quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

eu sou a maré viva

eu não entendo. me esforço, tento refletir a respeito, mas parece que fica cada vez mais complicado. cada vez mais nonsense. e cada vez mais pesado também. tá tudo muito bem, all fun and games, e de repente: FUÉN, vai tudo por água abaixo. sem mais nem menos, sem nenhum tipo de aviso prévio. inesperado e rude, ardido como um tapa na cara. 
out of nowhere me surge um desespero, uma sensação de impotência e vontade de fugir pra outro planeta. medo de não dar conta, medo de estar fazendo tudo errado, medo de vacilar e perder tudo. medo de ser deixada de lado, medo de não ser tão importante quanto acho que sou, medo de quebrar a cara na primeira oportunidade. aí o olho enche de lágrima. e elas escorrem loucamente, quase uma chuva torrencial. como se não bastasse a mente ficar confusa, o corpo vai lá e reforça o momento ruim. reações alérgicas a fortes emoções. e elas tão sempre aqui presentes. às vezes ficam represadas, guardadinhas por bastante tempo. até que a maré sobe, a onda cresce e vira praticamente um tsunami. chega rápido e devasta tudo. 
mas dali 5 minutos tudo passa. as lágrimas secam, eu me recomponho e finjo que tá tudo bem. mas esse é um fingimento de verdade, é de coração. tanto que, depois da intensidade da ressaca, quando eu menos espero, fica realmente tudo em paz e o mar volta a se acalmar. 

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