quinta-feira, 16 de agosto de 2018

tá, mas e agora?

nesse momento, eu tô vivendo no limbo.

(naquele sentido bem figurado, tá? bem do vocabulário popular mesmo, que tem relação com incerteza, com algo indefinido. o que eu tô dizendo aqui não tem qualquer ligação com o sentido religioso da palavra, até porque eu nem sei direito qual ele é. enfim.)

meu estágio acabou e eu não quis ser efetivada.

pensei muito sobre isso, tentando decidir o que fazer da vida. ao mesmo tempo em que parece loucura recusar um emprego nos dias de hoje, eu também não me sentia confortável em aceitar. por mais que eu tenha gostado da experiência de dar aula e, mais ainda, que eu tenha realmente me apegado a alguns dos meus alunos, eu não podia me permitir continuar ali. 

empresa pequena, salário pequeno, benefícios quase inexistentes. trabalho exaustivo demais pra tão pouco retorno. eu não me esforcei tanto na faculdade pra me acomodar num emprego desse. eu sinto que mereço mais. (e também ouvi meus pais falando que a melhor coisa que eu poderia fazer era vazar dali o mais rápido possível, então quem sou eu pra discordar, né?) 

só que agora eu tô aqui, procurando algo na área que eu gosto, que eu quero seguir, e tendo dificuldade em encontrar.

além disso, minha faculdade acabou, mas eu ainda não me formei.

estudar em universidade pública é incrível, só que a parte boa vem acompanhada de muito problema também. burocracia, falta de estrutura, sobrecarga dos professores, etc etc etc. e isso implica, entre várias outras coisas complicadas, em greves mil. 

uma das consequências da última greve foi a extensão do primeiro semestre do ano. as aulas ainda tão rolando (terminam efetivamente amanhã) e, sendo assim, os professores têm até o começo de setembro pra lançar as notas no sistema. eu só posso pedir minha colação de grau depois que todas as minhas matérias constarem como aprovadas. por mais que eu saiba que já passei em tudo, os bonitos ainda não passaram as notas pro sistema. ou seja: não consigo me formar oficialmente, apesar de já ter terminado tudo.

eu tô tentando ficar tranquilinha e manter o pensamento positivo, seguindo as good vibes ensinadas por mamãe: "entrega pro universo e espera, o que for melhor pra você vai te acontecer na hora certa". mas e a agonia de esperar e não saber que hora é essa?

que horror ter 23 anos e saber que, por mais que eu seja mesmo bem novinha e tenha a vida inteira pela frente, eu já poderia ter chegado muito mais longe do que eu cheguei. tô vendo as amigas indo morar com namorado, trabalhando em coisas que gostam, fazendo pós graduação, viajando pra vários lugares incríveis (...) e eu aqui, parada no mesmo lugar, com medo de gastar dinheiro com livro sem saber quando que vou voltar a ganhar um salário (decente, de preferência).

segura a ansiedade! 

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