sábado, 22 de agosto de 2020

home, sweet, home

no começo de agosto, saí da casa dos meus pais e passei a morar com o boy.

a gente namora há quase sete anos, já faz um tempão que falamos de morar juntos, mas nunca era a hora certa. "nossos salários não são bons o suficiente, podemos esperar mais um pouco, o imóvel precisa obrigatoriamente ficar num lugar assim ou assado", etc etc etc. porém agora, no meio de uma pandemia, depois de vários meses sem nos encontrarmos, decidimos encarar de frente essa próxima etapa. finalmente juntamos as escovas de dente.

viemos parar do outro lado da cidade, num bairro gostosinho e perto de tudo, numa rua sem saída e super tranquila! o apto não é grande e tá meio mal cuidado, mas era o que cabia no bolso. e vai ficar bonitinho (aliás, já tá ficando!), a gente só precisa se esforçar um pouco pra isso hehe

por aqui, as coisas estão tomando forma aos poucos. compra um eletrodoméstico aqui, um móvel ali, um negocinho acolá... agora até que já temos bastante coisa, mas chegamos só com fogão e geladeira na cozinha (gente, que caro geladeira, né? eu hein), nossas escrivaninhas pra gente conseguir trabalhar, duas cadeiras usadas dessas universitárias que meu pai arrumou e uns móveis que eu trouxe do meu quarto.

aliás, o boy e meu pai que desmontaram meu guarda-roupa pra transportar até aqui. pra montar, os dois contaram com a ajuda do meu cunhado. eu desacreditei do sucesso dessa empreitada, mas deu tão certo que até me surpreendi. não ficou 100%, até porque o bichinho já não era da melhor qualidade, mas ficou o melhor possível :)

passamos os primeiros cinco dias dormindo num colchão de solteiro no chão, esperando o novo chegar. o plano era dormir num inflável de casal, mas não rolou - tava sem a tampa que fecha o buraco por onde enche de ar. por sorte trouxemos esse aí de plano b, que na verdade era pra servir como sofá. e por mais sorte ainda tava um frio lascado nesses dias, porque seria inviável dormir tão juntinhos se tivesse calor. depois que o colchão de casal chegou a qualidade do sono melhorou de forma incalculável, mas ainda faltava a cama - que só chegou uma semana depois do colchão. se quiséssemos receber os dois juntos, só 14 dias depois da nossa chegada na casinha nova. melhor dormir no colchão de casal, mesmo no chão, do que passar duas semanas dividindo o colchãozinho que a gente trouxe.

demoramos um pouco pra ter o armário da cozinha (vou contar essa saga em outro post), então usamos umas caixas pra fazer uma despensa improvisada. cozinhar tava sendo um desafio. além de não termos espaço pra apoiar as coisas, também passamos alguns dias sem panelas, sobrevivendo com duas frigideiras e a panela de pressão. enquanto isso, como a sala tava vazia (só compramos sofá, mesa e cadeiras no fim de semana passado), ela foi eleita o cômodo oficial da bagunça. tudo o que ainda não tinha lugar definido ficava jogado por lá. tava um caos, meio desesperador mesmo, mas ainda assim dava um quentinho no coração de saber que aquela bagunça toda ficava na nossa casinha.

tá sendo incrível essa experiência de viver sob o mesmo teto que a minha pessoa preferida no mundo.

claro que sinto saudade de quando eu acordava e meu pai já tinha feito o café (e eu gastava bem menos dinheiro), mas dormir e acordar todo dia ao lado desse cara tá fazendo valer a pena demais os perrengues chiques que a gente passa todo dia!

em tempos normais, estaríamos aproveitando tudo o que o bairro novo tem pra oferecer - inclusive pegar metrô e descer na avenida paulista depois de três estações. por enquanto, o que a gente conhece se resume a: mercado, padaria, farmácia e a feira da rua de cima. como não dá pra passear, o que a gente tem feito é experimentar os restaurantes da região que fazem delivery. já tá sendo um bom começo ♡

3 comentários:

  1. oiew
    sei bem o que você tá sentindo. a gente troca umas comodidades por perrengues, mas no final vale a pena. melhor coisa viver com quem a gente ama.
    eu vivo muito mais zen depois que saí da casa da minha mãe. essa paz não tem preço.
    beijos e felicidades <3

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  2. Olá Paulis!

    Esta é uma experiência maravilhosa! Aos poucos tudo vai se ajeitando.
    Sempre que penso nesse assunto "mudança", me vem na cabeça a letra da música "O mundo anda tão complicado", da Legião Urbana. Ela sintetiza bem essa fase da vida.

    Abraços!

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