "pqp 50 vagas pra turma do professor/horário que eu quero, mas já tem 418 inscritos"), pq supostamente só tem professora ruim pra matéria de sintaxe do português semestre que vem. nenhuma delas é elogiada pelos alunos que já passaram por isso. eu acho sintaxe bem difícil. eu quero morrer desde já por saber que vou sofrer do começo ao fim dessas aulas. escolhi a que eu considerei menos pior, agora me resta torcer pro sistema me aceitar em todas as matérias que eu me inscrevi. oremos!


QUARTA 09/12

de manhã eu voltei na faculdade, mas dessa vez o motivo era mais nobre: primeiro dia de feira do livro - com desconto mínimo de 50% - lá na usp!! eu fui mais pela diversão, não sou muito de comprar livros (inclusive, na feira do ano passado eu só comprei esse aqui e um de presente pro boy), mas dessa vez eu tinha um certo dinheirinho pra gastar, então acabei indo pra casa com seis voluminhos novos pra deixar minha estante mais bonita e colorida! já que a cosac naify vai fechar (</3) e os livros tavam sendo vendidos por preços super em conta, a fila pra conseguir comprar com eles tava imensa! era fila pra chegar no estande, fila pra ver os livros, fila pra pagar... tava um caos. mas achei que valia a pena investir, então juntei toda a coragem do meu ser e fiquei lá, morrendo de calor por causa da multidão, esperando infinitos minutos até chegar a minha vez de pagar e, finalmente, pegar os bonitinhos. demorou, mas consegui: meus escolhidos da cosac foram o filho de mil homens - valter hugo mãe e a marca na parede e outros contos - virginia woolf. daí que eu tinha pouco tempo pra ficar por lá, porque precisava ir pro trabalho, então ignorei todos os estandes lotados de coisas legais e corri pra companhia das letras pra garantir os seguintes livrinhos: morte e vida severina - joão cabral de melo neto, viva o povo brasileiro - joão ubaldo ribeiro, gabriela, cravo e canela - jorge amado e cândido - voltaire. se eu tivesse mais tempo e mais dinheiro, teria voltado pra casa com mais uns dezessete exemplares na bolsa :) AH, também teve outra coisa bem joia nesse dia: terminei de ler o sol é para todos - harper lee, que ganhei de presente de uma das minhas melhores amigas (te amo, fefa. obrigada de novo!!!), e ele definitivamente virou um dos meus livros preferidos da vida. pra quem não tava se encantando por nenhum livro assim mais clássico ultimamente, foi uma incrível e absolutamente feliz surpresa eu ter me apaixonado tanto por esse livrinho. pretendo voltar aqui pra falar só dele em algum momento, mas já adianto: 10/10 total <3


QUINTA 10/12

foi o dia mais normalzinho da semana. acordei 9h e pouco, tomei café, fiquei enrolando em casa até a hora de ir trabalhar, voltei pra casa no começo da noite... rotina, mesmice, enfim. a única coisa de diferente foi que recebi minha média de literatura africana e: quis ligar pro professor e tirar satisfação. odeio o d e i o o-dei-o tirar nota baixa, ainda que seja acima da média etc (só me contento mesmo de 8 pra cima), ainda mais quando eu não tava esperando isso. pior ainda quando o professor é meia boca. querido....... cê pode ser exigente o quanto quiser, desde que sua aula seja boa. mas não me venha o senhor com umas aulinhas mequetrefes cobrar conteúdo que não foi ensinado (justamente por motivos de aula bosta) e sair distribuindo umas notas bem mais ou menos, né? me poupe.


SEXTA 11/12

precisei comprar presente de amigo secreto (amigo livro na firma!) e cooptei meu namorado pra irmos juntos pro shopping de manhã, antes de eu entrar no trabalho. a questão é que eu vacilei nos horários e chegamos lá antes das lojas abrirem... me deu uma bela agonia ficar rodando por aqueles corredores todos sem ter uma lojinha sequer pra entrar e matar o tempo. daí deu 10h, tudo começou a funcionar direitinho e fizemos nossas singelas comprinhas. como eu tinha acordado bem cedo, tomei café da manhã bem cedo também. o resultado: estávamos almoçando antes do meio dia. viramos um casal de idosos! <3 (porém obesos, porque comemos no mcdonalds)


SÁBADO 12/12

o último dia da semana foi justamente aquele em que os planos deram errado. estávamos marcando um churrasco de reencontro do pessoal da escola (já faz 3 anos que a gente se formou! :O), muita gente que eu não vejo há séculos tinha confirmado presença, uma coisa de louco. eis que, em cima da hora, deu tudo meio errado e o evento teve de ser cancelado hahaha fiquei puta, mas ao mesmo tempo me bateu até um alívio. explico: quando começamos a marcar, fiquei toda empolgada. afinal de contas, eu tava com saudade. daí foi criado um grupo no whatsapp (afffff) com todo mundo, pra falarmos sobre o bendito churrasco, e eu lembrei que não era lá muito fã daquelas pessoas... no fim das contas, eu nem tava querendo tanto assim que esse negócio desse certo! hahaha então eu saí da minha última aula do curso de webdesign do ano e fui pra casa do meu namorado (ele também era da turma da escola e também não queria ir no churrasco por não ser fã dos nossos ex colegas <3) e passamos uma tarde muito amor! teve gelinho de maracujá feito em casa, teve muito beijo, teve uma pizza inteira que dividimos só em dois e comemos tudo e teve keep talking and nobody explodes, um jogo que te faz testar a sua potência cardíaca enquanto você deve desarmar bombas. é pra ser jogado, no mínimo, em dupla. basicamente funciona assim: uma pessoa fica responsável pela bomba, no computador, e a outra pessoa fica responsável pelo manual SEM poder olhar pra bomba (senão fica fácil d+, claro). a que tá mexendo com a bomba precisa explicar pra outra pessoa o que tem na tela, quais os módulos pra desarmar naquela fase, e a pessoa do manual precisa passar as instruções de acordo com o que tá aparecendo lá. sem poder olhar. com o tempo correndo. lembrando sempre que: é uma bomba, né. corta o fio errado pra você ver o que acontece!!! olha, recomendo super. eu e o boy somos uma dupla muito boa, fico realmente impressionada de vez em quando. um dos nossos maiores desafios foi desativar quatro módulos em menos de 1 minuto e 20 segundos (a bomba explode sozinha quando o timer chega no 0). é nessas horas que eu comprovo que meu coração funciona direitinho! hahaha não sei se deu pra entender direito com a minha explicação, então deixo aqui um vídeo ilustrativo:




e foi isso! acho que eu levei muito a sério a ideia de usar o blog como diarinho... :)

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

as if i had a choice

olha eu aqui novamente pra falar mal do inglês, a habilitação mais ingrata da letras :)

pra contextualizar: uma das disciplinas obrigatórias desse semestre era introdução ao teatro. sendo da grade do inglês, deveria ser ministrada nesse idioma. como a professora aceitou requerimento de uma galera de outras habilitações, que não necessariamente têm o nível de inglês necessário pra acompanhar as aulas, ela passava textos em língua inglesa, mas na classe só falava em português. (ainda que as aulas do inglês sejam todas em inglês. ou era assim que deveria ser...)

eis que a professora ficou de passar as orientações pro trabalho de fim de semestre no final da última aula, depois de concluir o último tópico. faltando mais ou menos uns vinte minutos pra aula acabar, quando eu pensei que as instruções fossem finalmente ser passadas, a moça perguntou pra turma o que a gente tinha achado do curso. assim como acontecia em todas as aulas, ninguém disse nada. ao longo do semestre, a interação dessa turma foi mínima, só umas cinco pessoas (de sessenta, pelo menos), davam a devolutiva das perguntas da professora. enfim. ela perguntou, ninguém respondeu, ela ficou com aquela cara de quem tá tensa aguardando a nossa resposta, o silêncio só fez crescer... como já era de se esperar, já que era sempre assim. até que ela deu uma risadinha e resolveu responder a própria pergunta.

pra começar, a professora disse que o curso tinha sido ruim, porque não houve interesse por parte dos alunos HAHAHAHA disse que nos anos anteriores, mesmo com as greves, a experiência tinha sido bem melhor. também disse que tinha programado passar mais conteúdo, mas viu que isso não era cabível já que a turma não tava nem aí. além disso, a professora falou que se surpreendeu ao ouvir uma das alunas falando que não se interessava por teatro. ah, sem esquecer que ela falou que nós, alunos, passamos a impressão de estarmos ali apenas por motivos de "presença, créditos e nota".

ao mesmo tempo em que eu fiquei meio com dó da professora, por ela ter se sentido um tanto inútil (por falta de palavra melhor) durante todo o semestre, também me deu vontade de rir. primeiro porque eu não tava acreditando que tinha ido pra faculdade aquele dia unicamente pra pegar as instruções pro trabalho final e, no caso, a professora tava chorando as pitangas em vez de passá-las pra gente. segundo porque, miga... a matéria é obrigatória, sabe? é mais do que natural que não haja interesse dos alunos, já que eles estão lá por obrigação. a única habilitação a oferecer essa matéria é o inglês mesmo, as outras tão cagando pra isso. inclusive não sei até agora porque essa matéria faz parte da grade obrigatória, já que ela deveria total ser optativa. olha, se ela perguntasse pra galera na primeira aula do curso quem realmente queria estar ali, duvido que o número de alunos passaria de vinte.

achei super falta de bom sensinho da professora ficar segurando os alunos (aliás, a classe tava quase vazia) depois do horário final da aula pra falar sobre como nós fomos uns lixos e blablabla sendo que a enorme maioria sequer tinha escolhido estar ali. daí uma moça levantou a mão pra falar que, da parte dela, o problema com a matéria foi o fato de não ter a menor intimidade com teatro, já que ela nunca tinha ido ver peça nenhuma antes do curso começar. cê acha mesmo que essa pessoa estaria cursando introdução ao teatro se tivesse a chance de escolher???? bota a mão na consciência, minha senhora.

letras-usp, aquele curso sem critério que coloca introdução ao teatro como matéria obrigatória do inglês, mas deixa literaturas africanas de língua portuguesa como optativa do português. dai-me paciência pra terminar essa graduação...


PS: a professora não passou as orientações pro trabalho, ela mandou por email pros alunos. acordei cedo e saí de casa à toa.

sábado, 28 de novembro de 2015

tá tudo bem, mas tá esquisito

ouvi o 21, cd da adele, e fui acumulando um total de setecentas emoções diferentes. aí chegou na última música, someone like you, e essas centenas de sentimentos se transformaram num laço de fita. bonito, mas apertado. com um nó tão forte que fica impossível de soltar sem muito, muito esforço. e o laço se fez em torno do meu peito, ficou um aperto só. e doeu. ainda tá doendo enquanto eu escrevo (e torço pra que passe ao final do texto).

mas eu não sei o por quê disso. talvez eu tenha uma hiper sensibilidade a músicas tristes, já que eu sempre fico mal quando escuto alguma - ainda que a letra nada tenha a ver com alguma passagem triste da minha própria vida. se a música for de fossa, dessas bem estilo i'm not the only one (do sam smith, sabe?), é batata: vai rolar esse aperto no peito que me sufoca. e fica tão difícil de respirar fundo quando ele aparece! às vezes, o nó sobe e fica paradinho na minha garganta, me fazendo engolir em seco. aí brotam as lagriminhas, né. elas sempre brotam. 

depois de um tempo as emoções se dissipam e a sensação ruim vai embora, mas sobra aquela eterna pulguinha atrás da orelha, uma espécie de desconforto. porque quando isso passa, fica tudo bem. mas também fica esquisito.

domingo, 22 de novembro de 2015

"mas é na mesa do carro, tudo bem?"

namorado tava com vontade de ir numa lanchonete específica, pra comer batata frita. depois de muito combinar e nunca conseguirmos realmente ir, nessa sexta a gente foi. 

colocamos o endereço no gps (porque, por mais que a gente já tenha ido nesse lugar 19 vezes, nenhum dos dois conseguiu decorar o caminho por completo) e fomos. ao chegarmos lá, a primeira surpresa: opa, a lanchonete mudou de nome. QUER DIZER... não era mais a mesma lanchonete, ela mudou de lugar mesmo.

após uma necessária pesquisa na internet e utilizando novamente o queridíssimo gps, fomos pro endereço novo, bem pertinho dali. a casa tá maior, tá mais bonita. e, aparentemente, tá com um número bem maior de clientes também. ficamos mais de uma hora na fila, esperando pra comer BATATA FRITA. bem coisa de paulistano bobo, mesmo, essas filas imensas.

quando a barriga já tava roncando e a coluna dava sinais doloridos de que não aguentava mais ficar em pé (sim, sou meio idosa), o nosso número, 58, foi chamado. fomos até a hostess avisar que nós eramos os sortudos da vez e ela, de um jeito um tanto suspeito, perguntou: "é na mesa do carro, tudo bem?". sem entender muito bem o que ela tinha dito ou o que isso significava, respondemos que sim. ela perguntou mais uma vez, nós concordamos com a cabeça. então, pela terceira vez, colocando uma certa ênfase na palavra "carro", ela nos fez reafirmar que estava tudo bem.

subimos as escadas um tanto apreensivos, porque a moça tava dando a entender que seria cilada na certa. quando finalmente avistamos nossa mesa, a segunda surpresa: era um carro vermelho, enorme, no centro do restaurante, mais alto que as outras mesas. e era nosso. só nosso. é claro que foi risada na certa. e é claro que a gente se divertiu muito naquela mesa. se nós soubéssemos desde o início, diríamos pra recepcionista que estaria tudo ótimo em sentarmos naquele lugar!

o carro da frente era só desenho na parede,
mas o nosso, de verdade, era igualzinho

pra comer, pedimos as tais batatas fritas que o boy tava com vontade. eis que, ao nos entregarem a porção, tivemos a terceira surpresa da noite: dava pra alimentar uma família inteira com aquele prato. e nós estávamos só em dois, vejam bem. era muita batata, muito queijo e bacon. e um potinho com maionese verde <3 e outro com barbecue. os olhinhos brilharam quando vi aquele prato, sério. mas, como já era de se esperar, não conseguimos comer tudo. no fim das contas, nossa refeição foi: um suco pra cada um e meia porção de batata, porque a outra metade não aguentamos. tivemos de levar marmitinha pra casa.


falei pro namorado que a gente foi meio boboca, por termos esperado tanto tempo pra não comer quase nada. daí a resposta veio certeira: "mas a gente comeu muita batata!!! e nós estávamos no carro!". após meio segundo de reflexão, concordei com ele. valeu a pena. :)

qualidade da imagem 10/10

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

chuva de água fria

ainda não aprendi. eu sei que devo melhorar nesse aspecto e que preciso me empenhar mais, eu sei. só que a teoria parece tão mais fácil quando não está sendo posta em prática... "mantenha a cabeça firme", eu diria pra alguém na minha situação. "não se entregue tanto assim", eu também poderia dizer. mas é aquela velha história: aconselhar as outras pessoas é absurdamente mais simples, porque nós não estamos na pele do outro. nesses casos, se o conselho for seguido ou não, não importa tanto assim. no fim das contas, o problema não é nosso, né? mas quando é você quem deveria ouvir e levar a sério tal recomendação, a coisa muda de figura. o falar é sempre fácil demais se comparado ao fazer. 

contempladíssima

e é por isso que eu continuo quebrando a cara, todos os dias. eu tento - eu juro que tento! - mas é mais forte do que eu. quando dou por mim, já me vejo dominada pela ansiedade, pelas expectativas. nos momentos mais banais, corriqueiros até o último fio de cabelo. até neles eu me vejo sufocada por uma esperança boba que se dissolve em meio à chuva de água fria que cai na minha cabeça.


porque um balde só é muito pouco.

sábado, 14 de novembro de 2015

tá tudo ao contrário e há quem ainda não tenha reparado

queria vir aqui pra falar de alguma bobagem, contar alguma coisa engraçada, continuar falando mal da minha professora de morfossintaxe... sei lá, qualquer coisa irrelevante e supérflua que fosse. mas como é que eu posso fazer isso diante de tanta coisa pesada que aconteceu recentemente? como eu posso vir aqui e fazer texto sobre mim, uma pessoa qualquer no planeta com uma vida muito da boa, enquanto a galera tá morrendo e perdendo tudo o que um dia já teve? não dá, não tenho condições.

não tenho condições de ver o desastre avassalador de minas gerais e sentar pra escrever sobre como foi a minha semana no trabalho. as pessoas morreram, o rio morreu, ninguém tem um pingo de água potável pra continuar sobrevivendo em meio ao caos e o descaso do governo, que demorou uma semana inteira pra fazer um puto de um pronunciamento, me dá vontade de chorar.

não tenho condições de acordar no meio de uma sonequinha com o barulho da televisão, com o jornal cobrindo a tragédia na frança, e sentar pra escrever que viajei pra ir num casamento e foi super divertido. como é que eu vou ficar falando das coisas legais que me acontecem enquanto mais de cem pessoas inocentes morreram numa série de atentados sangrentos? (e, nesse caso, o governo brasileiro foi capaz de se pronunciar rapidinho, né? que vergonha, presidenta...) me dá vontade de chorar.

não tenho condições de pensar em todos os refugiados, que <fogem> da guerra, e são vistos como criminosos pelo mundo a fora. não dá pra entender como a religião, que deveria ser algo positivo, que ajuda as pessoas e promove o amor e a paz, pode virar motivo de tanto ódio. tenho medo de pensar no que o futuro ainda reserva, já que as perspectivas, definitivamente, não são boas. me dá vontade de chorar.

tanto me dá vontade que chorei, mesmo. chorei porque não entendo como a vida das pessoas pode significar tão pouco pra quem tá no poder de fazer alguma coisa pra mudar. chorei por todo mundo, pelos que morreram, pelos que perderam alguém, pelos que perderam seus pertencem, pelos que não têm nada a ver com a situação, mas vivem nesse mundo, que tá ao contrário, assim como eu. 

que a humanidade um dia se recupere de todo esse mal, que as pessoas passem a ter empatia umas pelas outras e que a gente aprenda que um problema não anula o outro - há espaço (e muito!) pra se sentir mal pelo brasil e pela frança, ao mesmo tempo. nosso coração é grande desse tamanho, gente. dá pra se solidarizar com os parisienses e com os mineiros, sem deixar ninguém de fora. nem os refugiados, que vivem em situações sub-humanas. (mas, por favor, não se deixem levar pela mídia brasileira, que tá pouquíssimo preocupada com o brasil, mas não perde um segundo do que tá acontecendo na frança: não fechem os olhos pro pessoal de minas.)

se é pra rezar, que seja pelo mundo inteiro. que o amor tome conta do planeta e se multiplique, porque só assim é que dá pra gente continuar.

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

sobre o dia em que eu mais ri na minha vida

acredito que a história se passe em outubro de 2012. ou talvez eu esteja confundindo as coisas e isso tenha ocorrido em algum momento do começo de 2013. o fato é que fui viajar com a minha família pra bombinhas, uma praia de santa catarina que é, provavelmente, um dos nossos lugares preferidos no mundo inteiro. meus pais viajam pra lá desde que meu irmão mais velho, que tem quase trinta anos (!), era pequeno. é tipo nossa segunda casa, só que num lugar absolutamente mais bonito do que são paulo. como a gente realmente vai muito pra lá, ainda mais agora que meu irmão tá morando numa cidade relativamente lá perto, é absolutamente compreensível que eu não consiga definir muito bem a data em que isso aconteceu. enfim.

meus pais, meu irmão, minha cunhada, a filha dela e eu saímos pra jantar. ainda lembro que eu usava uma camiseta laranja com um shorts azul escuro, estampado de corações brancos. e nossa janta envolveu uma quantidade assustadora de camarões nesse dia (saudades, inclusive). mas não sei dizer exatamente porque paramos na loja de conveniência de um posto de gasolina antes de voltarmos pro hotel. o que eu sei é que:::

meu irmão foi pra casa com a família dele, eu tava só com meus pais. entramos na loja, olhamos umas coisas, aí minha mãe foi ao banheiro e meu pai foi no balcão pedir um café. eu continuei procurando alguma tranqueira diferente que talvez valesse a pena comprar (aparentemente, não achei). eis que eu vejo que meu pai tá conversando com uma mulher que eu não reconheci. papai é realmente muito simpático, daqueles que faz amizade com as pessoas em questão de segundos, mas dava pra ver de longe que ele não tava confortável com a situação. daí que eu comecei a encarar os dois, né. de repente, sem mais nem menos, a moça deu um soco no braço dele. de um jeito amigável, dando risada e tal. mas, como eu disse, ela era desconhecida. meu pai tava em choque. eu fiquei em choque. "por que diabos tem uma maluca batendo no meu pai no meio da loja de conveniência do posto de gasolina?????? e nem é na cidade em que a gente mora??????".

e eu me aproximei dos dois, sem entender absolutamente na-da. meu pai tava rindo, mas ao mesmo tempo ele tava com cara de total desespero, tava estampado na testa dele o pedido de socorro. quando eu cheguei perto, ouvi a mulher dizendo "é claro que você é o pavão! você é ele, não é? lógico que é!". demorou um tempinho, mas aí eu entendi: meu pai tava sendo confundido com outra pessoa. mas a moça tinha plena convicção de que ele era sim obviamente com toda a certeza o bendito do homem conhecido como PAVÃO. ela tava tão confiante que perguntou pra mim e pro atendente "gente, é o pavão esse aqui, não é?" e continuou incrédula quando eu disse que não. o atendente provavelmente tava entendendo menos do que nós, mas as moças do caixa, ah... elas tavam rolando de rir.

então eu comecei a rir também. discretamente, pra moça não ficar sem graça, mas aquilo tudo tava tão surreal que eu não fui capaz de manter a pose. minha mãe voltou do banheiro já rindo um pouquinho e perguntando o que tava acontecendo, porque de lá ela sabia que tinha algo rolando. eu não me aguentei e corri pro fundo da loja, pra poder dar risada. mas não foi uma risadinha normal, contida, discreta. foi uma gargalhada tão alta e tão natural que as lágrimas escorriam sem parar pelo meu rosto, minha barriga já tava doendo e eu não conseguia parar. a moça que me perdoe pela falta de sensibilidade para com ela, porém: tava impossível.

gente... segundo ela, o tal do pavão era um instrutor (ou dono, já não sei mais) de academia, novo, bombado. meu pai, na época, tava beirando seus sessenta aninhos. não que ele seja um senhor acabado, mas ele também tá longe de ter corpo de ~maromba~. como é que a moça tava jurando de pés juntos que eles eram a mesma pessoa??????? e, pra melhorar, meu pai pensou que fosse uma pegadinha quando a mulher abordou ele daquela forma, tão espontânea, como se conhecesse ele desde sempre. MEU PAI PROCUROU AS CÂMERAS DENTRO DA LOJA, de tanto que ele tava em choque jurando que aquilo não era real HAHAHAHAHAHAHAHAHAH

eu nunca ri tanto quanto nesse dia. nada na minha vida superou o grau cômico dessa cena. uma mulher maluca, desconhecida, abordando meu pai em outra cidade por achar que ele era um tal de pavão professor de academia. é aquele tipo de coisa que parece piada, que parece invenção, mas que AINDA BEM que é verdade. se eu pudesse voltar no tempo, eu cogitaria reviver esse momento, viu? QUE COISA MARAVILHOSA, meus amigos.

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

ei, let it go

ouvi dizer que quando você sonha com uma pessoa, é porque ela tá pensando em você. não sei se acredito nisso, acho meio absurdo. ainda mais se levarmos em conta a quantidade de pessoas diferentes que passam pelos nossos sonhos toda noite. mas escolhi levar isso a sério agora, porque só isso explica o fato de eu estar sonhando com a mesma pessoa, que nem faz mais parte do meu círculo social, toda santa noite.

não falo com o ser humano há anos, não vejo o ser humano há mais tempo ainda. não tem mais nada a ver, na-da. mas, ainda assim, somos muito amigos nos meus sonhos. a relação é ótima, a gente conversa e dá risada, sempre, não importa se a situação é corriqueira ou absurda. (normalmente é absurda, eu nunca sonho com coisas normais. por exemplo, houve uma época em que eu sonhava pelo menos uma vez por semana que meus dentes caíam todos. li que isso significava que alguém ia morrer, mas continuou todo mundo bem vivinho ao meu redor...)


o esquisito desses sonhos é a gente se relacionar de forma tão legal, tão amigável. faz tanto tempo que a gente não se comunica, muito menos de um jeito bacana, que eu acordo dando risada. acho engraçada essa normalidade toda, ela provavelmente não seria possível na ~vida real~. enfim. ei, pessoinha: provavelmente não dá pra levar isso a sério, é claro, mas se por um acaso esse negócio que eu falei aí em cima for real, cê não me tira da cabeça nem por um minuto, hein? 

se eu parar pra pensar muito no assunto, é capaz de eu enlouquecer. então tô contando com o fato de você finalmente parar de circular pelos meus sonhos depois que esse post terminar, tá? comigo as coisas funcionam assim, elas costumam se resolver, pelo menos um tantinho, quando eu escrevo sobre. let's hope it works.

domingo, 1 de novembro de 2015

a pior de todas (até agora)

caras, é muito chato viver reclamando, mas fica muito difícil de evitar quando se tem uma professora dessas...

eu curso português e inglês, né. o inglês tá sendo a maior decepção da faculdade, porque tá mesmo bem ruim. as matérias são fuén, os professores são piores ainda. falta motivação, falta coerência, falta bom senso. tá complicado. (ainda que a vibe pollyanna me faça acreditar que, no fim das contas, vai valer a pena!)

mas não posso esquecer que:

enfim. o caso é que tem uma professora em especial que olha........ a mulher deve tá de brincadeira, não é possível. a matéria que ela ministra se chama descrição e análise morfossintática do inglês. só o nome já assusta, né. mas, sendo uma área que é do meu interesse (sim, sou dessas), a matéria tinha tudo pra ser boa, ainda que difícil pra caramba.

o problema é que essa já é a segunda prova que a professora passa sobre um conteúdo que não foi abordado em sala de aula. aliás, pouquíssimas coisas foram abordadas em sala de aula. a mulher não dá aula. ou ela inventa uma atividade qualquer de última hora pra ocupar a aula inteira, ou ela fala pros alunos darem a aula (!), ou ela dispensa a turma por conta de um congresso... mas ela ir lá na frente e ensinar o conteúdo: nope, nunca vi.

daí que na última aula, depois da tal segunda prova citada ali em cima, a bonitona teve a pachorra de falar "então, eu percebi que vocês tiveram certas dificuldades com os textos, né...." HAHAHAHAHA gata, me poupe. é óbvio que a gente sentiu dificuldade, é óbvio que mó galera deixou de entregar a prova, é óbvio que ninguém sabia do que tava falando ao responder aquelas questões. cê não pode passar textos imensos sobre <<gramática cognitiva>> <<em inglês>> <<sem explicar>> e esperar que os alunos, que nunca viram aquilo antes, entendam o que tá escrito!!! pra completar, ela disse "acho que é bom dar uma revisada então, pra sanar as dúvidas" e começou a explicar (mal e porcamente) a matéria. depois que a gente já tinha feito a bendita da prova. é muita cara de pau, putaqueopariu.

sem contar que ela já fez uns três cronogramas diferentes pra essa matéria e nunca, nem uma única vezinha sequer, seguiu nenhum deles, independente de quantas mudanças ela tenha feito.


minha faculdade tá lotada de professor picareta, mas igual a essa: ainda não vi. cê quer dar sua aula nas coxas? ok, cê que sabe. mas, pelo amor do deus da coerência, N Ã O cobre dos seus alunos o conteúdo que você não passou. ninguém é obrigado a aprender o que você não ensinou.

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

filme do mês: divertida mente

eu demorei tanto, mas tanto tempo pra ver esse filminho (porque tava impossível de achar na internet com uma qualidade decente e eu vacilei e não consegui assistir no cinema) que nem acredito que, finalmente, posso falar sobre ele. <3


lá vai aquele meu resuminho bem mal feito (que é o máximo que eu consigo fazer, sorry): o filme conta a história da riley, uma menina que se vê obrigada a mudar de cidade pra acompanhar seus pais. a diferença é que a gente acompanha o interior dela, porque vemos tudo pelo ponto de vista das suas emoções - medo, nojinho, alegria, tristeza e raiva. riley passa por momentos complicados devido a essa mudança, mas tudo fica ainda mais difícil quando a alegria e a tristeza se perdem e as outras emoções precisam tomar conta do "painel de controle" da menina.

a representação da mente humana nessa animação é mais ou menos assim: essas cinco principais emoções comandam as reações da gente, guardam nossas memórias de longo prazo e organizam os pensamentos de acordo com cada categoria. existem áreas voltadas pros sonhos e pesadelos, pros medos, pra imaginação... e a área do esquecimento, digamos assim, em que as memórias se evaporam e somem de vez.


as emoções não se deixam contaminar umas pelas outras. tipo assim: a alegria é sempre saltitante e positiva, já o medo tá sempre apavorado e vê perigo em tudo. a grande lição do filme (pra mim, é claro) é fazer a gente entender que as emoções devem sim se misturar, que elas são mais próximas do que a gente imagina e que é bom que a tristeza e a alegria andem de mãos dadas, por exemplo.

filme da pixar é aquela coisa, né. animação, voltado pras crianças, super fofinho e divertido. até que você tá lá assistindo e PA, um tapa bem no meio da sua cara. tem uma diferença tremenda entre assistir a esse filme se você tem oito anos e se você já passou dos dezoito. no meu caso, mocinha com duas décadas nas costas e um número até que grande de conflitos emocionais diários, foi tapa atrás de tapa. mas daquele jeito amor, bem gracinha, que só a disney é capaz de proporcionar, acho incrível!

me identifiquei 100% com as cinco emoções. a cada cinco minutos eu pensava "eu sou totalmente a tristeza!" ou "pqp, a raiva sou eu!" - e meu namorado também me achou um mix de absolutamente todos eles, talvez na mesma proporção. mas preciso confessar que a alegria é a mais chata. onde é que já se viu querer sorrir o tempo inteiro, gente? gimme a break!

escolhi acreditar que as coisas acontecem dentro da minha mente do mesmo jeitinho em que elas acontecem no filme. ainda que seja tudo fantasioso e infantil, faz tanto sentido e é tão legal que eu também quero que isso aconteça comigo :)


segunda-feira, 26 de outubro de 2015

novembro, o mês do desespero

como eu disse aqui, setembro foi bem porcaria. mas novembro ainda nem chegou e já tá com um potencial tão grande pra desbancar o nono mês do ano, que olha... meu estômago revira só de pensar!

fim do semestre né, migas. sempre rola aquela correria maluca pra dar conta de todas as matérias da faculdade sem deixar as notas caírem e tal. porque como se não bastasse fazer cento e sete trabalhos e trinta e duas provas, eu meio que me obrigo a tirar notas boas em todos eles. não sei lidar com essa história de "ah, só preciso tirar dois pra passar". não, caras. eu preciso tirar a maior nota que eu conseguir, isso sim. e é meio estressante me pressionar tanto. ainda mais quando essa pressão, contraditoriamente, está ligada a uma boa dose de procrastinação e preguiça de estudar. aí fica tranquilo, bem gostoso mesmo :)

além de tudo, agora eu trabalho. saio de casa cedinho e passo umas catorze horas fora. ok, eu sei, pode ser normal pra maioria das pessoas, inclusive é normal pra mim também. mas eu não tava acostumada com dias tão longos, já que eu passei vinte aninhos só estudando. ainda preciso me acostumar, preciso entrar no ritmo, preciso encaixar melhor as peças do quebra-cabeça. acho que tudo vai se ajeitar quando eu conseguir lidar melhor com o sono e a vontade de simplesmente não fazer nada assim que eu chego em casa...

eu tô cursando sete matérias nesse semestre. até o fim de novembro, tem pelo menos um trabalho ou prova de cada uma delas. até aí, ~tudo bem~. o problema mesmo é que são coisas pesadas. por exemplo, um dos professores resolveu que vai passar um trabalho de análise contrastiva/comparativa entre dois romances com o mínimo de oito páginas pra gente escrever. eu demoro mais de um mês só pra pensar em como fazer uma coisa dessas, sabe? não me parece possível fazer um trabalho decente nessas condições, mas quem sou eu pra falar alguma coisa, né? ^^

em novembro eu vou ter tanto texto teórico pra ler, tanto autor difícil pra interpretar, tanta matéria maluca pra decorar, tanta coisa pra escrever... vai ser complicado segurar essa barra que é gostar de letras.


{tô reclamando de barriga cheia? tô.
tem gente muito pior do que eu, com a rotina bem mais pesada? tem.
isso me impede de sentir dificuldades? n ã o (!) 

em todo o caso, deixo aqui meu mais sincero respeito por quem consegue dar conta de cumprir com todas as suas obrigações, por mais cheios que sejam seus dias, todos os dias. e ainda consegue ler livros, sair, namorar... enfim, viver. quando eu resolver pirar por "pouca coisa" (entre aspas, porque pra mim é muito, sorry), vou lembrar que vocês são capazes e, sendo assim, vou me esforçar mais pra conseguir também. <3}

sábado, 24 de outubro de 2015

à la sarah nelson

faz tempo que não apareço aqui pra escrever alguma coisa decente, eu sei. dei uma sumida por motivos de:

1) arrumei um fucking emprego. virei estagiária, dei meu segundo passo pra essa maravilhosa (só que né...) vida de adulto etc. e aí no tempo livre ou eu tô fazendo coisa da faculdade ou eu tô dormindo mesmo, porque lidar com esses dias eternos e cheios de coisa pra fazer não tá sendo fácil;
2) eu ainda não superei o BEDA e tô com sérias dificuldades pra arrumar assuntos sobre os quais falar;
3) não tô conseguindo escrever nada sobre os assuntos que eu arrumo.

daí que eu já comecei e desisti de uns dezenove posts, mais ou menos. ou porque tava muito ruim, ou porque o tema de repente parava de render, ou porque eu simplesmente achava que aquilo não interessava a ninguém e, sei lá, meio nadavê ficar publicando texto sobre algo que só interessa a mim. aí é melhor deixar só no rascunho mesmo, né?

mas, pensando bem, também tem um outro fator... recentemente comecei a ler claros sinais de loucura, da karen harrington. de forma bem sucinta, o livro fala sobre a sarah nelson, uma menina de doze anos que tem uma mãe com transtornos mentais. não posso falar muito porque ainda nem cheguei na metade, mas ele já tá me despertando uma vontadezinha maluca de voltar a escrever meus textos à mão, com papel e caneta, e não aqui. pra explicar: o professor da sarah deu um caderno pra cada aluno da turma e pediu, como lição de férias, que eles escrevessem cartas pra algum personagem da literatura. ela leva realmente a sério e escreve muitas cartas pro seu personagem preferido (o atticus finch, de o sol é para todos), seja só pra falar que ele é um cara que ela admira bastante ou meio que pra pedir ajuda mesmo, do tipo "o que você faria nessa situação? queria que você fosse meu pai" e tal. e isso me fez pensar que, putaquepariu, talvez eu também precise me comunicar com certas pessoas (ficcionais ou não) dessa forma. porque, no caso, o que importa mesmo não é a resposta que eu nunca vou receber. o lance é desabafar pra pessoa certa, ainda que ela nunca leia. 

não sei se faz sentido, mas pra mim isso é bem razoável. por algum motivo esquisito, fiquei com a impressão de que isso é justamente o que eu preciso. pegar meu lápis grafite (porque é preciso ser muito confiante pra escrever uma carta à caneta, logo de cara), começar com um "querida pessoa x..." e colocar ali tudo o que eu preciso falar e que eu acho que só ela é capaz de ler e entender. mesmo que ela nunca leia, mesmo que ela só exista dentro de um livro. talvez eu faça isso.

um dia, andando com meu namorado pela livraria, achei o caderno mais lindo que eu já vi. a capa é branca, cheio de pingos de chuva de cores pasteis, com uma girafinha amarela no meio, segurando um guarda-chuva. é claro que comprei, mesmo sem saber quando eu usaria. e eu não toquei nele ainda, porque acho lindo demais pra usar em algo que não seja importante o suficiente. acho que descobri qual será a utilidade do caderninho.

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

9. "você é amiga do cobrador daquele ônibus?"

pego praticamente os mesmíssimos ônibus todo dia, então os motoristas e cobradores já me conhecem. nem todos são simpáticos, mas tem um cara que é tão fofinho que vale por uns dez. é o cobrador do ônibus que eu pego pra voltar da faculdade. fala com todo mundo, tá sorrindo o tempo todo, puxa uns assuntos... bem gracinha. 

já achava ele um amor só por causa dos "bom dia, moça! como você tá? faz tempo que não te vejo" se eu ficasse mais de dois dias sem aparecer, mas depois que ele me fez uma boa ação sem que eu sequer soubesse, o mocinho se tornou minha pessoinha preferida nesses transportes públicos da vida.

deixa eu explicar: uma amiga minha, maravilhosa, me deu um botton incrível de presente. coloquei na mochila na mesma hora. dali uns dias, percebi que o bonitinho tinha sumido. como eu não sabia onde ele tinha caído, procurei em casa mesmo. não achei pelo meu quarto, fiquei tristinha por ter perdido o presente e cheguei a pensar até que tinha sido roubado, porque ele é mesmo muito maravilhoso.


aí, quando eu já tinha até esquecido disso, o botton apareceu. uma moça da minha faculdade, que eu só "conheço" do ônibus mesmo, me parou esses dias pra perguntar se ele era meu. disse que sim, fiquei super feliz e perguntei onde ela tinha encontrado. pois não é que a moça disse que foi o tal do cobrador quem tinha achado e guardado pra mim? :D

já fazia quase uma semana que eu não pegava o ônibus no horário dele. naquele mesmo dia, quando fui passar pela catraca, antes mesmo de eu conseguir agradecer, ele me disse "a moça te entregou?". achei tão fofo que quase levei ele pra casa <3

obrigada, moço! pela gentileza, pela simpatia e pela educação de sempre. fico feliz quando a gente se encontra :)

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

nobody cares #5

tirei 9.25 na primeira prova de latim II. nove ponto vinte e cinco! OBRIGADA, MINERVA, PELA GRAÇA ALCANÇADA.

fui na 25 de março com as minhas amigas e me diverti que nem criança experimentando várias máscaras in-crí-veis.

hahahahahaha amei muito

com as mesmas amigas aí de cima, fui numa sorveteria bem bacana, daquelas de pesar o potinho etc. R$ 78,00 o quilo do sorvete. deu vontade de morrer quando vi esse preço, mas também deu vontade de pagar tudo isso quando experimentei o sorvete de doce de leite daquele lugar. saudades, inclusive.

do dia 5/10 ao dia 12/10 eu fiz mais coisa fora de casa do que no resto do ano todinho, provavelmente (eu gosto muito mesmo de ficar dentro de casa, sabe?).

ganhei um pote de doce de leite e um pote de açaí de presente do meu namorado. ou o cara, conhecendo a bolota aqui, quer me ver muito feliz ou tá querendo me engordar tipo a bruxa do joão e maria. mistério.

comecei a quinta temporada de bob's burgers (finally!) e a louise segue sendo a melhor personagem da vida. aproveito o tópico pra recomendar esse desenho mais uma vez, porque é + q d +!

zerei o primeiro ~mundo~ do free fall do frozen, um joguinho meio candy crush. tinha 295 fases. tô na fase 24 do segundo mundo. (eu não deveria me orgulhar disso, porém... :D)

meu cabelo era enorme, imenso, meio rapunzel assim. aí eu fui cortando, cortando... e de repente ficou meio branca de neve, mais um pouco virava chanel. agora tá crescendo de novo. ainda tá curto, um pouco abaixo dos ombros, mas tô em crise existencial sem saber se passo a tesoura mais uma vez ou se volto a deixar crescer. são muitas questões.

dez/13 x jun/15

 terminei de ler grande sertão: veredas. ainda não sei qual minha opinião sobre ele, não sei nem o que falar sobre o livro, na verdade. só sei que foi um dos mais difíceis que eu já li. achei bonito, no fim das contas, mas não arrebatou meu coração :/

terça-feira, 13 de outubro de 2015

rolê gastronômico-cultural dos campeões

teve feriado ontem, né. daí que namorado e eu decidimos usar esse dia de folga pra fazer um passeio: conhecer o  catavento, um museu interativo aqui em sp (excursão prometida por um antigo professor de física em meados de 2010 e jamais realizada, vale a pena dizer). depois de lá, o combinado era jantarmos num restaurante japonês no bairro da liberdade. as forças do universo nos impediram de fazer tudo conforme o planejado, mas o resultado final foi bem divertido.

PARTE 01 (11h00 - 15h30)
devidamente alimentados depois do café da manhã, saímos de casa pra pegar o trem. na mais pura inocência de semi-adultos sem noção, achamos que estaria bem de boa. fomos tristemente surpreendidos ao perceber que "opa, não tá dando nem pra respirar aqui nesse vagão", super joia. enfim. fizemos baldeação pro metrô, lindo como sempre, e descemos na estação próxima ao museu. pra evitar fatalidades (o lugar é meio, digamos assim, tenso heh), andamos por dentro de um parque em vez de irmos pela calçada normal. chegamos bem rapidinho, o trajeto a pé era curto. entramos no catavento por volta de 12h e foi 01 coisa de louco. o lugar é imenso!!! tem tanta coisa pra ver e pra fazer que eu mal consigo lembrar de tudo??? isso porque foi ontem mesmo????  ¯\_(ツ)_/¯  mas tem a parte dos animais, uma área grandona sobre o universo, a parte da geografia, a parte do corpo humano, um espaço bem interativo sobre física... bastante coisa legal! rolou um salgado de brócolis e um picolé de jabuticaba no almoço, achei chique. AH, também teve óculos de realidade virtual. namorado nerd achou 10/10, eu achei bizarro e saí do negócio com uma sensação esquisitíssima. acho que é tecnologia d+ pra mim :~ hahah o museu tem dois andares e muita, muita, muita informação. vale a pena ir com calma pra poder prestar atenção em tudo. saímos de lá umas 15h30, talvez. 

borboletário do catavento
(que estava sem borboletas, no caso.)

PARTE 02 (15h40 - 18h15) 
pra voltarmos pro metrô, passamos novamente pelo parque. me senti em outro país, porque não tinha nenhum brasileiro além de nós naquele lugar!!! hahah não sei diferenciar e peço desculpa por isso, mas realmente não consigo dizer se eram peruanos, bolivianos, chilenos... enfim. o que eu sei é que eles estavam em peso dominando o parque todo, achei bacana hahah quando chegamos na liberdade, entramos em várias lojinhas, olhamos as barracas da feirinha, compramos um monte de tranqueira no mercado... aquele lugar é irresistível! é muita coisa maravilhosa junta. nossas compras foram: um salgadinho de cebola coreano bem 6/10, uma vanilla coke que seria bem melhor se tivesse gelada, uma lemonade arizona super 10/10, um pacotinho de hashis pro boy (eu continuo no garfo e faca mesmo) e um popin cookin de hambúrguer!!!!! bom, como eu já disse, o combinado era irmos num rodízio japonês específico, mas não rolou (faz mais de duas semanas que tentamos comer nesse lugar e na-da. se conseguirmos, talvez eu volte aqui pra falar sobre isso!). passada a frustração, fomos escolher outro lugar pra comer. desistimos de um porque era muito caro, desistimos de outro porque tinha pouca opção, desistimos de mais um porque era muito longe. aí acabamos caindo num lugar que, a princípio, julguei duvidoso d+ pro meu jeitinho fresca de ser: um restaurante chinês mais afastado, daqueles em que os funcionários falam na sua língua materna entre si e o cardápio contém mais pratos desconhecidos do que reconhecíveis. mal tivemos tempo de pensar e já estávamos pedindo nossa comida, um yakisoba (pra não arriscar muito). segundo a atendente, o prato servia duas pessoas. a comida chegou super rápido e tava bem quentinha, mas a surpresa mesmo ficou pelo tamanho. dava pra alimentar umas quatro pessoas facilmente! hahaha comemos até dizer chega e ainda levamos quase metade pra casa. na hora da conta, outro baque: 19 kg de comida + dois sucos naturais + embalagem pra viagem + o serviço = trinta e seis reais (porque, ainda por cima, nos deram um desconto). esperávamos muito mais caro, não entendemos o desconto até agora, mas foi absolutamente amorzinho. :) ainda demos mais umas voltinhas antes de irmos pra casa, quando já começava a garoar.

maaano!!! hahaha

PARTE 03 (19h - 22h10)
chegamos na casa do boy super cansados, meus pés já tavam pedindo pelo amor da deusa pra eu parar quieta de vez. ficamos deitados conversando por um tempo, até que eu convenci o namorado a fazermos o bendito popin cookin que eu citei ali em cima. caso vocês não saibam o que é, eu explico (ou tento): é um pacote incrivelmente bizarro cheio de pózinhos pra misturar com água e fazer comidinhas (?) hahahaha como minha explicação ficou absolutamente ridícula, vou deixar aqui um vídeo aleatório de uma pessoa no youtube fazendo exatamente esse que nós compramos:


parece mágica, o negócio. cê pega uns pózinhos que parecem tempero de miojo, junta com água e transforma aquilo em "carne", em "coca", em "ketchup"... e o mais bizarro é que as coisas realmente tinham gostos (e cheiros, principalmente) que lembravam os originais. as reações do boy ao comer nossa iguaria foram impagáveis, bem parecidas com a da moça do vídeo na verdade. dei tanta risada que minha barriga doeu. acho que ele nunca mais vai encarar outro desses comigo, mas eu quero muito fazer mais!!!! apesar de ser caro d+ pra depois eu não conseguir comer tudo... :/ (é ruim, migas. bem ruim!) 

expectativa x realidade


- amor, se você tivesse que definir esse dia em uma palavra, qual seria?
- "ótimo"! e você?
- "surpreendente"

:D

(menção honrosa ao resto do feriado prolongado, que foi cheio de amor. à sexta de hambúrguer flopado; ao sábado de almoço incrível e passeio na loja de atleta; e ao domingo de lasanha e galinha pintadinha na companhia de um nenê <3)

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

expecto patronum

é incrível o quanto a gente pode se deixar enganar pelas pessoas. seja por ingenuidade nossa ou por habilidade delas na hora de se mostrar o oposto do que realmente são. ou os dois, na maioria dos casos.

não sou de me apegar muito às pessoas, nem tenho necessidade de estar sempre junto, de conversar todos os dias (a menos que você seja meu namorado :D)... me basta saber que o cara tá bem e que ele tá lá, sabe? assim bem prático mesmo. se eu gostar de você, sou dessas que curte absolutamente todas as suas conquistas (e as fotos no facebook, é claro), que te apoia em todas as decisões bacanas, que torce pra que tudo fique sempre bem. ainda que você não esteja do meu lado todos os dias, que você não faça parte da minha rotina diária.    

então eu nunca achei ruim não conviver tanto com meus primos, meus tios, meus avós... achava normal a gente só se encontrar nos aniversários e no natal, por exemplo. ainda que outras famílias vivam grudadas o tempo inteiro e isso pareça ser muito legal, eu não via o menor problema em não ter a mesma experiência. porque a gente tava por dentro da vida um do outro, então tava tudo bem. até que as coisas foram esfriando, foram se tornando um tantinho esquisitas e, de repente, eu me peguei querendo distância de todo mundo. até porque a quantidade de dementador que eu não posso evitar diariamente já é mais do que suficiente.

aqueles que antes eu admirava e tinha por eles um carinho imenso passaram a ser completos estranhos pra mim. já não sei mais como estão, como anda a vida, quais as novidades... não vejo mais ninguém em datas comemorativas e nem acredito muito nas felicitações de aniversário, pra ser sincera. a única coisa que não mudou é que continuo querendo que todo mundo seja feliz, sempre. mas agora também espero, do fundo do coração, que a vida dê conta dos aprendizados que certas pessoas™ andam precisando.

sempre fui tachada de chata, desde criança, porque nunca fiz questão de agradar ninguém. muito menos só por obrigação, só pra não fazer feio. se não tô feliz ou não tô gostando, me afasto e fecho a cara sim, sem o menor pudor. me acha chata quem não tem coragem de fazer a mesma coisa.
 
"tá tudo bem em se afastar das pessoas
que te machucam, mesmo quando
elas são da família"

família, pra mim, é quem te ama e te quer bem. quem se importa com você e te trata com respeito acima de todas as coisas. família, pra mim, são meus pais e meu irmão. e a minha vó, vai.

pra não causar tanta polêmica assim e evitar toda uma possível fadiga, paro por aqui. beijos.

sábado, 3 de outubro de 2015

resuminho do nº 9

setembro foi um mês complicado, emocionalmente falando. não que os outros todos não tenham sido (sempre são), mas setembro foi especialmente complicado. teve mais oscilação de humor do que o que eu considero normal pra mim, teve um número maior de crises que aparecem sem aviso prévio, teve mais momentos de desespero por motivos não tão relevantes assim. em suma, setembro foi um mês complicado.

sendo assim, não foi fácil sentar na cadeira, relaxar e escrever alguma coisa. tanto é que fiz isso pouquíssimas vezes, mal dei as caras por aqui. porque não deu, porque não foi possível, porque não. as coisas fizeram pouco sentido durante esse mês. menos ainda do que costumam fazer. entrei em parafuso algumas vezes, tive dúvidas sobre antigas certezas, questionei (mentalmente, claro, jamais pros outros) infinitos acontecimentos.

mas deixarei isso tudo pra lá, pra trás, em setembro. (é óbvio que nada ficou realmente no mês passado e todas as confusões continuam bem aqui, segurando a minha mão, ainda em outubro. quiçá em novembro também, hein? sejamos sinceros.)

enfim.

◉◉◉

em setembro não teve nenhuma série assistida, eu acho. tô tentando melhorar esse número, preciso criar vergonha na cara e continuar vendo algumas que eu realmente gosto, mas acabei negligenciando por motivos de força maior (perda de interesse, no caso).

no quesito filmes, acredito que eu tenha assistido a bem poucos, mas não tão poucos quanto eu me lembro agora?!? bom, eu sei que vi rio 2 e vampire academy. o primeiro foi fofo, porque né: animação, passarinhos, amazônia, música, bichinhos unidos pra salvar a floresta e tal, achei uma graça. já o segundo.... eu não posso nem reclamar muito, porque fui ver sabendo que seria ruim. mas sabe quando cê precisa confirmar que uma coisa é realmente trash e, sei lá, precisa passar uma raivinha também? então, meio que foi por isso que eu assisti ao filme. não teve nada de bom, basicamente. mas minha maior reclamação vai pro cast escolhido. porra gente, whitewashing na persongem principal não dá, né? pqp.  



◉◉◉

quanto aos livros, esse mês também foi pobrinho. finalmente eu li cem anos de solidão, do garcía márquez. li até que bem rápido, se considerarmos que passei as primeiras 100 páginas sem decidir se estava gostando ou não do livro. no fim das contas, fiquei me sentindo meio esquisita, porque não entendi bem todo o hype em cima dele. assim, eu achei bom. achei incrível a maneira como a história é construída, na verdade. mas meio que não me apeguei, não morri de amores. e aí veio grande sertão: veredas, que tá sendo todo um outro problema na minha vida. tá difícil de conseguir terminar, hein? inclusive comecei antes de cem anos, larguei, terminei o outro, mudamos de mês e eu ainda não cheguei na página 300 do grande sertão (que tem  600, btw). espero achar o livro tão maravilhoso quanto todas as outras pessoas do mundo que já o leram, porque essa leitura truncada e complicadíssima precisa valer a pena no final das contas. basicamente, setembro foi o mês dos clássicos frustrantes na minha vidinha. e a frustração com os livros é uma metonímia (a parte pelo todo etc) que contempla a frustração com a vida no geral, eu diria.



◉◉◉

pra não falar só de coisa blergh, no finzinho do mês completei dois anos de namoro com o ser humano mais apaixonante da face da terra. confesso que nem tudo são flores e às vezes fica pesado pra mim, mas são questões internas que eu pretendo trabalhar. mas no final tudo dá sempre tão certo e fica sempre tão bom que as partes difíceis são compensadas. <3 (fiz sentido? não fiz. paciência.)


e foi isso aí. há quem diga que o mês do desgosto é agosto, mas eu realmente não sei se posso concordar. pra usar a piadinha mais tosca da internet, gostaria de ter sido acordada apenas quando setembro acabasse.

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

"eu quero beijar muito a sua boca"

- quero comer sobremesa
- mas você tem que jantar primeiro, não pode comer só o doce
- tá bom, mas eu quero sorvete
- tem que comer comida
- aham, mas e o doce?

pedaço de um diálogo real entre o namorado e eu nesse fim de semana. (mas também poderia ser entre uma criança de quatro anos e a sua mãe, somos um casal bem versátil.)

horas depois desse momentinho, finalmente jantamos. como dois adultos, comemos uma imitação de cachorro-quente (chamei de pão com salsicha e ele ficou meio triste. mas né, não posso fazer nada, se não tem purê e nem batata palha, não dá pra chamar pelo nome oficial. sorry, boy.)

daí, devidamente alimentada, eu pude enfim comer a minha tão sonhada sobremesa. eu sabia que no freezer da casa dele tinha um pote de sorvete de morango bem bom. e era isso que eu queria. ele, lindo que só, disse que faria uma sobremesa especial pra mim. pensei que fosse milk-shake, porque é o que eu sempre digo que tô com vontade de tomar. pois estávamos nós na cozinha quando de repente:

- fecha os olhos
- *tampa a visão periférica com uma mão e mexe no celular com a outra*
- tá, agora fica assim, de costas
- *fica parada olhando pra parede* 
- espera aí, não olha
(alguns tempinhos depois)
- ahn... cê não quer minha ajuda aí não?
- não, espera!!
(mais alguns tempinhos depois)
- é então eu acho que quero sair daqui, deixa eu te ajudar ^^
- tá pronto agora, acabei, pode olhar
- AI MEU DEUS, QUE COISA LINDA, EU QUERO BEIJAR MUITO A SUA BOCA


o mocinho pegou o sorvete de morango que eu queria e me fez uma casquinha especial!!! eu nem sou de doce, normalmente não aguento comer tanto açúcar assim, mas comi esse aí todinho de uma vez só sem a menor dificuldade. fiquei com a mão toda suja de chocolate, sujei até o nariz de sorvete. e foi incrível. e eu beijei mesmo a boca dele. muito. <3

terça-feira, 22 de setembro de 2015

letras, por que você me odeia?

hoje eu decidi que vai ser dia de desabafar e de falar mal da minha faculdade. só um pouquinho, só pra eu conseguir relaxar e seguir em frente. olha, eu poderia criticar todas as minhas matérias (algumas mais que as outras, claro), mas vou fazer isso com apenas duas, pra não perder o foco - e não me estressar muito, também. vamos ao mimimi:

1) introdução ao teatro
gente, essa matéria....... eu juro que mal sei por onde começar. ela faz parte da grade obrigatória do inglês (lembrando que faço dupla habilitação em português/inglês) e esse é o único motivo de eu cursá-la agora - ou em qualquer outro momento da graduação, sendo bem sincera. o conteúdo é, como o nome já diz, relacionado a teatro. além da leitura de peças teatrais, a gente aprende os tipos de palco e de plateia, aprende um tantinho da evolução do teatro, aprende os diferentes gêneros teatrais... essas coisas aí que eu me interesso muito, só que não, só que jamais. enfim. as matérias do inglês são ministradas em inglês, mas essa professora resolveu que não tá nem aí pra isso e tá dando as aulas em português mesmo. o que torna tudo ainda mais pointless, porque se eu estivesse treinando o idioma, faria o mínimo de sentido eu cursar mesmo tendo um total de 0 (zero) interesse. a aula é sofrida de assistir, dá um sono monstruoso, são quase duas horas de um blablabla interminável num tom monótono (desculpa professora, eu sei que cê é boa, o problema é a sua matéria mesmo!). mas o problema maior tá sendo agora, pra fazer o trabalho que ela pediu. a proposta é a seguinte: vejam uma peça de teatro, qualquer uma, desde musical da broadway até peça infantil numa praça no centro da cidade, e façam uma análise sobre ela, contendo uma infinidade de informações (sério, são quatro páginas de instruções pra fazer o bendito do trabalho). a mulher tá pedindo tanta coisa que eu mal sei por onde começar a escrever. além do fato de eu mal saber o que escrever, né? mas a parte boa é que a análise pode ser feita em português. o que também pode ser visto como parte ruim, porque continua enfatizando que eu só tô lá pelo inglês e a gente quase não tá aproveitando a língua. acho que essa é a matéria que eu mais queria cancelar da minha grade, pqp. 

2) introdução ao latim ii
olha eu aqui mais uma vez falando dessa aulinha abençoada pelo deus júpiter! eu tento parar de reclamar, eu tento ser forte e superar a parte ruim, mas: não dá. eu não tô aprendendo nada, por mais que eu me engane ao entender as coisas que o professor passa durante a aula. eu não sei como a língua funciona, não aprendi o básico, e agora tô sendo obrigada a fazer exercício de tradução e de ~encontrar a oração reduzida de infinitivo~ em frases de cícero e virgílio, gente... aliás, sobre as traduções: a gente não tem o vocabulário no material usado em aula, o professor precisa passar na lousa o significado das palavras, mas na maioria das vezes ele esquece disso e só coloca os termos em latim mesmo. seria ótimo se a gente tivesse um dicionário na nossa apostila, mas o professor acha que traduzir deve ser na base da intuição, sei lá. cê vê lá a frase "orantibus amicis Socrates tamen carcerem non reliquit" e diz que ela deve significar com certeza que "orando os amigos de sócrates também não encarceram relíquias" (hahahaha vou matar o professor do coração se ele ver uma coisa dessa). se teatro é a matéria #1 que eu queria largar, latim definitivamente ocupa o posto da #2. tá triste, migas.


só espero, do fundinho da minha alma, que eu passe nessas matérias. se eu reprovar e tiver de fazer de novo, não sei se continuarei com a minha sanidade mental em dia.

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

amor em quatro patas

quando eu era criança, vivia pedindo um cachorrinho pra minha mãe. queria um bicho peludo que corresse atrás da bolinha que eu jogasse, que me deixasse toda suja de baba e que deitasse comigo no sofá pedindo carinho na barriga. por mais que eu tenha enchido o saco dos meus pais pra conseguir um bicho desse, nunca obtive sucesso. meu pai não é muito fã da ideia de ter uma casa lotada de pelos, então ele sequer me dava ouvidos. mas minha mãe, mesmo que também goste muito de cãezinhos, sabia que não ia rolar. por mais que eu quisesse um melhor amigo com quatro patinhas e um rabinho balançante, eu não queria as obrigações de ter um cachorro. descer pra passear e fazer xixi? limpar as sujeiras todas? é, acho que não. na minha cabecinha de criança, ter um dog não implicava nada disso. era só amor, alegria e diversão. na cabeça de adulto da mamãe, ter um dog era mais trabalho pra ela mesma. e na cabeça de adulto do papai, ter um dog significava nojeira (meu pai é desses que, se pudesse, tomava quinze banhos por dia só pra continuar sempre limpinho).

daí que eu ganhei um presente absolutamente especial quando eu fiz, sei lá, uns três ou quatro anos: um cachorrinho de pelúcia.


ele tinha uma caminha, tinha cobertinha pra dormir, tinha coleira pra passear. e a gente passeava mesmo, aqui pelo meu prédio, como se ele fosse real. não me lambia, não latia e nem abanava o rabo quando me via chegar em casa, mas ele era de verdade. o nome que eu escolhi na época foi totó, porque eu devia ser uma criança bem sem criatividade. o bicho continua comigo até hoje, é minha pelúcia preferida do mundo e eu acho que ele é meio toy story: quando eu não tô olhando, certeza que o cachorrinho ganha vida. meus outros bichos de pelúcia não, só ele mesmo.

mas convenhamos que, por mais que minha versão de quatro anos de idade tenha se contentado, o totó nunca foi capaz de ocupar o espaço de um cãozinho de verdade. eis que, quando eu tinha por volta de uns dez anos, meu primo resolveu que teria um cachorro. pois ele arrumou um labrador filhotinho, do tamanho do meu bicho de pelúcia, e com o pelo só um tantinho mais amarelado do que o dele. o cãozinho era tipo a versão real do meu totó, achei incrível! meu primo disse que o cachorro se chamaria nick. achei o nome bem ruim e, no alto de toda a minha inexistente criatividade, disse que scooby era muito melhor. minha avó deve ter gostado da minha ideia, porque o nome do dog acabou sendo o que eu escolhi mesmo. (ah, meu primo morava com a minha vó. quem quis o cachorro foi ele, mas quem acabou se tornando a dona de verdade e cuidando do bicho foi ela, né? por isso é que a decisão final foi dela também.)

eu tava lá na casa dela, esperando, quando scooby chegou. veio pequeno, manhoso, lambendo freneticamente as minhas mãos e dormindo no meu colo - porque fiz questão de não largar o cachorro nem por um minuto aquele dia. o filhote cresceu tanto em tão pouco tempo que essa história de pegar no colo acabou rapidinho. e ele comia tudo o que via pela frente, inclusive a casinha de madeira e uma bolsa da minha mãe (além de tudo o que tinha lá dentro). se queria carinho, ficava manhoso e vinha deitar de barriga pra cima do nosso lado. se queria sossego, saía fora e não dava muita bola pra ninguém. se queria brincar, corria pelo quintal atrás das bolinhas coloridas - e ai de quem quisesse tirar uma delas de dentro da boca dele, o bicho não deixava jamais! scooby foi crescendo, comendo e engordando como se não houvesse amanhã. ficou com problema nos ossos pelo excesso de peso, precisou fazer dieta... e isso fez com que ele se cansasse muito rápido e passasse a brincar cada vez menos, mas nunca parou de pedir carinho e atenção. scooby ficou com a gente (com a minha avó, no caso) até que não dava mais pra cuidar dele, com quase dez aninhos de vida. aí foi morar no interior, no sítio de uns parentes, onde aprendeu a acordar cedo, junto com as galinhas, e a comer várias frutas e legumes. continua gordão e cansado, mas deve tá feliz como nunca com aquele espaço enorme pra percorrer. ele é o cachorro mais lindo que eu já conheci e o que eu mais amo também <3


e aí veio o billy, o poodle mais de boa da face da terra. bolinho, para os íntimos (só eu e seu dono, meu boy), chegou na vida do namorado quando ele era bem criancinha e tá aí até hoje, velhinho e carente que só ele. o amor da vida desse cachorro é meu sogro. quando ele chega em casa, o billy só falta parir. todo santo dia, toda santa vez. é impressionante. ele é quietinho, bem tranquilo, só quer saber de dormir e de passear pra fazer suas necessidades básicas :) billinho quando sente cócegas mexe a perninha loucamente, quando quer a comida do seu prato fica te olhando com os maiores olhos de pedinte que eu já vi na vida e quando quer carinho vai até você e fica fazendo aquele barulhinho de cachorro até você se dar por vencido e fazer uns cafunés na cabecinha dele. e quando você parar, billinho vai te olhar e usar a patinha dele pra pedir mais. nesse quesito, o cachorro é insaciável (me identifico, inclusive). ele não é muito fã de colo, a menos que você esteja sentado e ele queira muito mesmo ficar em cima de você. senão, pode esquecer. o bicho é até meio esnobe, porque só vai te dar bola se ele tiver a fim de verdade. a gente virou bem amigos desde que comecei a frequentar a casa do boy e eu fui conquistando o coração do billy até ele virar tipo meu filho. quando ele tá especialmente me amando, a gente encosta nariz com fucinho pra demonstrar o nosso amô um pelo outro.


aí eu fico vendo uns duzentos vídeos incríveis de cachorrinhos por dia e pensando em como deve ser maravilhoso ter um desse na nossa vida, pra deixar tudo mais sujo de baba e mais cheio de amor. não vejo a hora de poder ter meu próprio filho de quatro patinhas! mas enquanto esse dia não chega, fico matando minha vontade com os cachorros dos outros <3

(por mais que eu ache que me daria muito melhor caso tivesse um gato. mas aí o assunto fica pra outro post, senão esse aqui não acaba nunca!)

domingo, 13 de setembro de 2015

música, superlua e reencontros

quando eu saí de casa na manhã de sábado, eu não sabia que atravessaria a cidade pra chegar num parque super longe e passaria horas sob um sol do saara ouvindo várias pessoas desconhecidas aprendendo a tocar instrumentos musicais. mas isso aconteceu e, preciso admitir: foi bem legal. dei risada, conheci gente nova, descobri que eu ainda sabia batucar algo que aprendi um ano atrás, fiquei cansadíssima naquele calor desejando um banquinho e um ventilador, senti vergonha alheia (o cara tava lá pra aprender, mas se recusava a ouvir os "professores" pois já se julgava bonzão o suficiente. fiquei constrangida sim quando, mesmo depois de toda essa presunção, o mocinho foi lá e tocou tudo errado sem ritmo sem noção da vida. bem feito)... foi ótimo.

sem filtro, pq o dia tava mesmo bem bonito

quando eu saí de casa na manhã de sábado, eu não sabia que veria a superlua lá, na minha cara, gigantesca, linda como nunca antes. eu gosto mais da lua do que de qualquer outra coisa que se encontre no sistema solar (incluindo nosso próprio planeta, eu diria). mesmo quando ela aparece pequenininha, singelinha, fraquinha no céu, lá estou eu apaixonada olhando pra cima como se ela fosse a coisa mais bonita do universo. naquele dia, ela era. a luminosidade era tanta que, mesmo se não tivesse nenhuma lâmpada por ali, ela daria conta de clarear tudo pra gente. mal dava pra acreditar que aquela luz toda sequer é dela de verdade... foi ótimo.

fonte: https://www.pexels.com/

quando eu saí de casa na manhã de sábado, eu não sabia que encontraria antigos amigos ao longo do dia. fiquei muito feliz de ver quem eu não via há tanto tempo. não só pelo reencontro, mas também por perceber que nada mudou. tá bom, mudou sim: eu não sei mais da vida deles, eles não sabem mais da minha vida. mas colocando a conversa em dia eu me senti à vontade perto deles, como sempre foi. fiquei surpresa ao descobrir que eles namoram, que eles trabalham, que eles estão quase terminando a faculdade (nem todos se encaixam em todas as categorias, no caso). percebi também que o carinho que eu sentia por eles continua o mesmo. e a facilidade que eles têm de me fazer rir com coisa boba e piada sem graça continua a mesma... foi ótimo.

fonte: https://www.pexels.com/