terça-feira, 23 de outubro de 2018

quem canta seus males espanta

no começo do mês foi aniversário do boy.

assim como eu, ele também não é lá muito fã de dar festa, mas sair pra comemorar uma data especial ele nunca recusa. sendo assim, fomos com um grupo de amigos celebrar esse diazinho maravilhoso em homenagem à pessoinha maravilhosa que ele é. :)

no final do rolê, quando o bar que a gente tava fechou, saímos de lá e fomos pra um karaokê. esse after não tava planejado, o boy e eu não sabíamos muito bem o que esperar. e eu posso garantir que, mesmo que eu soubesse, continuaria sendo 100% surpreendida com o desenrolar da noite. que loucura, meus amigos.

pra começo de conversa, o karaokê era no largo do arouche, que fica bem no centrão de são paulo ("meia noite, em pleno largo do arouche..." ♪). chegamos lá já era de madrugada. a região é escura, esquisita, meio deserta. enfim, só de estar andando a pé por ali eu já tava querendo pedir socorro pra minha mãe, sabe? pois bem. chegamos no tal karaokê. era um lugar bizarro, pra dizer o mínimo. tinha tanta teia de aranha que parecia abandonado há anos, mas por incrível que pareça ele continua sendo frequentado constantemente. só não larguei todo mundo pra trás e saí vazada na hora porque nossos amigos já tinham ido lá antes e garantiram que iria valer a pena, então pagamos pra ver.

namorado disse que sentiu a atmosfera ficar mais rarefeita quando passamos da porta. o ar era pesado, parecia até mais difícil de respirar (ou talvez tenha sido o choque que a gente sentiu, né? vai saber). a decoração daquele lugar era uma preciosidade à parte, mau gosto demais. era tudo tão horrível que ficava até meio maravilhoso. sem falar do público. só gente normal, gente bem encarada, gente que dava vontade de sair correndo mesmo. aliás, tinha mais ou menos umas quinze pessoas lá e, segundo nossos amigos, era BEM MAIS do que da outra vez que eles foram. muito bom.


eu demorei um pouquinho pra entrar no clima do rolê. o impacto foi tão grande que parecia que eu tinha entrado numa realidade paralela, sem brincadeira. eu tava rindo sozinha de tanto desespero que eu tava sentindo. o boy e eu trocávamos olhares apavorados do tipo "o que raios os nossos amigos têm na cabeça?????". até que eles começaram a encher a gente de bebida e, depois de um tempo, como já era de se esperar: tudo virou só alegria. :)

mas até esse momento show de bola chegar, a gente viu muita coisa bizarra acontecendo ali. tipo um cara de 50+ anos que era IGUAL ao álvaro dias (e que estava se pegando loucamente com um rapazinho apenas segundos antes) que subiu no palco pra cantar TACA PEDRA NA GENI. realidade paralela total. também teve a moça que cantou whitney houston e o KJ (o dj do karaokê, no caso) disse no final da apresentação dela "vou fazer uma vaquinha pra gente pagar a inscrição dessa mulher no the voice do ano que vem, gente!". depois disso a mulher meteu o louco que precisava ir embora logo, furou a fila pra cantar outra música e, no fim das contas, não foi embora coisa nenhuma.

dava pra ver que as pessoas ali eram frequentadoras assíduas. todo mundo se conhecia pelo nome, ninguém era novidade. só a gente. e como nosso grupo de amigos é meio sem noção, a gente causou desconforto nas pessoas. depois que o efeito do álcool deu as caras, a gente chutou o balde e aproveitou mesmo o rolê. cantamos, dançamos, aplaudimos e RIMOS LOUCAMENTE. e aparentemente o pessoal não tava gostando muito desse nosso jeitinho... até que o boy, que tava absurdamente feliz (♡), começou a fazer amizade com absolutamente todo mundo que tava lá. no fim da noite, a amizade já tava tão consolidada que um casal até dedicou "andança", da beth carvalho, pra ele. TEVE ATÉ PARABÉNS EM CIMA DO PALCO. coisa linda d+.

aliás, falando nisso, rolou até euzinha cantando em cima do palco! namorado não me deixou desperdiçar a chance de cantar, mesmo eu ficando com dor de estômago de tanto nervoso. mas ele me pediu com uma carinha tão maravilhosa pra aproveitar essa oportunidade com ele que, por mais que eu quisesse muito, eu não fui capaz de recusar. subi a escadinha com a perna tremendo, gritando por dentro pra alguém me tirar dali pelo amor de deus, mas no final deu tudo certo. cantamos sandy e junior - "quando você passa" e teve até uma moça desconhecida aplaudindo como se nós fôssemos a dupla verdadeira. foi incrível.

fomos embora só depois de fechar, às 04 e pouco da manhã. 

aparentemente misturar localização péssima + decoração bizarra + pessoas esquisitíssimas + música FUNCIONA SUPER. se alguém tivesse me falado mais cedo naquele dia que eu terminaria a noite bêbada num karaokê naquele naipe - e que eu iria gostar da experiência! - eu jamais acreditaria. concluímos que foi a melhor noite do ano.

cada um desses lustres era formado por
INÚMERAS garrafas de pinga

◇ ◇ ◇

tá tudo tão difícil nesse mês de eleição que eu nem queria vir falar de coisa boa, mas a gente não pode desistir, né? demorei pra aparecer, mas ainda tô por aqui. seguimos firmes, na medida do possível.

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